2023-07-07









 Amar e ser amado

*De Vila Nova de Cerveira a Lisboa

Antunes Ferreira

Olímpio era um jovem com 22 anos, solteiro, natural de Vila Nova de Cerveira, com o 8º de escolaridade e ainda tentando ser estudante para quê não sabia puto… Os habitantes da vila olhavam-no com as pestanas cerradas dando-lhe um ar de «não sei quê» dúbio e insinuante. Cansado daquela pasmaceira de vida resolveu ir até um lugar citadino: Lisboa. Meteu os tarecos num trólei com rodinhas, apanhou um autocarro da Rodoviária Nacional, já no Porto meteu-se no Intercidades chegando a Lisboa à Gare Oriente Pelas sete e meia horas da tarde. Trazia um magro pecúlio de 3.000 fruto da venda de terrenos rurais – herança da sua mãe já falecida bem como seu pai e avós. Era assim completamente órfão. Mas tinha de pernoitar. Por isso deitou-se num banco corrido da Gare servindo-lhe de colchão o sobretudo dobrado e de almofada um dos seus casacos igualmente dobrados. Como era uma terça-feira, na quarta iria arranjar um quarto numa pensão rasca.

 

Pelas oito horas da manhã, mais coisa menos coisa, tomou o pequeno-almoço no restaurante-bar da Gare: uma sandes de pão e fiambre com manteiga em pão de forma sem côdea, acompanhada por um copo de leite açucarado, e procurando por um computador na Loja dos CTT da Gare descobriu que só havia quartos para alugar em nome de pessoas diversas.




Gare do Oriente

Gare do Oriente


  Como nunca estivera na capital tentou imaginar um local “simpático”. Por isso continuou o que vinha fazendo e procurou (porque lhe pareceu patusco o vocábulo Rato.) Para lá chegar utilizou um meio de transporte que desconhecia: o elétrico! Aquele carro amarelo em forma de caixa de sapatos, todo metálico no exterior, deslizando sobre carris e com um “pau” espetado, no cimo do “bicho” o ligava a um cabo que, pensava o Olímpio, ser de eletricidade.

 

No Largo do Rato entrou numa leitaria e perguntou ao empregado e possivelmente proprietário se sabia onde havia quartos para alugar e já agora talvez soubesse o nome do dono do andar. O senhor, dos seus sessentas e muitos anos, sabia tudo do Rato. No número 87, segundo andar, 2º esquerdo mora a Senhora Dona Laurinda da Purificação que ainda tem um quarto disponível. Os quartos são bons, ele, o senhor da leitaria dava pelo nome de “Chico” Rodrigues, já os visitara a convite da Laurinda, o serviço inclui cama, lençóis e almofada lavados e passados a ferro, as três refeições e um preço módico. O último, dum Manuel Gorjão, falecido, era de 200 €. mensais. Olímpio lá se dirigiu. A Senhora Dona Laurinda recebeu-o afavelmente e informou-o dos procedimentos a seguir que correspondiam às informações do Rodrigues.

 

Na sala de jantar Olímpio conheceu os seus companheiros que ali também alugavam quartos: o Senhor Renato Humberto Alves Costa, segundo-secretário do Ministério das Finanças ao Terreiro do Paço e o Senhor Miguel Vitorino Silva Sarzedas vice director dum ateliê de informática o INFOREMP, situada na Avenida Almirante Réis nº 278 r/chão cujo director era o arquitecto Carlos Money Brito de Maldonado (barão de Alcabideche). Feitas as apresentações (é a altura de - como sou o Olímpio - passo a escrever este artigo como eu) descobri que eles me eram simpáticos. E ficando na sala de estar que era acoplada à de jantar com dois cadeirões e um canapé em napa sintética a imitar couro, perguntei-lhes se conheciam alguém que precisasse de um empregado e referi-lhes as minhas mais ou menos modestas habilitações escolares.

