Engenheira de
máquinas
*Entre a vocação e a negação da família
Antunes Ferreira
Foi uma bronca na
família quando a Rosa Maria declarou aos pais, concluído o secundário, que ia
ser engenheira de máquinas pesadas. Podia lá ser? O «velho machismo luso» salto
para a superfície e o contraditório suou como sentença definitiva da boca do
pai Vicente Carlos Costa Marques: «Isso é profissão para homens!» E a mãe,
Maria Rosa Costa Esteves Marques, não se coibiu: «Seria ma vergonha; por certo estudarias
entre alunos e não alunas!» Contudo, a Rosa Maria, de cujo cartão de cidadão
constava o nome completo – Rosa Maria Esteves Marques olhou a direito os
progenitores: «Queiram ou não, vou ser engenheira de máquinas pesadas. E mais
não discuto!»
Dois dias depois, perante uma família
pejada de desgosto, partiu para o Porto (eles moravam em Viana do Castelo) onde
começou a fazer as démarches necessárias para frequentar a Faculdade de Engenharia
que orgulhosamente exibe a frase padrão: «Da Academia Polytechnica de 1837 à
Faculdade de Engenharia de Hoje – 176 anos de estudos superiores de engenharia
no Porto». Escolheu a Licenciatura em Energia Mecânica, que, de acordo com
a proposta da faculdade: «… há a oportunidade de aplicar as competências técnicas e os conhecimentos
obtidos na resolução, de forma integrada, de um elevado número de problemas da
humanidade, como a melhoria das condições de vida e a sustentabilidade do
planeta. Como? Através de uma formação integrada, multidisciplinar, e que
oferece cinco campos de especialização: Automação, Gestão da Produção; Energia
Térmica; Projeto e Construção Mecânica; e Produção, Concepção e Fabrico.
Uma retroescavadora Caterpillar
Mas também existe – o que lhe interessava – a construção
de equipamentos mecânicos e térmicos (veículos automóveis e ferroviários,
máquinas-ferramentas, estruturas metálicas, caldeiras, permutadores de calor…);
Produção de energia (energia térmica, energia eólica, novas energias,
climatização, qualidade do ar interior…); Planeamento e de gestão da produção
(logística, transportes, manutenção industrial, gestão de recursos humanos,
gestão da qualidade…); Automação industrial (automatização de linhas de
produção, robótica, sistemas de controlo…); Desenvolvimento e aplicação de
novos materiais (materiais cerâmicos, compósitos, poliméricos, biomateriais…) e
Projeto e desenvolvimento de novos produtos (design integrado, ergonomia,
sustentabilidade, …)
Rio de Onor - «Ponte comunitária»
Com ela tinha vindo de Viana, uma amiga desde a
primária, Amélia Dias Pestana Vilarinho, que vinha estudar Letras, cuja Faculdade
ficava no Pólo 3 (mais afastado) Amélia estava particularmente interessada em
Mirandês, pois os seus avós tinham nascido e morrido na singular aldeia
comunitária de Rio de Onor. Voltarei a esta curiosíssima estória quando/se se
me deparar a oportunidade. Combinaram alugar um T1 para lá viverem, perto do
Pólo 2 (Asprela). Esta tinha um namorado que frequentava o segundo ano da mesma
Faculdade, mas do curso de comunicação/jornalismo. Chama-se ele Virgílio João
Moutinho Carrazedo.
Começaram as aulas e, como os seus pais tinham previsto
a turma da osa era constituída por 27 homens e uma mulher, ela, Rosa Maria,
objecto de olhares muito curiosos e sorrisos sarcásticos. O professor (que for anunciado
como Engenheiro a apresentar a tese do doutoramento, Mário Felisberto Borges
dos Santos) apesar de um tanto carrancudo, mostrou-se simpático q.b. e realçou o
facto de estar uma senhora a assistir à aula; Rosa não se conteve, levantou o
braço direito dando a ideia de querer falar. Borges dos Santos afigurou-se admirado
pois não era habitual tal procedimento, mas, alargando o sorriso, apenas disse:
«Faça o favor, minha Senhora, a palavra é sua.»
