Crime no Atlântico
*Uíge um navio malfadado
Antunes
Ferreira
Jacinto da Rocha Fernandes, alferes
miliciano, oficial da Polícia Judiciária Militar, está a embarcar no paquete
Uíge para nele seguir para Angola para onde fora mobilizado depois de um
confronto pessoal com o ministro da guerra que o acusara de ser comunista –
oque ele não era, sendo no entanto, opositor do regime salazarista.
As cenas habituais das despedidas com
as famílias dos militares a dar os últimos abraços e beijos aos que iam
entrando no navio, com muitas lágrimas e ais. Só Jacinto, órfão – os seus pais
tinham morrido num desastre de automóvel quando ele tinha apenas quatro anos –
que fora criado pela avó materna viúva e carinhosa uma segunda mãe para ele,
também já morrera, não tinha ninguém a malta despedir-se dele, pois a última
namorada acabara há ma ano e meio.
Foi então que começou a viagem Tejo
afora ao lado direito a Torre de Belém e os Jerónimos. Uma breve escala de dois dias para embarcar
uma companhia local e mantimentos a fim de reforçar os que já existiam a bordo.
Faltavam assim seis dias para aportar a Luanda, O navio entrara num rame-rame:
toque de alvorada às seis horas da manhã, pequeno-almoço às seis e meia.
Antes do mais tem de dizer-se que no
Uíge seguiam dois batalhões o que somado à companhia da Madeira dava a enorme
quantidade de 1388 homens. O seu quotidiano que começava às sete e um quarto
era distribuído desta maneira: ginástica militar – uma hora; combate corpo-a-corpo
outra hora, lavagem à mangueirada (pois não havia no navio duches suficientes
naturalmente para tamanho pessoal) é claro que se revezavam as unidades dado o
tamanho do pessoal; depois seguia-se o almoço antecedido pela tradicional prova
da comida por um oficial para ver “se tudo estava nos conformes” frase
tradicional pelos soldados nos quartéis.
Tudo isto decorria nas camaratas nos
dois porões que assim ganharam um cheiro nauseabundo misto de suor urina e
fezes! Só quem vivia aquilo podia – e mal-entender o mal-estar das praças quase
pior do que entra no mato para fazer a guerra! Ali começava a qualificação de
que o soldado português era dos mais valentes não entre o capim das picadas,
mas também no suportar as condições péssimas dos navios civis transformados em
transportes de militares.
À tarde repetia-se a manhã e quando
chegava a noite a única diferença era o toque de recolher às oito horas. E
assim terminava um dia malfadado. Mas no Uíge havia naturalmente sargentos e
oficiais do quadro permanente e milicianos. Como se ocupavam os primeiros, nos
tempos de ócio? Jogavam a bisca, fumavam, também faziam o dominó e bebiam o seu
balão de aguardente Constantino, faziam a sesta nos seus camarotes de quatro
beliches.
E desta maneira já decorria em tempo decorrente
à chegada a Luanda. Entretanto quanto aos oficiais que faziam eles? Bebiam os
seus uísques sentados às mesas jogando bridge. A principal mesa por ser jogada
pelos melhores jogadores era constituída pelo major José Mendes Gonçalves,
capitão Manuel da Silva, capitão Xavier Costa, capitão Domingos Álvaro
Carvalho.
Jacinto que não pescava népia do
bridge estava de mirone seguindo com patavina as jogadas das cartas e aa vozes
dadas. Ao terceiro dia já de tanto olhar para o cartear e ouvindo as vozes,
durante o jogo e final do mesmo (por exemplo: duas trunfo é copas, ful de
espadas, etc.) Porém um dia o capitão Ferreira da Silva ficou no camarote com
uma merda nas tripas (vocabulário típico entre militares) e chamados os médicos
do navio e bem os das companhias receitaram o possível na modesta farmácia do
Uíge.
Foi quando o major Mendes Gonçalves
convidou Jacinto a substituir o capitão enfermo. O alferes miliciano bem recusou,
mas depois de muita insistência dos três oficiais, lá sentou e começou a jogar,
de principio, de forma desastrosa. Mas, pouco a pouco foi cometendo menos
faltas e na noite do dia que antecedia o dia da chegada a Luanda já sua
parceria com o capitão Xavier Costa ganhava alguma, poucas, partidas. Enquanto
isso a saúde do capitão Ferreira da Silva entrava no ponto crítico!
Uma porra! Afirmação do tenente-coronel
da tropa. Pior ainda! Como se estava a um dia de atracar ao porto de Luanda
decidiram que o capitão doente estando cada vez mais grave a maleita, seria,
logo que o Uíge atracasse, fosse levado por ambulância ao Hospital Militar da
capital. E assim se fez. Paralelamente
desceram todos os militares. E Jacinto como vinho sozinho aproveitou para
chegar junto a um garoto que sentado no chão tinha espalhado no mesmo chão revistas
diversas e um jornal “A Província de Angola”. Jacinto perguntou ao garoto: “O
jornal é d´hoje. E o garoto: “Não sô patrão tropa, é dôje e quinhento”…
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(*) A guerra " ultramarina" (invenção do Estado Novo que nos dias de hoje é considerada naturalmente como colonial foi um horrendo crime pela ignominiosa perda de vítimas humanas e lesões as mais diversas. Além disso a frase do ditador de Santa Comba Dão "Para Angola Rapidamente e em Força" aplica-se directamente a este texto.)
O fim eu adivinhei, FerreirAmigo.
ResponderEliminarJá reparaste que ainda hoje quem foge às direitas é logo apelidado de comuna???
Abração
Caríssimo Pedramigo
EliminarO "papão" do comunismo pelos vistos não vai desaparecer nos tempos (séculos?) mais próximos. De resto o que é hoje a "democrática" Russia do Vladimir filho da Putina? A "democracia"/comunismo resulta na criminosa invasão russa da Ucrânia com a torpe guerra qque está decorrer com mais sinistros resultados..
No meio deste desastre sinistro o novo czar já tem a vida a andar para trás como o caranguejo. Não só o avanço das forças ucranianas, mas também o volte-face dos mercenários do grupo Wager levam Putin a entrar em pânico. Mas as coisas não fiam apenas por aqui: malocas armadas no interior da Russia abrem nova frente de hostilidades! Será que o começo de uma guerra civil?
Oxalá que tal não aconteça - porque então poderá eclodir a III Guerra Mundial. E com as armas nucleares - qual será o destino deste planeta que se chama Terra!!!!!!!!!🤢🤢🤢🤢
擁抱
恩里克
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EliminarCaríssimo Tintinairamigo
EliminarPara começar tenho de te dizer que estás muito desiludido com o desaparecimento do teu comentário sobre a tua deslocação para Moçambique na qualidade marinheiro, presumo que mobilizado para participar da guerra que ali decorria com as nossa Forças Armadas contra os “terroristas” (assim chamados pelo Governo do António Oliveira Salazar), mas se fossem verdadeiros denominar-se-iam guerrilheiros.
E que faria eu em tai circunstâncias? Tentaria dar-te uma explicação para o abominável erro que cometi ao apagar o teu comentário. Foi deste jeito que tal aconteceu. É sobejamente conhecida a calina guerra que mantenho contra o maldito Blogger. Desta feita, afigura-se-me que a justificação do meu erro fica esclarecida, portanto sendo que tendo isso acontecido, só me resta dizer-te obrigadíssimo!
Esclarecido o tema entro na repetição do vocábulo guerra, que antes devia ser no plural das guerras pois elas aconteceram em quase toda a parte deste orbe terreste (Actualmente entre a Russia e a Ucrânia). Muitas outras decorreram e decorrem. Isto por que as guerras são constantes no tempo e no modo e na competição. Contudo é absolutamente esclarecer que nem só na competição bélica graves eventos acontecem, também no civil isso sucede. Por exemplo tomo o sector do desporto e em especial no futebol. Complexo esse o football.
Mundiamente conhecido e jogado no Mundo (nalguns minúsculos locais) ele arrasta multidões (muitos milhares) para assistir às competições, seja nos estás, seja nas manifestações quantas modalidades se praticam: futebol sénior; sub 23, sub 21, sub 19, sub 17, sub 15, futebol de 5, futebol de praias e futebol para fêmeas. com diversos escalões. Posto isto, devo passar á estória do chamado Desporto-Rei.
1. Como se trata dum longuíssimo assunto tenho de recorrer a um livro e à Wikipédia. Desta quase toda a gente a conhece e utiliza. E qual é o livro? Chama-se HISTÓRIA DO FUTEBOL e tem por subtítulo ORIGENS* NOMES* NÙMEROS E FACTOS, e o seu autor denomina-se Manuel de Sousa e é editada pela SporPress tem 319 páginas que, atém do texto, insere quadros.. Vou então: «ocupar-se-me com eles «+++++O livro chinês "Crónicas da História" dá como certo que na antiguidade da China as pessoas já chutavam bolas, praticando um jogo denominado de Cu-Jiu ou Ta-Jiu (Ta equivale a chutar e Jiu a bola cheia de cabelos).
