2024-08-18

 

 De homofobias – nem pensar

Costas com costas

 


Antunes Ferreira

Se há temas de que me podem acusar a homofobia não é um deles. Sempre defendi, defendo e defenderei o direito que os seres humanos têm para com o seu corpo, o que fazem dele e com ele, incluindo a morte assistida – a eutanásia que tanta celeuma tem vindo a levantar, mas que a lei portuguesa já contempla…. Entre eles, uma questão que ao longo dos milénios tem sido escamotada, varrida para baixo do tapete: a homossexualidade. Alto lá entramos por um ninho de vespas cujas picadas podem ser, e muitas vezes são, mortais.

 

Não adianta puxar para este escrito teorias mais ou menos exotéricas pois as coisas são o que são e não como deviam ser. Simplesmente registo as  orgias romanas, onde imperava a promiscuidade ou a ilha de Lesbos onde só viviam e, portanto, reinavam mulheres; daí o lesbianismo. Mas, mais recentemente ou seja nos séculos XIX/XX  surge a moral vitoriana é um extrato da moral das pessoas que viveram na época do reinado da



 rainha Vitória do Reino Unido (1837 – 1901) e do clima moral do mesmo Reino Unido ao longo do século XIX em geral que contrastava em grande parte com a moralidade da era georgiana que a antecedeu. A moral vitoriana pode descrever qualquer conjunto de valores que englobe restrição sexual, pouca tolerância para o crime e um código social de conduta pública rigoroso. Devido à proeminência do Império Britânico, muitos destes valores espalharam-se por todo o mundo.

 

É dever do escrevinhador exarar aqui e agora uma estória que lhe foi contada pelo celebrado jornalista Bob Woodward (que juntamente com Carl Bernstein, lançou os Watergate papers que levaria ao impeachment  do presidente Nixon). Pela sua brevidade e interesse – pelo menos para mim… – ela aqui fica:

 


O Chefe do Estado-Maior do Exército norte-americano, general Fred N. Murray entrou pelo gabinete do Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, general John W. Silver com um papel oficial na mão e disse-lhe que vinha apresentar a sua demissão. Silver convidou-o a sentar-se, tomar um Bourbon e rasgar o papel. «Nem penses nisso! A minha decisão está tomada, não volta atrás!»

 

«Meu caro Fred, pelo menos explica-me o motivo para tão drástica decisão…» E o general Murray: «Quando nós entrámos em West Point eles eram PROIBIDOS; agora SÃO TOLERADOS; vou-me embora, antes que sejam OBRIGATÓRIOS!!!!!!»

 

E para finalizar esta tão complicada tarefa aqui deixo uma estorieta sem outra finalidade (sem ofender ninguém…) do que dispor bem para uma nova semana.

 

O que diz o Zequinha ao Chiquinho quando estão ambos na cama? «Oh. meu querido desculpa estar de costas…»