Ela levantou-se
e, calmamente, esclareceu: «Senhor Professor, penas uma
correpção; não é aula, são aulas, pois pretendo assistir a todas, salvo casos especiais;
vim de Viana do Castelo, com o desgosto da família, para me licenciar, pelo menos,
em Engenharia de Máquinas Pesadas. E fá-lo-ei contra quem mo quiser impedir.» e
calou-se. A turma rompeu em palmas e Borges desceu do estrado, estendeu a mão
direita à rapariga, num shake hands: «Isso é que é falar, minha Senhora!
A propósito, como se chama?» «Professor se quiser fazer-me o favor, tire o “minha
Senhora”. O meu nome é simples: Rosa Maria.»
Caso inaudito! O catedrático inclinou-se e
pespegou dois beijos, um em cada face da aluna! O pessoal nem queria acreditar,
mas voltou a soar uma prolongada salva de palmas. E a aula começou. O almoço
foi no restaurante universitário com a Amélia e o Virgílio. Quando a Rosa
contou a cena, foi um gargalhar de tal sonoridade que levou a que os outros
comensais os olhassem entre o espantado e o divertido. Houve até um, espigadote
e com borbulhas, que saiu da mesa onde almoçava, e veio ter com eles, para
saber o que se passara. Esclarecido sumariamente, também entrou na risada.
A vida foi-se rotinando, ainda que a Amélia
persistia na «conversa» que Rosa tinha de arranjar um namorado. «Primeiro o
estudo; depois, logo se verá, há tempo par tudo» respondia ela, com um meio
sorriso. Aliás na turma havia um colega, bastante jeitoso, que, subtilmente, a andava
a galar… Porém, Rosa continuava a estudar – e a ter boas notas, de resto, as primeiras
do trimestre deram como resultado que tinham sido as melhores. E os dois períodos
que se seguiram só vieram confirmar: estava á cabeça, o que motivou, sem
invejas, um jantar na churrasqueira do Campo Alegre, a que compareceram alguns Professores,
entre os quais, se encontravam Borges dos Santos e a mulher dele.
«Gare» uma discoteca na moda da capital do Norte
Saíram, a
Rosa, a Amélia, o Virgílio e mais dois colegas (entre os quais
estava o «galador») decididas a ir tomar um copo ao «Gare» que o «jeitoso»
alguns dias frequentava. Mas não esperavam uma cena terrível: um dos seguranças
jazi no chão, anavalhado, escorrendo sangue enquanto um fabiano qualquer
tentava reanimá-lo fazendo-lhe alternadamente pressões no peito. À volta juntar-se
um monte de gente heteróclito e, entretanto, tinham acabado d chegar, em viatura
com sirene, três guardas da PSP, que se limitaram a observar o corpo e declarar
que «o gajo não está morto, está…falecidíssimo. Daqui em diante, mandar vir a Judiciária.»
Sérgio Conceição = 42 expulsões !!!!!
E ficaram comentando a vergonhaça do Sérgio Conceição e
do Pepe, «embora eles sejam do FêCêPê não se pode admitir o desrespeito, a má
educação dum gajo que é um óptimo treinador, mas é um bandido! 42 expulsões no currículo!
Nem no Livro de Recordes Guiness deve haver caso igual! Ser empurrado para fora
do banco, do qual não saía, depois de ter levado com o cartão vermelho é demais!
Para não falar do Pepe, um carniceiro, era bom recordar que quando jogava no
Real Madrid partiu uma perna a um desgraçado do Leganés!»
Cabeça de urso - desenho pequeno de Leonardo
D'Avinci (1480), vendido em leilão em Nova
Iorque por US$ 12 milhões
Judiciária, médico legista, dactiloscópicos
para a recolha de impressões digitais, fotógrafo judiciário, etc. Das
testemunhas, os Pêjotas pouco ou quase nada conseguiram. Porém outro dos
seguranças, um negro hercúleo chamado Nicolau «o Pintas» que nessa noite estava
de folga, interrogado na tónica do ram-ram, declarou, sem margem para dúvidas
(e dívidas…) que o segurança assassinado, o Quim Ramalho, mais conhecido nos
meios por «El Oso» (o Urso em castelhano) tinha tido uma briga fod…ups, lixada,
com um tal Dom Pedro de Castro, um nobre (pelo menos este assim afirmava, convicto)
porque este já há meses que não pagava a «El Oso» uns €€€€ que o segurança lhe
emprestara.
