De homofobias – nem pensar
Costas
com costas
Antunes
Ferreira
Se há temas de que me podem acusar a homofobia não é um deles. Sempre
defendi, defendo e defenderei o direito que os seres humanos têm para com o seu
corpo, o que fazem dele e com ele, incluindo a morte assistida – a eutanásia que
tanta celeuma tem vindo a levantar, mas que a lei portuguesa já contempla….
Entre eles, uma questão que ao longo dos milénios tem sido escamotada, varrida
para baixo do tapete: a homossexualidade. Alto lá entramos por um ninho de
vespas cujas picadas podem ser, e muitas vezes são, mortais.
Não adianta puxar para este escrito teorias mais ou menos exotéricas pois as coisas são o que são e não como deviam ser. Simplesmente registo as orgias romanas, onde imperava a promiscuidade ou a ilha de Lesbos onde só viviam e, portanto, reinavam mulheres; daí o lesbianismo. Mas, mais recentemente ou seja nos séculos XIX/XX surge a moral vitoriana é um extrato da moral das pessoas que viveram na época do reinado da
rainha Vitória
do Reino Unido (1837 – 1901) e do clima moral do mesmo Reino Unido ao
longo do século XIX em geral que contrastava em grande parte com a
moralidade da era georgiana que a antecedeu. A moral vitoriana pode descrever
qualquer conjunto de valores que englobe restrição sexual, pouca tolerância
para o crime e um código social de conduta pública rigoroso. Devido à
proeminência do Império Britânico, muitos destes valores espalharam-se por
todo o mundo.
É dever do escrevinhador
exarar aqui e agora uma estória que lhe foi contada pelo celebrado jornalista
Bob Woodward (que juntamente com Carl Bernstein, lançou os Watergate papers que
levaria ao impeachment do
presidente Nixon). Pela sua brevidade e interesse – pelo menos para mim… – ela
aqui fica:
O Chefe do
Estado-Maior do Exército norte-americano, general Fred N. Murray entrou pelo
gabinete do Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, general John W.
Silver com um papel oficial na mão e disse-lhe que vinha apresentar a sua demissão.
Silver convidou-o a sentar-se, tomar um Bourbon e rasgar o papel. «Nem penses
nisso! A minha decisão está tomada, não volta atrás!»
«Meu caro Fred,
pelo menos explica-me o motivo para tão drástica decisão…» E o general Murray:
«Quando nós entrámos em West Point eles
eram PROIBIDOS; agora SÃO TOLERADOS;
vou-me embora, antes que sejam OBRIGATÓRIOS!!!!!!»
E para finalizar
esta tão complicada tarefa aqui deixo uma estorieta sem outra finalidade (sem
ofender ninguém…) do que dispor bem para uma nova semana.
O que diz o
Zequinha ao Chiquinho quando estão ambos na cama? «Oh. meu querido desculpa
estar de costas…»