+++++++
Na dinastia Han (206 a.C. 24 d. C.) surgiram as “Cidades Jiu”: lugares construídos em forma rectangular, sempre no sentido Leste – Oeste e destinando-se apenas à prática di Cu – Jiu. O jogo desenrolava-se dentro das “Salas Jiu”, muradas, onde existiam cinco marcações em forma de “meia – lua” que corresponderiam às balizas actuals. +++++
Na dinastia T’ang (618 – 907) o Cu – Jiu atingiu o seu maior período de prosperidade, registando-se dois desenvolvimentos importantes: a bola passou a ser cheia de ar em vez de cabelos e adoptou-se balizas em +++++ vez de “meias – luas”. Ainda nesse período, o jogo começou a ser praticado por mulheres, o que ainda o tornou mais popular.
++++++
Também no Japão se encontram documentos comprovativos da prática de jogos com bola em épocas remotas, sendo mesmo apontado como um dos passatempos preferidos da corte há 2600 anos a.C. praticado nos começos da nossa Era, que os japoneses acreditam estar na origem do moderno futebol. ++++Este era praticado em estradas, ruas e praças, em retângulos de 90 por 20 metros, ou em quadrados com 20 a 30 metros de lado, cercados por paliçadas para impedir a saída da bola; os cantos do recinto eram simbolicamente assinalados por quatro árvores especiais: uma cerejeira, um choupo, um pinheiro e um salgueiro. As bolas utilizadas consistiam em bexigas de borrego (ou feitas de couro) cheias de ar com um diâmetro entre 21 e 24 centímetros.
CONTINUAÇÃO
EliminarEsta Continuação exige uma explicação: porquê ela? Pois muito simplesmente os culpados somos dois: o Blogger e eu. Eu porque tenho vindo a fazer e continuarei a fazê-lo um comentário mais comprido do que a "Légua da Póvoa" (como diz o Povo) e o sacrista do meu odiado Blogger que por causa - que acabo de reconhecer - da lonjura do meu comentário mo cortou, na esperança que eu me desanime. Porra! Eu nunca fui de "atirar a toalha ao tapete1". Donde aqui vai a CONTINUAÇÃO, partindo exactamente "de 21 e 24 centímetros". »Os cronistas imperiais só aludem ao jogo nos reinados de Engi (901 - 922) e Teureki (947 - 956) em que se descrevem animadas e renhidas pelejas.. Contudo, por algumas pinturas descobertas, que reproduzem fases do jogo da bola, é possível inferir-se que o jogo já há muito existia e os intervenientes se encontravam já munidos de botas próprias para a sua prática. «NOTA» É de referir que os gregos chamavam "esferística" ao jogo com bola e "esfaira" à própria bola, que em Roma chamamava-se "pila".
Eliminar+++++
Entremos, agora, na Antiguidade Clássica e dentro dela, na Europa, eu escolho a Grécia - e penso não só eu.. "Les beaux esprits se rencontren"! A Heládica tem entre os seus gregos das maiores e figuras europeias da Antiguidade Clássica:: Sócrates, Homero Pitágoras, Sófocles , Pitágoras, Aristóteles etc., conferem-lhe o estatuto de !Divina!!. Desenhando a sua figura ao papel químico Roma, a eterna herda quase tudo (filosofia, escultura deísmo, templos, etic,) da glória grega. A Cidade Eterna é... impressionante e mais tarde ainda suprema: contém o Vaticano. Inspirada na Grécia (pode dizer-se a sua "patroa", a cidade que, conta a lenda, foi fundada por um dos gémeos Rómulo e Remo.
Eles eram descendentes do Rei Marte e de Reia. Os gémeos nas religiões romanas eram mal-quistos. Daí que tivessem (dias após o seu nascimento) sido atirados ao mar para que fossem afogados.. Mas uma loba chamada Capitolina salvou-os e por fim foi Rómulo que fundou Roma. Aliás quando fomos (Mais uma vez, a Raquel e eu) iá vimos na Piazza del Campidoglio estátua em bronze dos gémeos Rómulo e Remo montados na loba Capitolina! E, no entanto Roma também tinha as suas personalidades; por exemplo e escolhendo entre tantos aqui seguem uns filósofos: Sócrates, Platão, Aristóteles, Demócrito, Arquimedes, Esquilo, etc.; Nas guerras: Júlio César (o Maior!), Marcus Brutus, filho adoptivo de Júlio César que inesperadamente o atraiçoou e matou "Et tu, Brute?" "És tu Brutus?", Otávio, Diocleciano e Constantino, etc.; e uns escritores: Cícero, Virgílio, Horácio, Ovídio, etc.
Por algum motivo o nosso idioma é uma língua neo-latina pois provem do Latim, a língua falada em Roma (a Itália só se tornaria independente sob o regime monárquico em 1861 tendo como primeiro Rei D. Vítor Emanuel I.
Nessa altura, a capital escolhida fora Turim e só muito mais passou definitivamente para sempre Roma.
Séculos depois, o futebol toma outros rumos. «Aproximadamente desde o século XIV em diante que podem encontrar-se nas fontes inglesas, referências bastante seguras a um jogo chamado "footbaal", mas a semelhança do nome não autoriza, de modo algum, a identificação do próprio jogo
Uma colorida descrição de uma viagem de poucos dias.
ResponderEliminarAgora imagina uma para Timor para onde seguiu aquele que nem sequer ainda não era meu namorado.
Abraço
Minha querida Rozitamiga
EliminarObrgadérrino! Porra Timor fica la no cu de Judas... E que aconteceu ao fabiano? Responde-me keu cá sou coscuvilheiro 😜😜😜😜
Um beijo e um queijo
Henrique
NOTA - «A bipolar está ir bem; apenas tenho tremuras, o resto é igual ao litro. Estamos muito felizes, os Antunes Ferreiras & adjacentes»
CONTINUAÇÃO II
ResponderEliminar«Fui eu próprio que auto-cortei o meu comentário que está para lavar e durar. Pelo sim, pelo não, foi por minha intenção (correcta, gaba-te cesto...) que o fiz antes que o barra botas Blogger fizesse das suas.... Posto isso vou re(recomeçar o terceiro rec(recente comentário. " Tudo o que se sabe sobre a maneira como eram disputados os jogos com bola sugere um tipo de jogo muito diferente do actual.
Sabe-se que se tratava de um jogo brutal ++++ jogado em determinados dias – Natal e Ascensão. Muito violento, foi proibido por diversas entidades aplicando-se penas pesadas. Uma das maiores proibições do jogo ocorreu em Londres numa proclamação de 1314, publicada em nome do rei Eduardo II pelo lord mayor. Está redigida da seguinte forma: «Manifesto para a Proclamação da Paz… Atendendo a que o nosso Senhor e Rei se dirige às regiões da Escócia, na guerra contra os inimigos e nos ordenou em especial que mantivéssemos estritamente a paz… E atendendo a que existe grande tumulto na cidade por motivo de certas desordens que ocorrem em grandes jogos de futebol realizados nos espaços do domínio público, dos quais muitos males podem eventualmente surgir – Deus nos defenda – ordenamos e proibimos, em nome do Rei, sob pena de prisão, que tal jogo daqui em diante seja praticado dentro da cidade.» Uma ordem do rei Eduardo III, em 1365, enviada aos principais funcionários da cidade de Londres, ilustra também o quanto as autoridades desaprovam esses passatempos indisciplinados ++++ em dias de festas ++++ usem arcos e flechas, proibindo-os sob pena de prisão de se envolverem (++++) no andebol, futebol ou noutro jogo fútil sem valor».
COMENTÀRIO III
ResponderEliminar[NOTA PRÉVIA] – No comentário sobre Roma digo a dado passo que na estátua de Rómulo e Remo eles estão montados na loba Capitolina; erro crasso, o que deveria escrever era: estão debaixo da loba Capitolina bebendo o leite das suas tetas. Da falta cometida peço imensa desculpa aos poucos leitores que ainda têm a pachorra de ma ler.
E neste momento vamos ao terceiro comentário (que pare as barbas do monarca Afonso Henriques) «e agora esta esta quase p completo fora de uso e as pessoas empenham-se nos sobre ditos jogos pelo que o reino […] corre o risco de ficar sem archeiros» ++++ Outros reis ingleses seguiram as mesmas práticas
Hurling to goals
«No hurling to goals há aproximadamente 15, 20 ou 30 jogadores de cada lado envergando as suas peças de vestuário mais leves, de mãos unidas e colocando-se em filas, frente a frente. A seguir dispõem-se aos pares, de braço dado, e assim permanecem: estes pares vigiam-se uns aos outros durante o jogo.
