*Da pesquisa até ao Santo Sepulcro
Antunes Ferreira
Alguém sabia que o túmulo que se acredita ser a
tumba de Jesus foi aberto em 2016 pela primeira vez após séculos? Por décadas,
arqueólogos e teólogos vêm discutindo se a Igreja do Santo Sepulcro em
Jerusalém é o o local onde ocorreu o sepultamento e a ressurreição de Cristo. A
tumba foi selada em mármore desde 1500 para evitar que os visitantes roubassem
peças como relíquias. Desse modo, ela é cerca de 700 anos mais velha do que se
pensava, construída no ano 300, de acordo com pesquisas da Universidade Técnica
Nacional de Atenas. Isso concorda-se com a crença histórica de que os romanos
construíram um santuário no local por volta do
ano 325 para marcar o local do sepultamento de Jesus.
Onde fica a tumba de Jesus?
De acordo com historiadores, o descanso final de Jesus fica numa
caverna dentro da igreja e contém uma tumba conhecida como Edícula. O teste deu-se como parte do trabalho de restauração que abriu o túmulo pela primeira
vez em séculos, em Outubro de 2016. Com efeito, a equipa da Universidade
Técnica Nacional de Atenas datou a argamassa sob a laje
inferior para o ano 345 usando um processo chamado luminescência opticamente
estimulada, que determina quando uma substância foi exposta à luz pela última
vez.
Constantino, o Grande (306 a 337 d.C.)
Além disso, acredita-se que Constantino, o Grande, o primeiro imperador cristão de Roma que governou de 306 a
337, tenha enviado representantes a Jerusalém para encontrar o túmulo de Jesus.
A tumba foi descoberta em 1867, mas a crença de que este é o local exato onde
Jesus foi sepultado, também vive no meio de controvérsias. Contudo, um dos
pontos-chave para apoiar a autenticidade da Tumba é sua localização. À Bíblia
afirma que o local de sepultamento está fora dos muros da cidade, o que de facto
é o Túmulo do Jardim, ao contrário da Igreja do Santo Sepulcro, que está dentro
deles.
Um outro ponto sobre a autenticidade da Tumba do Jardim é que os
arqueólogos colocaram a data da tumba como sendo 9 a 7 a.C., correspondendo ao
final da era do Velho Testamento. Por último, os bancos funerários da Tumba do
Jardim foram cortados durante o período bizantino dos séculos 4 a 6. Isso dá
crédito aos historiadores que afirmam que, se fosse um local de tal
importância, não teria sido desfigurado dessa forma. Aliás, no momento da
reforma do túmulo, a Igreja do Santo Sepulcro já era reverenciada como o mais
importante santuário cristão.
É realmente o túmulo de Jesus?
Os especialistas ainda têm dúvidas sobre se este túmulo realmente pertenceu ou não a Jesus Cristo. Ao contrário dos representantes da igreja de Constantino que determinaram qual cruz pertencia a Jesus por meio de façanhas milagrosas; arqueologicamente, existe a possibilidade de que essa tumba também pudesse ter pertencido a outro judeu famoso como Jesus de Nazaré. Entretanto, uma longa prateleira ou leito funerário é a principal característica do túmulo. Conforme a tradição, o corpo de Cristo foi posto no local após a crucificação. Essas prateleiras eram comuns durante o tempo de Jesus em tumbas de judeus ricos durante o primeiro século. Os últimos relatos escritos por peregrinos mencionam um revestimento de mármore cobrindo o leito do cemitério.
Como é por dentro da Edícula?
A edícula é uma pequena capela
A edícula é uma pequena capela que abriga o Santo
Sepulcro. Possui duas salas – uma contém a Pedra do Anjo, que se acredita ser
um fragmento da pedra que selou o túmulo de Jesus, a outra é o túmulo de Jesus.
Após o século XIV, uma placa de mármore sobre o túmulo agora o protege de novos
danos causados por multidões de peregrinos. A Igreja Católica, Apostólica e
Romana, a Ortodoxa Oriental e a Apostólica Arménia têm acesso legítimo ao
interior da tumba. Além disso, todas as três celebram a Santa Missa ali diariamente. Entre Maio de 2016 e Março de 2017, a edícula passou por uma
cuidadosa restauração e reparação para que a estrutura para se tornasse novamente
segura para os visitantes. A entrada na igreja é gratuita e turistas de todas
as religiões são bem-vindos.
Outra provável tumba de Jesus
A Tumba do Jardim fica fora dos muros da cidade
de Jerusalém, perto do Portão de Damasco. Desse modo, muitos a consideram como o local
do sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo. Também conhecida como Calvário
de Gordon, a Tumba do Jardim é diferente da edícula que existe na Igreja do Santo Sepulcro. A tumba foi descoberta em 1867, mas a crença de que este é o local
exato onde Jesus foi sepultado, também vive no meio de controvérsias. Contudo,
um dos pontos-chave para apoiar a autenticidade da Tumba é sua localização. A Bíblia
afirma que o local de sepultamento está fora dos muros da cidade, o que de facto
é o Túmulo do Jardim, ao contrário da Igreja do Santo Sepulcro, que está dentro
deles.