Emblema da Policía Judicial de España
Foi um tremendo passo em frente, quase de corrida. O Castro andava por Espanha, ao que parece, alertado pelas investigações. E se fugira, qualquer coisa nada boa o levara a isso. Os tipos da «judite» contactaram a Interpol e esta, por seu turno ligou directamente para a Polícia Judiciária de Espanha (em castelhano Policía Judicial de España) que é um segmento que integra as estruturas das polícias espanholas, incumbido da repressão criminal através do exercício da investigação destinada a elucidar os delitos, apontando a autoria e determinando a materialidade. É enquadrada geralmente pela Ley de Enjuiciamento Criminal.
O «nobre» foi detido
e remetido para Lisboa, onde confessaria a autoria do crime; motivo: €€€€! Não
há nada de novo no orbe terráqueo!...
NB – A Rosa
Maria anda a sair com o «Galador» que se chama Rodolfo Valente (não Valentino…)
O caso parece dar pró sério. Tudo indica que não há nada a fazer.
Mais uma das suas maravilhas! Gosto muito de escrever... mas se tivesse um nadinha só do seu jeito... não sei que seria das minhas escritas. Assim... estão no computador à espera de que algo lhe s aconteça. Xau, xau! Ate breve
ResponderEliminarMinha querida Hermíniamiga
ResponderEliminarTodos os que gostamos de escrever há muitos; que o saibam fazer há uns quantos, na categoria dos quais eu, como antigo chefe de Redacção, me permito classificar: tu. Sempre foi um dos meus lemas, o de dizer a verdade, por isso reafirmo o que acabo de escrever. És tu própria - e deixa aos outros as críticas que entendam fazer. Mas, um sábio ditado árabe diz que «as caravans passam e os cães ladram...»
Beijos😋😍🤗🤩 & queijos de Castelo Branco
Ontem perguntei se ainda não tinhas percebido porque é que o Sérgio Conceição recusou sair.
ResponderEliminarMas o comentário desapareceu outra vez.
Abração
Caríssimo Pedramigo
ResponderEliminarAntes de tudo, parece que no sistema, o Blogger anda avariado da moleira. O Jaime Portela e agora o Toro Salvage avisaram-me para o «desaparecimento» (???) dos comentários deles e disseram-me que a coisa se está a verificar, informando-me que tenho de ir ao SPAM do meu blogue, coisa que não pesco...
Quanto ao teu «amigo» Conceição, por mais que «tente» justificar-se, bem pode ir pregar, como o António Vieira; aos peixes, que nem estes aceitariam a sua má educação, arrogância, vilipendia e em resumo o crime.
Tenho recebido e-mails de toda a parte: Brasil, Angola, Moçambique, Guiné, São Tomé e Principe, Japão, EUA, Arábia Saudita, Qatar, Índia, Austrália, Nova Zelândia, Espanha, França, Inglaterra, Indonésia e mais outros, a verberar as atitudes dos cavalheiros Sérgio & Pepe.
O futebol é um negócio universal, e arrasar e demolir o nome de Portugal por este Mundo, chama-lhe o que quiseres, venha o (bom) treinador abrir as goelas que nada nem ninguém acreditará no que nelas bolsou, bolsa ou bolsará.
Esta é a mina (e de MUITOS OUTROS) opinião. Toma lá e embrulha..
擁抱
恩里克
Versão fonética: Yǒngbào ēn lǐ kè
O Pepe é bem expulso, é parvo.
EliminarO Sérgio Conceição sabe melhor as regras que o árbitro.
Um treinador não é expulso pela exibição de cartão vermelho à distância.
Aquele árbitro é incompetente e parcial.
Como sempre, textos excelentes...
ResponderEliminarTenho estado ausente, pois estou de férias...
Beijos e abraços
Marta
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ResponderEliminarviral4d
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