 

Logo o Silva Salzedas me disse: «Você, Mendes da Silva, deve ter nascido com o cu (desculpe-me o vernáculo…) virado prá Lua. Lá na INFOREMP há um lugar vago no nível mais baixo. Contudo, se quiser amanhã acompanha-nos para conhecer o engenheiro que é um tipo porreiraço e conversamos. Sendo ele o patrão e se o quiser admitir – é tiro e queda. E foi deste modo que arranjei emprego e a manira de chegar do Rato à Almirante Réis.

 Pois bem, é através do Metro, ainda que com algumas intermitências, porque certas zonas ainda em construção reclamam meios alternativos. Ficou combinado o seguinte: salário – 900€; categoria – ajudante de primeiro secretário, horário: de segunda-feira à sexta: das oito horas da manhã ao meio-dia; intervalo para o almoço: uma hora; da parte da tarde: da uma hora até às seis horas e meia. Para entrar com o pé direito começaria na segunda-feira.

 

Nesse mesmo dia logo no escritório da INFOREMP aterrado descobri uma coisa de que na Cerveira já suspeitava. Ao olhar para os trabalhadores da empresa (incluindo o engenheiro e os dois meus companheiros da casa da dona Laurinda): gostava de homens! Era homossexual, ou como diz maldosamente a populaça “paneleiro”!!!!!! Claro que não podia dizê-lo a ninguém! Mesmo para mim só no pensamento descobri que “tirara do meu armário o meu esqueleto…” Mais havia outra coisa: o engenheiro Brito de Maldonado era bonito. Cabelo moreno ondulado, olhos negros, boca sensual, corpo ginasticado, etc.  Sonhava-me beijar-lhe a boca, apalpar-lhe o pénis completa e orgulhosamente erguido e por aí adiante, desde que – claro – ele correspondesse! Pobre engenheiro sem o saber, ver-se envolvido em tais sacanagens em pensamento… Nem pensar!!!! Mas resumindo e concluindo, sou mesmo homossexual.

 

A partir de agora só me falta um namorado… ando há dias a procurar encontrar o homem que será da minha vida. Debalde, não me aparece ninguém. Bem olho à minha volta, mas só descubro mancebos normalíssimos, com óculos graduados, normais escuros ray-ban, com barbas, com barbas-e-bigodes, com bigode, com cabelo espetado tipo escova, com cabeça rapada, com tatuagens, altos, baixos, negros, asiáticos, mestiços, aborígenes, angolanos, moçambicanos, coreanos, tailandeses, chineses et alium. Estava a sentir-me derrotado, desmoralizado e os dias iam passando e eu só, solitário, sozinho desacompanhado, bicho do mato e outros que tais, quando, num dia de chuva, estava no dia 27 de Janeiro do ano corrente (2023), quando entrava no Metro, na linha amarela. 

Alelíuia!! 

 

Cruzei os olhos com um rapagão pendurado duma alça (o comboio ia a rebentar pelas costuras…), 1,89 m. espadaúdo, enfim boa figura e descobri que tinha encontrado, finalmente, o meu namorado. Numa ténue tentativa de aproximação, sorri-lhe – e ele também me sorriu. Saímos na mesma estação. E num jacto, cheguei-me a ele e perguntei-lhe sem parar: «Quem és tu? Como te chamas? Queres ir beber qualquer coisa comigo? Onde vives?» E ele dando-me, carinhosamente a mão direita, respondeu-me: «Sou engenheiro civil, chamo-me Marcelo Pires Matias Gonçalves, vivo no Restelo, sou proprietário duma moradia na rua dos Soldados da Índia, Nº 127, com dois pisos, piscina e sauna, o que quer dizer que vivo bem, pode dizer-se que sou rico. Adoro faisão no forno com arroz basmati á moda de Goa, pargo assado no sal, nadar tipo tartaruga (sei usar os outros três estilos), jogar ténis e bilhar, bridge e… “bisca lambida”. Queres que te diga mais?»

