A Távola Redonda
e justas medievais
Na Idade Média, o rei Arthur mandou
fazer a Távola Redonda porque as
outras eram rectangulares ou quadradas…
Antunes
Ferreira
T
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ranscorria o
anno de 1469 (mais coisa, menos coisa, pois nesses tempos medievais havia apenas
o calendário gregoriano mas outros subsistiam, tal como o lunar o que orijinava uma comfuson lichada)
o mister Thomas Malory que estava engaiolado em Londres, ao que se sabe o homem
era inglez, farto de contar os passos da cela onde transitoriamente murava – esperava elle
– decidiu escrever uma estória a que deu
o nome de
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O raio da Távola Redonda |
A
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admissom a
tal clube era muito difícil, com papéis e certidons e documentos e athestados de bõ comportamento
moral e oitros que deviam ser aprezentados asinha até tantos de tal do mez de e
do ano da graça de. Mais uma vez se tem de usar a theoria do arredondamento como no
futuro se utilizaria para calcular o valor do euro para cada um dos paiizes
que, por mal dos seus pecados, seriam os seus fundadores. A todala hora e
correspondentes minutos e segundos há desgraças que são depois muito difíceis
de corrijir. Vêja-se o Brexit. Que, felizmente, não é para aqui chamado.
A
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rthur era o
tal que seria Sua Alteza el Rei despois de arrancar de uma rocha a espada
Excalibur o que ninguém conseguia fazer pois estava colada com Patex e o que o
que realizasse sentar-se-ia no trono e que ninguém conseguiria fazelo até hà
data. O jovem, um tanto lingrinhas, com o auxíllio do treinador coevo um tal
mago
Merlin, mais conhecido pelo Jota Jota daquelie tempo, sacou o espadallão e
tornou-se Sua Majestade el Rei da Inglaterra que ainda não era a cabeça do Reyno
(des)Unido. Ora o dito cujo teve a lembrança de reunir um grupo de fidalgos, os
sirs, para discutir as técnicas e as
táticas para futuros torneios ou justas sob a sua presidência, mas com a
orientação do Jot…, oops, do Merlin. E para abreviar o cunho histórico-dramático os sirs/cavaleiros ficaram-se pelos doze.
Mais tarde seriom aogmentados, dizendo-se que tinham chegado aos 150, numero
este nom comfirmado officialmente.
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Um tal Mago Merlin |
P or esses
remotos tempos tinha um rapaz de seu nome Aiwwa que deu em seu pensar escruver
um libro. Ideia pemsada. Ideia reallizada. Com a pena de pato foi escrevinhando
y escrevinhando y escrevinhando y quando o concluyu arrajou editour que o imprimiu
em letra gótica: Era um livro mui porco, mui escarrado, tratava da vida particular
e da secsual de nobres mui importantes e que até puña a falar os mortos. Uu
veerdaddeiro fillo da putta.
N
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on contente com
a merdda que fizera convidou para apresentar a obra que obrara uu tal fidalgote
arruinado y ensimesmado, chamado Dom Pedro o qual disse que mesmo não tendo
lido o pasquim iria apresentalo porque tinha grã considerason pelo autor que
cuñecia bem. Instado sobre se iris mesmo pois o livreco era endemoinhado, reafirmou
que iria mesmo porque nunca voltara com a sua pallavra atraz. Mas voltou. Dom
Pedro estvera quatro anos na toca como
bõ Coello que se preze, mas dspois fora quase
cassado e voltara a dar bitaites contra os que estaom no poleiro. Ua grã chatice.
Logo intentou mudar de vida e resolveu Sir
ser.
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Bõ Coello que se preze |
H
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á que dizêr
que para se chegar a cavaleiro, primeiro que tudo tinha de avêr camdidatos que
tinham de s’inscrevêr devidamente para despois fazer o curso para cavaleiro.
Dizia-se que aquello era curso fod..., oops, lichado, com provas noturnas, sobe
frio de raxar pedregulhos, ao sol a mais de 44,5 graus, em rios e ribeiros, com
bestas e frechas respectivas acarretadas ao lombo dos imstroendos, e outras
bestas, estas como instructores, provas de duzentas e cimcuemta milhas e a pees
descalsos, curso tão duro que atee por vezes morrion alguns dos instroendos y desistiam
muis. Dos sevrissos de saúde nem ee bõ falar..
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Dos Servissos de saúde nem ee bõ falar... |
N
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um dia de
trovoada e de chuva a caes e gatos (estava-se na Inglaterra, não se pode
esquecer) o jovem Aiwwa que era peão à pata do exército do cavaleiro Nittendwe
que intentara ser besteiro mas fora chumbado por falta de pontaria, pois tinha acusado
estrabismo, ou mosso de estrebbaria, mas tinha mêdo de égoas, alabardeiro, mas
não gosta de albardas que erom prós burros, Curioza aliteraciom. Perante tantas
neggas, decidiu comandar, ser Sir
Aiwwa e para tal dirijiuse ao postigo de inscrissons para os cavaleiros da tal
Távola que democratticamente, o monarca decidira (por unanimmidade delle só) que
seria Redonda e com lugares marcados. Mas ó ignominia, ó vitupera, ó desgraça,
ó calamidade! O postigo estava fechado. Do apozento onde o postigo se achava
vinha a sair um senhor de gibão verde-acinzentado com ar de tesoureiro das
Finanças. O jovem Aiwwa inquiriu-o sobolo horário de funcionamento do servisso ao
que o postigueiro retorquiu secammente: “Depende”. “De quê?” insistiu Aiwwa.
“De mim; e agora põe-te a milhas e vai chatear oitro!”
C
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omo não havia
em mais de cem pés ao redor qualquer oitro pra chatear, o rapazotte regreçou a
penates, ele próprio assaz chateado. Pelo caminho mui enxarcado começou a
resmonear para os seus botons “ay ele é
isso; vou fornicá-lo! Vou encontrar o Santo Graal!l.
O que era um objetivo
muito complicado (ainda que menor do que o de Guimarães, Deus seja louvado)
pois abrira a época da caça ao cályce onde fora guardado o sangue real de Nosso
Señor Jesus Cristo, Ámen, obviamente depois de morto na cruz,
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O Santo Graa |
M
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as nem isso o
“Sir” Aiwwa conseguiu. Perante a arruínada
sorte tentou recoller-se a um convento. Mas, porra, estte tinha um letreiro à
porta que dizia lotaçom esgottada!...
(A grafya é tamto quamto possyvel a da hépoca, renegando o ezecráel futuro
Acôrdo Hôtugaphyco. Ai Deus y o é!)