Um outro ponto sobre a autenticidade da Tumba do
Jardim é que os arqueólogos colocaram a sua data como sendo 9 a 7 a.C.,
correspondendo ao final da era do Velho Testamento. Por último, os bancos
funerários da Tumba do Jardim foram cortados durante o período bizantino dos
séculos 4 a 6. Isso dá crédito aos historiadores que afirmam que, se fosse um
local de tal importância, não teria sido desfigurado dessa forma. Diga-se que,
no momento da reforma do túmulo, a Igreja do Santo Sepulcro já era reverenciada
como o mais importante santuário cristão.
Ponte Linhares cuja construção começou em 1633
Custódio Francisco Xavier Mascarenhas era o pároco da freguesia de Manduri em Goa que, diga-se
de passagem, tem uma esplêndida igreja dedicada a Nossa Senhora do Refugiu ou
do Amparo, desde o tempo dos portugueses. Curioso: a expressão «do tempo dos
portugueses» é frequentemente usada pelas goesas e goeses da faixa etária dos
70 aos 80 principalmente os que frequentaram o Liceu Nacional Afonso de
Albuquerque. Um taxista, que trazia um casal metropolitano de um casamento, ao
atravessar o rio Mandovi por uma das duas pontes que unem as margens, comentou:
«Uma delas caiu, foi feita pelos indianos, mas já está de novo operacional.
Contudo, reparem, ali em baixo, uma pequena ponte em pedra, iniciada em 1633; é
a ponte Linhares, mandada construir por Dom Miguel de Linhares que foi
Governador-Geral das Índias. Quero dizer que é “do tempo dos portugueses”!»
Mas, volte-se ao túmulo de Cristo, com a longa discussão académica e metidos «ao barulho»
geólogos, teólogos, historiadores dos séculos em C., fotógrafos especialistas et aliit. O padre Mascarenhas pertencia ao grupo dos
não crentes em túmulos do Senhor, tantos já tinham sido encontrados,
salientados, desmitificados e por fim, desmentidos! Para ele, a ressurreição de
Jesus não se discutia, era um dogma. Sabendo da Fé que ele amamentava, por uma
tarde de mormaço, o sacristão perguntou-lhe se queria ouvir uma anedota
relacionada com a vida de Nosso Senhor no Céu. «Graças a Deus, muitas; graças
com Deus, nenhumas! Mas, enfim, Sebastião, conta lá…»
Jesus entregando as chaves do Céu a Pedro
«Jesus foi ter com o Seu Pai e pediu-Lhe: isto por cá está a tornar-se monótono, sempre a mesma coisa, de nuvem para a harpa, da harpa para a nuvem… etc. Nem sequer o Pedro perdeu as chaves…» O Espírito Santo andava numa azafama a ver se conseguia, por milagre, safar o banco, por isso o Pai de todos e de tudo perguntou a Jesus: «Meu Filho, Bem Amado, o que me queres pedir?» Cristo: «Meu Adorado Pai, autoriza-me a baixar à Terra – só por uns quatro ou cinco dias. Quero ver in locu como vão as coisas por lá…» «Mas, mas não te esqueça Meu Filho, a última vez que passaste por lá crucificaram-te!» «Mas ressurgi!»
Cristo desceu e aterrou à porta dum Centro do
Serviço Nacional de Saúde. No seu tempo não havia nada disso. Movido pela
curiosidade, entrou e viu que estavam sentadas várias pessoas, sobretudo
mulheres idosas, outras
fingia que trabalhavam atrás dum balcão e, no meio de tudo isto, circulavam uns
fabianos de bata branca e com «aparelhómetro» pendurado do pescoço. Também havia
um grupo sentado à espera que dentro dum espaço gritasse «Entre!» Cristo não
foi de modas, queria ver aquilo até ao fim; estava uma bata branca pendurada num
cabide de pé alto; vestiu-a e entrou na sala.
«Nem me mediu a tensão arterial...»
Um sujeito sentado a uma
secretária paramentado como médico, quase lhe saltou para o pescoço: «O colega
veio atrasado, mas veio! Tenho a família à espera, vamos para Faro. Fique já
aqui e ouça o próximo doente, Chao!» Jesus assim fez: «Entre!» E entrou um
jovem com os seus vinte e pucos anos, numa cadeira de rodas que, sem deixar o
homem de Nazareth falar, avançou: «A culpa foi toda minha; há oito meses pelo
meu aniversário, os meus pais ofereceram-me uma Harley-Davidson. Excedi-me na
velocidade e veio um sobreiro contra mim! Resultado: paraplégico! Já
consultámos os melhores especialistas aqui e no estrangeiro e nada! Sou uma
besta muito avinagrada.»
Jesus levantou-se, pôs-se em pé junto ao paciente: «Como te chamas?» «Eleutério, senhor
doutor» Cristo impôs as Suas Mãos: «Eleutério, levanta-te e anda!» E assim
aconteceu. O jovem nem quis saber da cadeira de rodas e ia a sair quando o «novo
doutor» mandou «Entre!» para o seguinte. Cruzaram-se os dois doentes à
porta. E o que vinha para o que saía: «Que tal o novo médico?» «Uma bosta; nem
me mediu a tensão arterial…» Si non è vero…
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NB - O trabalho de investigação foi feito em várias fontes. O autor apenas as adaptou, em certa margem, corrigiu e por isso agradece ao Google da Wikipédia. A.F.