Depois disto cravam no chão dois arbustos, afastados entre si cerca de oito ou dez pés; e no lado oposto à distância de dez ou doze pés outros (arbustos) separados da mesma forma, os quais se designam por metas (Goales). Uma destas é determinada à sorte por um lado, ficando a outra para o partido adverso por um dos seus melhores defesas de lançamentos: o espaço do meio entre as duas metas, é o lugar para onde se lança a bola ficando à espera determinado à sorte por um lado, ficando a outra para o partido adverso. Para a sua defesa é nomeado um par das suas melhores defesas
de lançamentos; o espaço do adverso. Para a sua defesa é nomeado um par dos sus melhores defesas de lançamentos; o espaço do meio entre as duas metas, é o lugar para onde se lança a bola, e quem quer que seja que a consiga agarrar e transportar da meta do seu adversário alcança a vitória do jogo. Mas aí reside um dos trabalhos de Hércules: porque o que agarra a bola tem à sua espera os seus adversários, que sucessivamente se lançam sobre ele. Os outros empurram-no batendo-lhe no peito com os punhos fechados, para o manter afastado; e conservam-no em preso sem o mais pequeno vestígio de humanidade gesto que é denominado por buttinng (acto ou acção de bater ou empurrar)
Se ele escapa ao primeiro, outro o agarra e logo um terceiro, nunca mais sendo deixado, até ter encontrado (como dizem os franceses) chaussera son pied (em francês original) nem sequer tocar o chão com uma das partes do seu corpo em luta ou aos gritos, preso, o que é a palavra de rendição. Então te de lançar a bola (chamada troca) para alguns dos seus camaradas que a agarra da mesma maneira e se afasta tal como anteriormente; e se a sua sorte ou agilidade for tão boa para evitar ou ultrapassar os seus adversários, que o esperam, encontra um ou dois homens libertos na meta, prontos a recebê-lo e a mantê-lo afastado.
COMENTÁRIO IV
EliminarNOTA EXPLICATIVA
«Ao que venho perante esta quarta crónica que tem origem naquela que o marinheiro por alcunha Tintinairamigo comentou nest’”A Nossa Travessa” sobre Moçambique, onde como militar d nossa Marinha terá sido mobilizado para fazer a guerra dita do “Ultramar” (invencionice dum ditador camado António de Oliveira Salazar, e que era feita contra os “turras” vocábulo desgraçado do mesmo senhor nascido em Santa Comba Dão. Na realidade os termos que então deviam ser utilizados eram colónias e muito mais – anos – se tornariam em países independentes. Termino aqui esta NOTA. Apesar do texto do COMENTÁRIO ser tão longo como a Légua da Povoa abrenuncio! – que há mais. Repito: explico – falta ainda uma porrada de informações sobre o futebol em diversos ´Continentes, Regiões e Países. Notas sobre a Selecção Nacional que paz parte do grupo E da Liga Europa, sobre algumas Selecções Nacionais e seus jogadores mais qualificados e conhecidos. E após isto tudo, caraças! – irei retomar o tema inicial: a guerra, pormenorizando a criminosa Russia – Ucrânia. Porra! – Nem quero pensar quantas laudas vou escrever, mas não há ponto sem nó! Verá-se como dizia o camarada lavador de convés da nossa Marinha de Guerra Zeca Mapuewo que o Tintinairamigo (que o conheceu, bebeu uns copos) teve como amigo. Nós, os portugueses, sempre fomos contra o apartheid.»
«Retomo aqui o texto do COMENTÁRIO III para iniciar o IV, e é assim: (em subtítulo) As viagens ao Novo Mundo ((e as observações dos jogos lá praticados. A borracha) e ao Oriente.
«Outra componente que não se pode descurar tem a ver com as descobertas das Américas, da Ásia e da Oceânia. Na segunda viagem de Cristóvão Colombo à América o seu escrivão Paolo Castelli escreveu: «che gli abitanti locali erano stati osservati mentre giocavano con palline di gomma d'albero (gomma). Ciò a cui hanno assistito gli esploratori europei è stato un gioco vecchio di oltre mille anni, giocato dai Maya e dagli Aztechi.
che gli abitanti locali erano stati osservati mentre giocavano con palline di gomma d'albero (gomma). Ciò a cui hanno assistito gli esploratori europei è stato un gioco vecchio di oltre mille anni, giocato dai Maya e dagli Aztechi.» (Traduzido para português: (Tendo sido visto) «os habitantes locais a jogarem com uma bola feita de uma árvore (borracha). O que os exploradores europeus presenciaram era um jogo com mais de mil anos, praticado por Maias e Astecas».
Quase todas as cidades encontradas das duas civilivizações americanas possuiam, pelo menos, um campo de bola sagrado. O jgo denominado de Tlachtli ou Pok a – Pok, descambava mais das vezes em grande violência e fortes tumultos. Havia bancadas especiais para osadeptose apostavam-se somas consideráveis em dinheiro Alguns historiadores, de forma bastante exagerada, afirmam que o jogo terminava com a chacina dos vencidos. Esse tipo de afirmações, baseia-se num conjunto de baixos-relevos, que mostram sete jogadores segurando nas mãos a cabeça decapitada do capitão vencido. Todavia esse género de ilações e análise acerca do jogo poder´não ter correspondência com a verdade, uma vez, que já neste nosso século, no decorrer da I Grande Guerra, eram frequentes as ilustrações as ilustrações que mostravam, de forma simbólica, soldados ingleses pontapeando acabeça do Kaiser alemão».
COMENTÁRIO V
ResponderEliminarNOTA EXPLICACATIVA
Tal como ontem prometi continua est saga com mais um capítulo. E hoje não preciso acrescentar mais nada pois, está tudo dito Muito obrigado.
«Mais um comentário, desta feita dando um salto de diferença, pois aproximadamente, desde o século XIV podemos encontrar en fontes inglesas referências bastante seguras a um jogo chamado futebol. É aqui, que tudo o indica, que nasce o futebol moderno na Inglaterra. Mas para que este evento acontecesse muitos trabalhos se sucederam. . dito isto escrevi que podiam encontrar-se nas fontes inglesas referências bastante seguras a um jogo chamado futebol, mas a semelhança do nome não autoriza de modo algum, identificação do próprio jogo. Tudo o que se sabe sobre a maneia como eram disputados os jogos com bola surge um tipo de jogo com características muito diferentes do actual.
Sabe-se que se tratava de um jogo brutal, pouco digno das classes aristocráticas e, da sociedade em geral, era predominantemente jogado em determinados dias – Natal e Ascensão. Deve ter sido um desporto muito violento com o comportamento das pessoas nesse período. Foi proibido por vários decretos em Inglaterra: Uma das maiores proibições do jogo ocorreu em Londres numa proclamação de 1314 publicada em nome do rei Eduardo II pelo lord mayor. … Está redirigida da seguinte forma:” Manifesto ara Preservação da… Atendendo que o nosso Senhor e Rei se dirige às regiões da escócia, na sua guerra contra os inimigos e nos ordenou em especial que mantivéssemos estritamente a paz… E atendendo a que existe grande tumulto na cidade por motivo de certas desordens que ocorrem em grandes jogos de futebol realizados nos espaços do domínio publico , dos quais muitos males podem eventualmente surgir - Deus nos defenda - ordenamos e proibimos em nome do Rei, sob pena de prisão, que tal jogo daqui em diante seja praticado dentro da cidade.” U Oooooma ordem do rei Eduardo III, em 1365, enviada aos principais funcionários da cidade de Londres ilustra também o quanto as autoridades desaprovavam esses passatempos indisciplinados “[…] Ordem para que qualquer homem fisicamente capaz da dita cidade, onde nos dias de festa quando tem lazer, seja obrigado a usar nos seus desportos arcos e flechas […] proibindo-se sob pena de prisão de se envolverem {…] no andebol, no futebol… ou noutro jogo fútil sem valor; tal como as pessoas no reino, nobres e simples tinham por costume praticar antigamente a dita arte quando nos seus desportos, quando, com a ajuda de Deus a honra do reino e favoreceram o Rei nas suas acções de guerra , e agora esta arte está quase por completo fora de uso e as pessoas empenham-se nos sobreditos jogos […} pelo o que o reino corre o risco de ficar sem frecheiros”. E há éditos contra o “futebol” assinados por Henrique IV (1410) e Henrique V (1414). Henrique XIII, já na dinastia dos Túdor, (rei de Inglaterra de 1377 a 1399) viria a promulgar de novo leis visando a proibição de tais jogos. En França: Filipe V em 1319, Carlos V em 1369 e pelo Parlamento em escaços oito anos da Revolução, também à prática dos jogos com bola. Todos os decretos, e foram muitos, fazem-nos supor que o seu cumprimento esteve sempre longe de ser total.