 

Eu comia-o com os meus olhos absolutamente deslumbrado, glorificado, com uma tesão no pénis de levantar as trusses e as calças! Fomos logo rapidamente cumprir o programado, ou seja, no bar-restaurante da Gare (que eu já aquando da minha chegada a Lisboa utilizara) o Marcelo bebeu um gin Gordon’s com água tónica e eu um uísque Bushmills rótulo negro com duas pedras de gelo. No jantar, acompanhei-o no faisão no forno com arroz basmati á moda de Goa e pargo assado no sal. Sem perder tempo metemo-nos no BMW que ele tinha e mal entrámos na casa foi um rebuliço dos mil diabos: beijos ardentes, mãos nas coisas, coisas nas mãos até que subimos ao segundo andar onde o meu Marcelo tinha o quarto de dormir...

 


Foi então que nos despimos… E a discrição fica por aqui pois os nossos leitores talvez mais púdicos não achariam conveniente mais descaradas divagações… passámos a noite de princípio acordados (percebe-se porquê…) e depois fumámos eu um cigarro "Português Suave", o Marcelo um charuto Cohiba


 duma caixa que – disse-me sempre tinha uma caixa na sua casa – que de resto ele me propôs que passava a ser nossa -- e finalmente adormecemos na paz dos anjos. Por uma questão de princípio continuo a trabalhar na EMPOREMP onde já cheguei a vice subdiretor. Tudo seguia de vento em popa, mas faltava-nos uma coisa? O que era? O casamento civil.





 Recordo que pela Lei nº 92010 de 21/5/2010 casámo-nos na Conservatória do Registo Civil de Lisboa, na rua Rodrigo da Fonseca nº 198. Foram padrinhos os amigos Alves Costa e Silva Sarzedas e madrinhas a Laurinda Gomes e a única empregada/cozinheira Leocádia Silva. Seguiu-se um copo d’água servido por um dos melhores restaurantes da capital o Belcanto, onde entre maravilhosas iguarias foi servido um champanhe Moet & Chandon Brut Imperial e caixas de (charutos já conhecidos nesta crónica) Cohiba. No entanto nem tudo acaba com o fim… O feliz casal adorava adoptar um miúdo ou uma miúda. Porém aqui as rocas fiam mais fino. E só em 2016 a Assembleia da República aprovou essa adopção. E entre os órfãos instalados no Infantário da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, escolhes um rapazinho de seis anos, negro, nascido em Cascais, filho de pais santomenses, de seu nome Nuno a que se juntou Olímpio e Carlos. «Tout est bien qui finit bien»!!!!

 

9 comentários:

  1. Debalde.
    Vem na Bíblia.
    Procuraram Cristo de balde.
    Percebeste a chalaça??
    Abração

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  2. Caríssimo Pedramigo
    Percebi. (ponto). Mas o tema é algo "controverso". E porquê? Embora a situação já seja comum, ainda há quem torça o nariz. Em tempos muito antigos (e não é preciso recuar à Idade Média) era um crime e punido com a pena de morte. Eu aeito-a normalmente; tenho até um sobrinho (filho do meu irmão mais novo que suicidou (aos 46 anos) mas por crise religiosa .

    Gostava meu macaísta (adoptivo, mas de coração,...) que fizesses novo cumentário (com o) face a esta réplica... Quando colocar as fotos que faltam então divulgarei por toda a gente este texto.
    ___________________
    PS - Há tempos que tencionava escrevê-lo, mas só o faço agora: ESCREVO DE ACORDO COM O ANTIGO ACORDO ORTOGRÀFICO

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    1. FerreirAmigo,
      Quem somos nós para dizer a outras pessoas quem podem ou não amar??
      Só não me agrada nada o espectáculo idiota das marchas gay.
      No restante não penso que tenha qualquer legitimidade para dizer a quem quer que seja quem deve amar.
      Abração

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  3. COMENTÁRIO VI


    Rugby.

    «Tudo aquilo que se possa dizer ou escrever sobre o antepassado ou antepassados do futebol merece-se-nos o máximo respeito se for expresso enquanto opinião. Apresentados como certeza acabam por ser falhos de lógica e, sobretudo, de rigor histórico. Só a partir do primeiro quartel do século XIX se começam a encontrar as peças do puzzle que permitem a sua montagem final. nia à cento e poucos anos.
    Assim, o verdadeiro ponto de partida do futebol, tal como o conhecemos actualmente, em origem nas Universidades e Escolas Públicas inglesas. Sendo a época vitoriana o seu grande ponto de partida.