Tendo-se em conta a grande influência que o futebol escocês teve em todo o contexto, será interessante recordar, que Jaime III, da Escócia, decretou que “ninguém poderia jogar futebol
Sob pena de castigo”. Todavia, em 1497, o Tesoureiro-mor do seu sucessor Jaime I, registou a compra de duas bolas para o Rei destinadas a uma partida que deveria jogar-se em Abril na cidade de Stirling.
COMENTÁRIO VII
ResponderEliminar«NOVAS FRESCAS…»
«Dos anos mil e novecentos duzentos aos dois mil no universo do futebol registaram-se quanto às leis que o regula praticamente as mesmas, só que “recheadas de algo recentes “novas frescas” as quais são válidas para Portugal (sempre é nosso!) e para o Mundo. Vou tentar especificalizá-las (Deus m’acuda…).
Como creio que sabem sou sportinguista ainda que não seja ferranho. Por isso é pelo Leão que começo a minha análise tão completa quanto me seja possível, quero dizer “sem paternalismos” … e, para começar (dado que o leão – o símbolo do Sporting, que até está inserido no emblema do clube – é o Rei da floresta nada melhor que é usar o plural majestático: por exemplo: “analisemos”.»
«O Sporting Clube de Portugal foi fundado no dia 1 de Julho de 1906 com um grupo de dezanove amigos e familiares entre os quais destacamos os Alvalades (o actual campo onde se joga tem o nome: Estádio José Alvalade, outro José Alvalade - de seu nome verdadeiro e grande industrial José Roquete -) os três irmãos Stromp – José António e Francisco, e outros que perfizeram dezanove cidadãos. Os “primeiros passos” foram gatinhdos em Belas (1902) onde um grupo de jovens desportistas fundou o “Sport Club de Belas”. A equipa disputou o primeiro encontro em Sintra contra o clube local; início excelente. 3 – 0.
Porém o Belas não conseguiu sobreviver às férias de Verão (em que tudo decorrera) e o grupo regressou a Lisboa, ao Campo Grande, onde a maioria do grupo residia. Foi então que, por influência dum tal José Gavazzo, como sempre um fiel do futebol, juntamente com outros fulanos deram alma ao Campo Grande Foot – Ball Club. Do Campo Grande e do Club nasceu uma controvérsia. O centro de Lisboa, digamos a Baixa, era muito melhor para albergar a sede do novo club. Então destacou-se um jovem dinâmico José Roquete (José Alvalade porque era neto do Visconde de Alvalade) e mais um grupo de amigos decidiram fundar um novo clube.
Mas para tal faltavam os carcanhóis. Enérgico, José Alvalade não teve pejo: “Vou pedir ao meu avô dinheiro para fundar outro clube”. O Visconde não só abriu os cordões à bolsa, mas ainda ofereceu um terreno para o tal novo clube poder treinar e, sobretudo, jogar. Face ao que acontecia José Alvalade propôs a esperada fundação dum clube ainda sem nome; mas, pelo menos e dada a actividade a que se se propunha – sport – um nome impunha-se: Sporting. Logo foi fácil: era um clube e de Portugal; donde “Sporting Clube de Portugal”
COMENTÁRIO VIII
ResponderEliminarNOTA EXPLICATIVA
Para começar tenho de informar os escassos leitores/as que ma conseguem ler (por serem misericordiosos/as, ou porque não conseguem entender os mês arrazoados textos/ ou porque são do Benfica ou do F.C. Porto, /ou ainda, por desfastio nem sequer os leem…Posto isto e depois de no último comentário passemos aos factos. (Creio ser pertinente e oportuno esclarecer uma questão: como sabem sou sportinguista ainda que não exaltado. Apenas uma vez fui ao nosso estádio comemorando a inauguração (com um leão dentro de uma no dia no dia da abertura solene que foi a fundação no da 1 de Junho de 1906, foram fundadores 19 cidadãos, entre os quais se contavam figuras de relevo na sociedade portuguesa: o Visconde de Alvalade, o seu neto José Roquette (que usava José Alvalade, do qual ficou célebre uma afirmação dum discurso feito na primeira Assembleia Geral, (à qual pertenciam m mais outros, além do orador, os três irmãos Stromp. António e Francisco, e Gavazzo que já vinha
de Belas e ajudou a fundar o SCT “Queremos que este seja um grande clube, tão grande como os maiores da Europa!!!!” Ficou célebre a declaração. Quanto a factos: o SCP orgulha-se de ter na sua galeria de nomes, desde a fundação, ente outros, os já falados acima mencionados, Eduardo Francisco Quintela de Mendonça (Farrobo), Sérgio Seguro Borges de Castro e José Cordeiro Ferreira Roquete.
Deixamos para os mais próximos os nomes dos de
COMENTÁRIO IV
ResponderEliminarETÁ QUASE...
«Para que haja uma ligação perfeita com o comentário anterior relembro a sua última frase: «Deixa para os mais próximos os nomes dos destes que marcaram de alguma maneira, de modalidade porque o Sporting é o clube mais eclético de Portugal: do futebol até ao atletismo, passando pelo ciclismo, pelo andebol, pela ginástica pelo futsal, pelo hóquei em patins, pela natação e por mais não sei quantas, isso justifica o já mencionado ECLETISMO. Por isso parece-nos utilizar como boa ideia indicar os nomes dos agentes desportivos acompanhados da modalidades em que se situam. Ora como a mais importante comecemos pelo FUTEBOL.
Praticante: Cristiano Ronaldo.
Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro nasceu no Funchal, capital da ilha da Madeira no dia 5 de Fevereiro de 1985, filho do jardineiro Sr. José Dinis Pereira Aveiro e da cozinheira Sª Maria Dolores do Santos Aveiro. Segundo contam vizinhas já com quatro anos Ronaldo jogava futebol nas ruas com bolas feitas de trapos enfiados numas meias de senhora em nylon. Feitos os nove anos começou a carreira no Futebol Clube Andorinhas. Passados poucos anos os "olheiros" dos clubes do continente começaram a ver nele grande qualidade de habilidades com a bola. Mas o melhor deles foi o do Sporting. Trouxeram-no para Portugal continental. Para um puto com aquela idade (devia andar pelos seus onze anos) Lisboa foi um deslumbramento; e de olhos arregalados ficou quando visitou o estádio do "seu" Sporting (do qual - segundo mais tarde confessou - não sabia o nome completo...
Podemos dizer que se tratou dum salto de gigante, pois tudo se iniciou no Sporting Clube de Portugal. Começou por treinar pela primeira vez, já que no Andorinas nunca se fazia. Como o Herman dizia "Tudo ao molho e fé em Deus..."
Principiou com os já feridos 11 anos alinhando nos sub16, depois nos sub 17 e sub 18. («O seu a seu dono: ENCICLOPÉDIA FUNDAMENTAL do PORTING, Editora PRIME/Edições. Na capa: emblema do Leão. Tira: Mais de 2.300 entradas. Impressão redonda EDIÇÃO ACTUALIZADA até 30 - 06 -2007. Obrigado)
Pode dizer-se que com a chegada à equipa principal do Sporting (13/7/2002) se regista o salto para a Glória que só termina (por enquanto..) no clube Al Nasser da Arábia Saudita (Glória, aliás, que já vinha dantes) Mas, sobretudo a sua habilidade e os seus truques com a bola (não metia muitos golos) viu o treinador Manchester United Alex Ferguson (que mais tarde, fruto da excelente carreira no MU - 37 anos - foi concedido pela rainha Elizabeth II o título de Sir ) tinha vindo a Lisboa como treinador do MU que jogava contra o Sporting viu o desempenho do Cristiano Ronaldo logo pretendeu levá-lo para o MU.
Depois de negociações algo difíceis lá segui o craque para substituir David Beckham. Estava-se no ano de 2008. Nesse mesmo ano entrou em cena o colosso espanhol Real Madrid que o quer receber nas suas fileiras. Arrastam-se as negociações carregadas de especulações porém em 2009 com Kaká, Zidane , Ronaldo (o "Monstro" brasileiro), e Roberto Carlos (tal como Kaká também é brasileiro) integram um grupo mediático , os "intergalácticos". Cristiano ficou no Real até 2011 marcou 53 golos!!! (fora Alex Ferguson que o ensinara a marcá-los).
Contudo o "nosso" Ronaldo não conseguia parar. Transfere-se para a Juventus que integra a série A do Campeonato italiano Ganhou quase tudo que havia para ganhar. E, num repente, como o povo sabidão diz "o bom filho à casa volta" o CR7 regressou (como igualmente) muito bem :preparação física mentalidade, golos - um "hurra"! Mas já sem Sir Alex Ferguson a treinar os Red Devils no Old Trafford.. Em Riad tudo correu sobre esferas (para os nascidos na terra santa de Meca e para os estrangeiros endinheirados. No que concerne aos últimos operários vive-se próxima da pobreza.
COMEMTÀRIO V
ResponderEliminarNOTA EXPLICATIVA
Trata-se apenas de um apêndice ao que venho escrevendo para lembrar nomes de treinadores e futebolistas que marfaram lugares na História do SCP, desde 1916: como treinadores Francisco Stromp, Charlie Bell, Augusto Sabbo, Arthtur John e já mais próximos: Juca - Júlio Cernadas Pereira (que veio de jogador - e bom José Peseiro, Manuel José, Jorge Jesus, Carlos Queirós, Cândido de Oliveira, Fernando Vaz, Ronnie Allon, Malcom Allisom (o Big Mall) Jimmy Hagan (com José Mourinho como adjunto), Bobby Robson, Laslo Bölöni (o Romano que ganhou um dos pounces últimos campeonatos para o Sporting) Otto Glória (o Brasileiro que trouxe uma "revolução na técnica e na táctica do treino), Luís Filipe Scolari (que começou por ser seleccionador/treinador da Selecção Nacional, aliás o Fiilipão - que foi campeão do Mundo a treinar o Brasil e por cá ficou célebre a expressão acerca do desempate por penáltis _-mata, mata!), Joé Couceiro, Silas e agora Rubem Amorim (que finalmente depois de um longo jejum deu o título ao SCP!.or iso se vê uma das características leoninas: a inconstância....
Quanto a jogadores são tantos e com com grandes títulos alcançados, embora infelizmente andem bastante arredados deles. Mas, mesmo assim e numa amostra aleatória, desde a fundação (1 de Julho de 1906) deixo aqui uns quantos nomes pois se quisesse apresentar uma lista completa quase pareceria a Wikipédia com tantas entradas que nem é bom pensa porque impossível de consultar tal é o seu tamanho. Como atrás escrevi, desde a fundação, ei-los: Augusto de Freitas, o primeiro guarda-redes) António Vilar e Francisco Stromp,(defesas) António Couto (médio) Henrique Amorim e Manuel Mora (avançados) demos agora um salto no tempo e cheguemos aos finais do século XIX e começos de XX. Carlos Gomes (talvez o melhor guarda-redes que eu tive o privilégio de ver, quando era puto), anos depois Peter Schemeichel (que fora campeão do Mundo e teve uma estreia muito infeliz defendo a baliza sportinguista: no primeiro jogo, agarrou a bola com as mãos "MAS FORA DA GRANDE ÁREA".
Foi expulso e substituído por um jovem acabado de sair das camadas juvenis: Rui Patrício (que viria a ser um enorme guardião, dono durante anos do lugar do Sporting e da Selecção Nacional), e ainda Carlos Carvalho que viveu na sombra de um orator grande Victor Damas (infelizmente já falecido ainda tão novo). Mas basta de guarda-redes., voltemos um pouco atrás para mencionar os "Cinco Violinos", a linha atacante, na táctica clássica e constituída por Jesus Correia (que também praticava hóquei em patins, onde foi campeão mundial), José Travassos, Fernando Peyroteo , Manuel Vasques e Albano Pereira, "tout court" Jesus Correia, Travassos, Peyroteo, Vasques e Albano, os Cinco Violinos (que como me contou o meu tio e padrinho, primeiro-sargento Armando Antunes também viu jogar como senhor da baliza leonina, João Azevedo, um portentoso guarda-redes.
Contou-me o meu padrinho (há uma estória curiosa sobre o meu nome que, para não me desviar do tema contarei de seguida) Que numa final do então Campeonato de Lisboa (onde começara o mito do dérbi Sporting-Benfica) Alevedo ao saltar com o Espirito Santo, (um excelente avançado do Benfica, descendente de são-tomenses) antes do intervalo, fracturou a clavícula esquerda e foi aasim para o intervalo..
COMENTÁRIO V (CONTINUAÇÃO)
ResponderEliminar«Como na altura não eram permitidas substituições, Jesus Correia foi para a baliza, posição que ocupou no pouco tempo que faltava para o intervalo .
Na 2ª parte foi a vez de Veríssimo calçar as luvas e o Benfica aproveitando a vantagem numérica, atacou ferozmente a baliza leonina, obrigando o improvisado guarda redes do Sporting a duas boas defesas.
Eram decorridos 12 minutos da 2ª parte, quando João Azevedo sentindo que o Sporting com menos um estava a fraquejar, prontificou-se a regressar à baliza, embora visivelmente limitado no seu braço esquerdo, mas disposto a fazer o seu papel na defesa da vantagem adquirida. Eu tinha apenas cuco ou seis anos e foi o meu tio e padrinho, primeiro sargento Armando Antunes, irmão da minha mãe quem me levou para ver a partida (A este propósito tenho uma estória muito curiosa sobre o meu nome, mas que contarei oportunamente para não ensarilhar o tema já por si bastante enviesado...).
Cinco minutos depois na sequência de mais uma descida do ataque do Benfica, Arsénio desfere um remate forte e rasteiro para o lado manco do guarda redes do Sporting, que não consegue evitar o golo do empate. Parecia que o destino do Campeonato estava traçado, até porque João Azevedo saiu ainda mais limitado dessa jogada.
Mas foi de braço ao peito que Azevedo aguentou firme até ao fim do jogo sem sofrer mais golos. E aqui entramos na parte que se tornou lendária e que conto por que vi e até foi repetida vezes sem fim por quem ouvia descrever a forma inacreditável como João Azevedo tinha defendido um portentoso remate de Espírito Santo ao ângulo, com um espantoso voo e desviando a bola para canto com o braço que não estava lesionado.
E se na baliza João Azevedo foi herói, lá na frente os avançados do Sporting também não deixaram os seus créditos por pés alheios, e a cinco minutos do fim Albano colocou o Sporting em vantagem no marcador, com um remate bem colocado que bateu no poste e entrou na baliza para delírio dos sportinguistas, que logo no minuto seguinte viram Peyroteo fixar o resultado final em 3-1, com um remate na passada depois de uma bela fugida de Jesus Correia.
Estava assim garantida a 18ª vitória do Sporting no Campeonato de Lisboa, com o selo do suspeito do costume, que regressara à competição neste jogo, depois de uma longa ausência por lesão.
À cena que estou a contar já não assisti pois o meu padrinho receoso da malta que juntar para aplaudir vitória dos leões, mas sobretudo do incrível feito do quada redes, dando-me a mão, apanhámos um elétrico e regressámos à nossa casa. Mas quem viu a empolgante cena, um vizinho nosso, , contou a estória que no fim João Azevedo foi passeado em ombros pelos companheiros, e que até os adeptos adversários se renderam e aplaudiram o heroísmo daquele que ficara conhecido pelo "Gato de Frankfurt", depois de outra exibição histórica, essa ao serviço da Selecção Nacional em 1938
COMENTÁRIO VI
ResponderEliminarNOTA EXPLICATIVA
«Uma equipa de futebol é constituída por 11 jogadores (Monsieur De la Palice não se envergonharia de subescrever esta máxima...). Obviamente eles são um guarda redes mais dez. Falámos de guarda redes, mas dos que pertenceram à volta da Fundação do Sporting (relembramos 1 de Julho de 1906). Mas não nos podemos ficar por ali.
Daí que tenhamos que avançar umas décadas para dar contas doutros guardiões das balizas do SCP. Aleatoriamente começaremos por esse gigante com 1,93 metros de altura, bonacheirão, que era dinamarquês, mas tinha umas costelas de polaco: Peter Boslow Schmeichel foi um gigante na baliza, não só pelo seu tamanho, mas também pela valentia e principalmente pela sua grande classe, que o tornaram num dos "melhores guarda-redes de todos os tempos e provavelmente o melhor da sua época", sem esquecer a sua forte personalidade que fez dele uma figura carismática das equipas onde atuou.
Principiou nos clubes amadores da sua terra e em 1984 estreou-se na Seleção de sub-21 da Dinamarca, quando já jogava no Hvivdovre, mas a descida de divisão deste clube levou-o a transferir-se para o Broendby, onde se afirmou definitivamente, tendo sido quatro vezes Campeão Nacional e chegando à Selecção principal do seu país, tornando-se numa das suas grandes figuras e sendo um elemento fundamental na sensacional conquista do Europeu de 1992.
Em 1991 foi contratado pelo Manchester United, onde viveu os melhores anos da sua carreira, fazendo parte de uma equipa que ganhou tudo o que havia para ganhar, da qual ele era um dos elementos mais importantes e carismáticos. Foi então considerado "o melhor guarda-redes do Mundo" por duas vezes, entre muitos outros prémios conquistados.
Em 1999 após a conquista da Liga dos Campeões, dizendo-se cansado de jogar ao mais alto nível, entendeu ter terminado o seu ciclo no United, e surpreendentemente assinou um contrato de duas temporadas com o Sporting, onde foi fundamental na conquista do inesquecível título de 1999/00, que quebrou um longo de jejum de 18 anos em que o Clube esteve sem ganhar o Campeonato, conquistando ainda uma Supertaça na temporada seguinte.
Com ele aconteceu um episódio trágico-cómico, impossível de prever numa figura de tamanha importância. Contaram-me que durante uma partida contra um clube de que já não me recordo, dentro da grande área, ao receber o esférico passado por um companheiro, agarrou-o com as mãos. Incrível. Naturalmente foi expulso tendo-lhe sucedido um jovem saído recentemente da categoria de "Esperanças" que então existia: Rui Patrício. Que mais tarde seria o dono da baliza do Sporting e da Selecção Nacional. Mas por agora por aqui ficamos. Voltaremos ao Rui Patrício, porque obrigatoriamente temos de escrever sobre um "fenómeno goleiro" (como dizem os brasileiros) chamado Carlos Gomes que eu também vi jogar. quando tinha os meus cinco ou seis anos, levado pelo meu tio e padrinho, primeiro sargento Armando Antunes, irmão da minha mão e fervoroso sportinguista - que me meteu o bichinho verde e branco sem qualquer vacina... Mas vamos ao que interessa: Carlos Gomes nasceu a 18 de Janeiro de 1932, no Barreiro. Chegando ao Sporting com 18 anos logo ai deixou vincada a sua forte personalidade, negociando até a ultima o seu contrato, vindo a receber 50 contos, em vez dos 10 contos, quantia que inicialmente lhe tinha sido oferecida. Estreou-se na baliza do Sporting a 8 de Outubro de 1950, com apenas 18 anos, sendo assim o mais jovem guarda-redes de sempre do clube. Carlos Gomes relegou assim para suplente a grande referência que era Azevedo, também oriundo do Barreiro.
Carlos Gomes representou o Sporting ao longo de 8 temporadas, mais concretamente, entre 1950/51 a 1957/58. Durante estas 8 épocas, Carlos Gomes realizou um total de 221 jogos, tendo conquistado de leão ao peito 5 Campeonatos Nacionais, alcançando o tetra, com 4 campeonatos consecutivos, entre 1950/51 e 1953/54.
COMENTÁRIO VI (CONTINUAÇÂO)
ResponderEliminarNOTA EXPLICATIVA
«Não é necessária - é apenas a continuação do mesmo comentário pois o Blogger cortou-me a parte que agora publico, sob o pretexto de que era demasiado longo. Cá vai: Carlos Gomes representou o Sporting ao longo de 8 temporadas, mais concretamente, entre 1950/51 a 1957/58. Durante estas 8 épocas, Carlos Gomes realizou um total de 221 jogos, tendo conquistado de leão ao peito 5 Campeonatos Nacionais, alcançando o tetra, com 4 campeonatos consecutivos, entre 1950/51 e 1953/54.
Venceu também uma Taça de Portugal na época de 1953/54, tendo assim conquistado a dobradinha. Sendo o “maior guarda-redes português da década de 50”, Carlos Gomes foi seleccionado para representar a equipa nacional por 18 vezes, durante o tempo que jogou no Sporting. No fim da temporada de 1957/58, ano em que se tinha sagrado pela 5ª vez campeão nacional ao serviço do nosso clube, Carlos Gomes decidiu abandonar o Sporting para rumar ao estrangeiro, mais nomeadamente para Espanha, indo representar a equipa do Granada. No clube do país vizinho Gomes foi receber um salário oito vezes superior.
Ao longo da sua carreira, Carlos Gomes teve uma inúmera quantidade de situações e de problemas, os quais fizeram com que a sua carreira não fosse ainda mais brilhante do que aquela que alcançou. Alegadamente este acusado de ter violado uma rapariga. Durante o tempo que esteve no Sporting, Carlos Gomes viu-se, por diversas vezes, a contas com a PIDE, devido às suas posições sociais e políticas contrárias ao regime fascista vigente em Portugal.
Tal como o prometido regressemos ao Rui Patrício. O seu nome completo é Rui Pedro dos Santos Patrício (Regueira de Pontes, Leiria, 15 de Fevereiro de 1988) é um futebolista português que actua como guarda-redes. Atualmente joga na Roma e foi titular no Sporting: fez a sua estreia aos 18 anos de idade e disputou mais de 464 partidas oficiais pelos leões, sendo o segundo jogador na história do clube que mais vestiu a camisa verde e branca em jogos oficiais. Em 2021 transferiu-se para o Roma.
Fez a sua estreia pela Seleção em 2010, onde desde então tem sido titular até à ascensão de Diogo Costa do F. C.do Porto, que actualmente é o detentor da titularidade. Representou Portugal no Europeu de Futebol de 2012, no Mundial de 2014, no Euro 2016, na Taça das Confederações de 2017, na Taça do Mundo de 2018 e na Liga das Nações de 2018–19.
Começou a sua carreira no futebol pelo clube leiriense Sport Clube Leiria e Marrazes. Inicialmente era avançado, mas recuou para a posição de guarda-redes. Aos 12 anos, na temporada 1999/2000, mudou-se para o Sporting.
.Na temporada 2007/2008, disputava a titularidade com o guarda-redes sérvio Vladimir Stojković. Voltou a ser titular no empate a 1 fora de casa, contra o Leixões.
No dia 1 de Junho de 2018, rompeu unilateralmente o seu contrato com o clube. Justificou-se numa carta de 34 páginas os motivos que o levaram a tal atitude: o assédio do presidente do clube Bruno de Carvalho ao plantel e a invasão e agressões de adeptos na Academia Sporting no dia 15 de Maio. No dia 18 de Junho de 2018, Rui Patrício foi anunciado pelo Wolverhampton. O clube inglês fechou um contrato de quatro temporadas.
Estreou-se pela Seleção Portuguesa no dia 17 de Novembro de 2010, num amistoso diante da então campeã do Mundo - a Espanha. Tornou-se titular da equipe na Euro Taça 2012 e na Taça do Mundo de 2014. Nesta última competição, actuou somente na primeira partida contra a Alemanha, ficando de fora dos jogos restantes por lesão. Foi campeão da Euro Taça de 2016 com a Selecção Portuguesa, ganhando também o título de melhor guarda redes. Em consequência, no dia 10 de Julho de 2016 foi feito Comendador da Ordem do Mérito e, no dia 22 de Maio de 2017, foi inaugurada, em Leiria, uma estátua representativa de uma das suas defesas na final da competição.»
COMENTÁRIO VII
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Com Futre terminamos a apresentação dos melhores futebolistas portugueses (em nossa opinião). E para não gastar mais frases aqui vai ele toooodiiinhoooo...
Paulo Jorge dos Santos Futre (Montijo, Montijo, 28 de fevereiro de 1966) é um ex-jogador de futebol português, considerado um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos.
Foi um dos poucos jogadores que jogaram nos "três grandes" do futebol português (Sporting, Porto e Benfica). Em 1987, ficou em 2.º lugar na premiação de melhor jogador do mundo (prêmio chamado Ballon d'Or na época), perdendo apenas para Ruud Gullit.[1]
Biografia
Nasceu em Montijo. Formado no Sporting Clube de Portugal (na sua primeira época como profissional aos 17 anos esteve perto de ser emprestado à Académica de Coimbra, mas a direção do clube de Alvalade optou por mantê-lo na equipa) e após incompatibilidades com a Foi um dos poucos jogadores que jogaram nos "três grandes" do futebol português (Sporting, Porto e Benfica). Em 1987, ficou em 2.º lugar na premiação de melhor jogador do mundo (prêmio chamado Ballon d'Or na época), perdendo apenas para Ruud Gullit.[1]
Biografia
Nasceu em Montijo. Formado no Sporting Clube de Portugal (na sua primeira época como profissional aos 17 anos esteve perto de ser emprestado à Académica de Coimbra, mas a direcção do clube de Alvalade optou por mantê-lo na equipa) e após incompatibilidades com a direcção leonina (depois de pedir um aumento no ordenado), transferiu-se para o Futebol Clube do Porto, onde em três épocas se notabilizou e viria a conquistar dois campeonatos portugueses e uma Taça dos Campeões da Europa, com notável exibição diante do Bayern Munique Em 1987 transferiu-se para o Atlético de Madrid, naquela que foi para a época, a maior transferência do futebol português. Não conseguiu o sucesso desportivo que desejaria, mas em termos individuais tornou-se num dos grandes queridos do clube.
Cinco anos e meio depois de ingressar na Espanha, onde conquistou duas Copas do Rei, Paulo Futre regressaria à pátria mãe, agora para representar o Benfica numa polémica transferência paga com dinheiros públicos da Sport TV[3] quando dias antes o próprio havia prometido o seu regresso ao Sporting. Ao serviço das águias conquistou a Taça de Portugal de 1992–93.
Problemas de ordem financeira levaram-no a sair prematuramente do clube, transferindo-se para o Olympique de Marselha. A partir daqui, a carreira de Futre entra em delírio. Gravíssimas entorses levam-no a ter períodos de meses de inatividade, sendo forçado a terminar a carreira antes do desejado.
Depois da maldita experiência na França, Futre ainda passou pelo calcio (futebol) italiano, Reggiana e AC Milan e o inglês West Ham, nunca atingindo os patamares exibicionais q
Em 21 de Agosto de 2022 teve um AVC no funeral da mãe e foi submetido a cateterismo. Foi assistido no hospital do Barreiro e depois transferido para Lisboa[
«Carreira internacional»
Futre jogou 41 vezes por Portugal em um período de 12 anos, marcando seis golos. A sua estreia aconteceu contra a Finlândia num jogo de qualificação para o Campeonato Europeu de Futebol de 1984, em 27 de Abril de 1983 - com apenas 17 anos e 204 dias de idade, quebrando assim, um recorde da Seleção Nacional que segura ainda hoje.
Futre foi um membro da seleção nacional que competiu na Copa do Mundo FIFA de 1986 no México, jogando os 90 minutos na derrota por 1–3 para Marrocos numa eventual eliminação da fase de grupos.
«Títulos»
"Campeonatos Nacionais"
2 Campeonatos Portugueses (FC Porto, temporadas 84-85 e 85-86)
1 Campeonato Italiano (AC Milan, temporada 95-96)
"Taças Nacionais"
COMENTÁRIO VIII
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Nas competições portuguesas também participaram futebolistas estrangeiros especialmente brasileiros. Uns melhores piores (a maioria) e com diferentes condições financeiras. Para os sul americanos, a Europa é uma espécie de El Dorado. Para os oriundos do Leste Europeu (na altura geralmente comunista) para além de deslumbrantes propostas financeiras face aos incríveis salários praticados nos respectivos países havia para alguns deles a aliciante dos "casamentos fictícios" com portuguesas mais ou menos mulheres de vida fácil, com o objectivo de obter a nacionalidade portuguesa.
Mas nem todos procediam assim. No Sporting não acontecia nada disso. Donde termos escolhido alguns nomes de jogadores (que, socorrendo-nos das fontes já citadas) apontaremos aqui. E o primeiro foi o Yazalde. Tracemos a sua biografia e mais dados.
Héctor Casimiro Yazalde (Avellaneda, 29 de maio de 1946 – Buenos Aires, 18 de Junho de 1997) foi um jogador de futebol argentino. Apelidado de "Chirola". Vestiu a camisola do Sporting Clube de Portugal onde se sagrou bota de ouro, com 46 golos em 30 jogos.
Biografia
Yazalde nasceu em 29 de Maio de 1946, num bairro pobre de Buenos Aires. Devido à sua condição social desfavorecida, quando entrou para a escola aos sete anos, não tinha livros. Horácio Aguirre, um bom amigo, era quem lhe emprestava os livros para que pudesse estudar. Aos 13 anos começou a trabalhar para ajudar no sustento da família. Começou por vender jornais, depois bananas e por último a partir gelo.
Em 1965, quando Yazalde foi assistir ao treino do seu amigo Horácio Aguirre, no Piraña, clube de Buenos Aires, pediu que alguém lhe emprestasse um equipamento para treinar. Na mesma tarde assinou o contrato e recebeu 2.000 pesos argentinos, que era o equivalente ao que recebia num mês, como vendedor ambulante de bananas.
Dois anos passados e transferiu-se para o “Independiente” de Buenos Aires. Aos 20 anos, sagrou-se pela primeira vez campeão e recebeu o troféu de melhor marcador. Não foi preciso muito tempo para que fosse chamado à Selecção Argentina.
Em 1967/1968 revalidou o título de Campeão Nacional da Argentina e com o dinheiro que recebeu comprou um apartamento no centro de Buenos Aires.
Em 1970, surgiram convites do Santos, do Palmeiras, do Valência, do Lyon, do Nacional de Montevidéu o popular "Chirola" marcou 46 golos em 30 jogos e conquistou a Bota de Ouro europeia.
Em 16 de Julho de 1973, casou com a modelo portuguesa Carmo da Ressurreição de Deus, popularmente conhecida por Camizé e que passou a ser conhecida por Carmen Yazalde. Carmen Yazalde é uma proeminente figura pública na Argentina. O casal veio a separar-se em 1987.
Yazalde estabeleceu um novo recorde europeu de golos em 19 de Maio de 1974, batendo o recorde do húngaro Skoblar. Como prémio recebeu um carro, que vendeu e dividiu o dinheiro com os companheiros de equipa. Em 1975, transferiu-se para o Marselha, mas não foi feliz. Voltou para a Argentina, onde se tornou empresário de futebol.
Faleceu com 51 anos, em Buenos Aires, vítima de uma cirrose hepática e paragem cardíaca.
«Conquistas»
“Independiente”:
Campeonato Argentino: 1967 e 1970.
“Sporting”:
Campeonato Português: 1973/1974.
Taça de Portugal: 1970/1971; 1972/1973 e 1973/1974
Bota d'Ouro europeu 1973/1974.
Goleador da Primeira Divisão: na temporada 1973/1974, com 46 golos e na temporada 1974/1975, com 30 golos.
COMENTÁRIO IX
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«Continuamos com a saga dos jogadores estrangeiros que actuaram no SCP. Desta feita abordaremos o Seminário. Como sempre seguem-se os seus dados pessoais e outras informações.
Seminário - O Sporting nunca fechou a suas portas a jogadores estrangeiros e logo nas suas primeiras equipas teve atletas ingleses, húngaros e até um alemão, isto sem esquecer os irmãos Mórice de origem italo-argentina que faziam parte da equipa que conquistou o primeiro título regional da história do Clube. Mais tarde, nos anos 30 apareceram os primeiros brasileiros iniciando um fluxo interminável de jogadores canarinhos que atravessaram o Atlântico rumo ao Sporting, mas o primeiro grande futebolista estrangeiro do Clube foi o peruano Juan Seminário.
Juan "El loco" Seminário jogava no Municipal de Lima quando com apenas 20 anos chegou à Seleção do seu País, fazendo furor com a sua estonteante velocidade, aliada a uma técnica apurada e a uma boa capacidade de finalização, que o tornaram conhecido como o "Expresso de Lima", principalmente depois de ter marcado três golos à Inglaterra e dois ao Brasil, quando fazia parte de uma das melhores linhas avançadas da história do futebol peruano.
uma acesa disputa pelo seu passe entre Barcelona e Saragoza. Aproveitou o Sporting que ganhou a corrida ao FC Porto e garantiu a cedência do jogador, que no dia 10 Outubro de 1959 foi apresentado em Alvalade perante cerca de quarenta mil espectadores, estreando-se 15 dias depois no Estádio do Restelo.
Apesar de só ter jogado duas épocas no Sporting, e de não ter ganho nenhum título, ainda por cima numa altura em que a memória dos Cinco Violinos estava bem viva, conquistou de imediato os sportinguistas com o seu virtuosismo e as ção.
Nessa altura ficou-se a saber que o Sporting pagava ao Barcelona dez mil dólares por cada época que Seminário representasse o Clube, até ao máximo de cinco mil dólares no final do segundo, que foi o que precisamente aconteceu em Julho de 1951.
No entanto Seminário não ficou no Barcelona, sendo transferido para o Saragoza, e logo na sua primeira época em Espanha foi o melhor marcador do Campeonato com 25 golos, sendo o único jogador da história daquele clube a conseguir tal feito.
Na temporada seguinte já levava 8 golos em 8 jogos, quando rumou a Itália numa das transferências mais caras da época, e ao serviço da Fiorentina continuou a brilhar e a marcar golos, regressando dois anos depois a Espanha, para finalmente jogar no Barcelona, que ajudou a conquistar a Taça das Cidades com Feira de 1966, e onde marcou perto de 50 golos em cerca de 100 jogos disputados durante três épocas, justificando os 3200 contos pagos pelo clube catalão. Antes de regressar ao Peru onde encerrou a carreira, ainda jogou duas épocas no Sabadell.
Veio a Portugal em 2004, sendo homenageando com um prémio Rugidos de Leão na tradicional festa Noite Verde da Batalha, recordando então com enorme carinho a sua passagem pelo Sporting, que guarda eternamente no seu coração, e onde ainda é reconhecido com saudade e admiração.
Ficou no coração verde e branco uma notícia que apareceu no jornal desportivo “Record”: Quando Juan Seminário chegou a Alvalade: «Era como se agora o Ronaldo deixasse o United e viesse para o Sporting» E ainda ficou nos anais pela sua modéstia e sinceridade a declaração que deu ao semanário “Observador: «Ia a pé para os jogos do Sporting». Ah! ganda peruano!!!!
COMENTÁRIO X
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Nesta longa peregrinação pelos futebolistas estrangeiros que jogaram de leão ao peito chegou a vez dos brasileiros. E entre estes, quem melhor para os representar? Um Senhor chamado Osvaldo da Silva, mais simplesmente Osvaldo Silva. Como habitualmente segue-se a informação necessária/suficiente sobre esse "mago da bola".
Osvaldo Silva foi um médio de ataque ou interior como se dizia na altura, embora também fosse capaz de jogar a extremo. Era um jogador cheio de talento e um excelente driblador, muito rápido e explosivo e com grande visão de jogo.
A 19 de Julho de 1962, já com 28 anos, Osvaldo ingressou no Sporting que pagou 500 contos pelo seu passe e cedeu o avançado Octávio ao Leixões. Em quatro temporadas no Sporting realizou 116 jogos oficiais ao serviço da equipa principal do Clube, nos quais marcou 41 golos, conquistando mais uma Taça de Portugal e outro Campeonato Nacional.
Mas foi em 1964 que ganhou um lugar na história do Sporting Clube de Portugal como um dos heróis da conquista da Taça das Taças, para a qual contribuiu com exibições memoráveis, especialmente no inesquecível jogo em que o Sporting ganhou por 5-0 ao Manchester United com três golos de sua autoria, e no desempate das meias-finais, em que foi dele o golo com que o Sporting derrotou por 1-0 o Lyon, que chegou a oferecer uma fortuna pelo seu passe.
Curiosamente no início dessa temporada chegou a ser dado como dispensável, pelo que se falou que poderia ser emprestado ao Lusitano de Évora, ou ao Vitória de Setúbal, mas acabou por ficar para ganhar um lugar na equipa principal.
Na temporada de 1965/66 ainda ajudou o Sporting a ser Campeão, mas já jogava menos, pelo que resolveu regressar ao Brasil onde ainda jogou na Portuguesa do Rio de Janeiro.
Pouco tempo depois voltou a Portugal, iniciando então com 33 anos uma nova fase da sua carreira como treinador-jogador, primeiro no Académico de Viseu e depois no Olhanense e no Avintes.
Em 1972 regressou ao Sporting para treinar os Juniores, um cargo que a partir do final da época 1972/73 passou a acumular como de adjunto de Mário Lino, participando assim na memorável temporada de 1973/74, em que o Clube conquistou a "dobradinha", consumada no Jamor com Osvaldo Silva a comandar no banco, depois da inesperada saída do chefe da equipa técnica, em vésperas de uma Final que o Sporting ganhou ao Benfica por 2-1.
Na época seguinte, ficou como adjunto de Alfredo Di Stefano, do qual herdou o comando da equipa ainda no início do Campeonato, que não completou sendo substituído por Fernando Riera.
Regressou então ao Futebol Jovem do Sporting e conquistou vários títulos contribuindo para a formação de grandes atletas, com um jeito muito próprio e bem-disposto de ensinar, que deixou marca em todos os que trabalharam com ele.
Faleceu a 15 de Agosto de 2002
E finalmente vamos falar do Kostov. Vânio Kostov, 7 de Setembro de 1955, natural de Burgas, Bulgária. Médio internacional búlgaro, chegou ao Sporting na época de 1982/83 acompanhado pelo seu compatriota Dusan Bukovac, vinha do Slavia Sofia, onde era o Capitão da equipa e tinha ganho duas Taças da Bulgária.
Kostov era um jogador experiente, com bons atributos técnicos, que aliados à sua enorme disponibilidade física, o tornavam num médio completo e muito útil, que rapidamente se tornou titular indiscutível no Sporting, lugar que ocupou durante duas temporadas, tendo participado nos dois jogos da primeira Supertaça conquistada pelo clube.
Com a chegada do treinador John Toshack, Kostov perdeu o lugar, e na época de 1984/85 só fez 3 jogos, pelo que resolveu sair, quando já estava à beira dos 30 anos de idade, e totalizava 69 jogos disputados ao serviço do Sporting, nos quais marcou 10 golos.
Prosseguiu a sua carreira no Belenenses, e viria ainda alinhar pelo Farense e pelo Bragança, antes de pendurar as botas, tornando-se mais tarde empresário credenciado pela FIFA. Ficaria também conhecido por ser o pai da bela modelo Sara Kostov.
COMENTÁRIO XI
ResponderEliminarNOTA EXPLICATIVA
Terminada a cena dos futebóis é a altura de retornar ao tema inicial: a GUERRA. E, naturalmente, a que está quotidianamente defronte de nós é a que se trava entre a Rússia e a Ucrânia. Não valerá a pena abarcar exaustivamente um assunto tão trágico, criminoso, horripilante e. não caindo na hipérbole, inconcebível.
A agressão de Moscovo sob as ordens de Vladimir Putin, o "novo Czar" da "Mãe Rússia" ao país cuja capital é Kiev, cujo Presidente é Volodymyr Zelenski é indiscritível e monstruosa. Tentemos, entretanto, fazer o ponto da situação em que se encontra o conflito. .
Se possível, recuemos apenas meia semana. No Kremlin, Putin substitui .Nikita Proshigin no comando do grupo Wagner colocando no seu lugar Andrey Troshev, também conhecido por Sedoy, que quer dizer "cabelo grisalho". Pelos vistos Proshigin era "refilão", o que deixava Putin pior que estragado. O "cabelo grisalho" é preferível para o ditador de Moscovo. De resto Troshev, membro fundador do Wagner fora Chefe do Gabinete do Grupo na Síria onde a empresa militar privada fora apoiar o regime absolutista do ditador Bashar Al Assad.
Ontem mesmo (escrevo hoje 25-07-2023) as principais notícias sobre a guerra alinhavam pelos tópicos: A) Rússia aumenta impostos sobre os vinhos provenientes de países inimigos 12,5 % para 20 % B) Proibição de conservas de peixe e de mariscos também provenientes de países inimigos; C) A UE propõe-se movimentar quase todas as exportações de grão da Ucrânia, D) Moscovo ordena "indesejável" o canal privado (russo) de televisão DOZHO, o jornal "Novaya Gazeta" cujo editor fora premiado com o Nobel da Paz, o WWF, World Wide Fund for Nature, o Greanpace e o Wilde Salmon Center com sede nos EUA., E) A Rússia considera "improvável" acordo sobre cereais através do Mar Negro em resposta à carta de António Guterres, Secretário-Geral da ONU a Putin em que o português propunha que se retomasse o Acordo,
F) Um caso insólito: dois ex-funcionários do Ministério da Defesa russo, o casal R. S. Sindorikin e a sua esposa T. A. Sindorikina foram condenados a 17 e 13 anos de prisão por traição, tendo sido culpados de espionagem a favor da Ucrânia. Tinham sido presos pelo FSB, o Serviço Federal de Segurança (em cirílico Федеральная Cлужба Безопасности Российской Федерации - ФСБ) que é o organismo encarregado de manter a segurança interna da Federação Russa, na zona de Kursk, próxima da fronteira com a Ucrânia. As acusações que lhes foram feitas eram a entrega de documentos técnicos e modelos usados no fabrico de sistemas de armas para a Força Aérea Russa e da posse de armas de fogo e munições.
H) Toda esta resenha de informação é-me servida pela CNN que, aliás, para mim, é a melhor agência noticiosa do Mundo. Felizmente para nós, os portugueses, dispomos da CNN/PORTUGAL. E foi a analista especialista sobre o conflito, Sónia Sénica que afirmou perante as câmaras televisivas: "A Central Nuclear Zaporizhzhia não deixa de ser uma zona estratégica e o rastilho daquilo que possa ser uma ameaça mais significativa. É importante que os actores intermediários como a China e até a própria ONU alinhem uma posição muito forte à Rússia que pode haver consequências..."
I)Troca de ataques. Ontem (24/7/2023) Moscovo foi atacada por drones ucranianos. O presidente da Câmara, Sergue Sobyanin explicitou danos causados em edifícios diversos, mas não houve vítimas. Por seu lado drones russos atacaram a cidade ucraniana Odessa. Entre os prejuízos causados avultaram os danos infligidos á Catedral da Transfiguração, Património Mundial da Humanidade. Construída em 1809 pertence à Igreja Ortodoxa Ucraniana (UDC). No dia 25 de Janeiro de 2023, o Comité de Peritos Mundiais da Unesco incluiu o centro histórico de Odessa na lista do Património Mundial em Perigo.