    Depois disso ao longo dos anos, novos conceitos sob a forma de interpretar o “Desporto Rei” foram surgindo e, paulatinamente adicionadas. Para dar um exemplo recentemente, nos anos dois mil houve umas novidades - os suplentes passaram de três a cinco, o guarda-redes pode mexer-se aquando da execução de penaltis e (à semelhança do que acontece no críquete, foi introduzido o VAT – Visionamento do juiz da partida com dúvidas de certas jogadas por Árbitros em relato por Televisão directamente do relvado. Se dúvidas restassem, uma coisa é certa: o futebol já é universal!





    COMENTÁRIO VI
    Creio que não preciso de esclarecer mais alguma coisa, só dizendo que esta merda é só mais uma e – como em devido tempo avisei – algumas mais se seguirão. Desculpem.

    « Apresentados como certeza acabam por ser falhos de lógica e, sobretudo, de rigor histórico. Só a partir do primeiro quartel do século XIX se começam a encontrar as peças do puzzle que permitem a sua montagem final. Portanto o “associaciation” ganhou autenticidade e foro de cidadania à cento e poucos anos.



    Tendo-se como certo que, o Rugby e o Football nascem de um mesmo ramo, cujas raízes poderão eventualmente, entroncar nos jogos de vilões praticados pelos europeus desde há muito séculos, o Rugby cedo se demarca da “bola-no-pé”, mais precisamente em 1823 (segundo a lenda) quando a meio de um jogo de Futebol, o estudante William Webbs Ellis, infringido as leis do jogo, decide pegar na bola, prendê-la contra o peito e atirar-se para dentro da baliza marcando um goal. Quando se levanta a frágil bola está deformada, adquirindo uma forma oval. Durante largos anos esta forma de futebol pratica-se, apenas, dentro deste colégio.

    Os colégios ingleses vão tornar-se uma peça importantíssima na história do “desporto-das-massas”; daí que em 1815, o Eton College elabora o primeiro conjunto conhecido de regras sobre o futebol. Em 1848 cada uma das principais escolas era possuidora do seu conjunto de regras. Decidem por isso reunir no Trnity College, em Cambridge, para as harmonizar. E as datas vão marcando a solidificação do edifício seguro que é agora o futebol. Em 1863 a Inglaterra funda a sua Federação de Futebol - a “Football Association” – que, após algumas desinteligências, estabelece, no dia 1º de Dezembro, o seu próprio conjunto de leis (14 no total) que se tornaram a verdadeira “trave-mestra” do futebol. E em 1886 é reconhecido o profissionalismo. E (como já anteriormente disse, o futebol deixa de ser um desporto – passa a ser um negócio, muitas vezes acompanhado pela corrupção. Depois disso ao longo dos anos, novos conceitos sob a forma de interpretar o “Desporto Rei” foram surgindo e, paulatinamente adicionadas. Para dar um exemplo recentemente, nos anos dois mil houve umas novidades - os suplentes passaram de três a cinco, o guarda-redes pode mexer-se aquando da execução de penaltis e (à semelhança do que acontece no críquete, foi introduzido o VAT – Visionamento do juiz da partida com dúvidas de certas jogadas por Árbitros em relato por Televisão directamente do relvado. Se dúvidas restassem, uma coisa é certa: o futebol já é universal!





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  4. Estória bem contada … nada como vir para a grande cidade para … chegar a VP !!!

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  5. Ora Viva, querido HenriquAmigo!
    Cá estou conforme o solicitado.
    Viria na mesma se acaso a actualização dos teus posts não tivessem sido interditados. Quando puder responder-te ao mail, pelo PC, fa-lo-ei. Não me entendo muito bem com o stupidphone nesse particular e o acesso ao meu email pelo PC fugiu-me.
    Só para que vejas que li tudo de fio a pavio, faço notar que a dada altura a narrativa passa da terceira para a primeira pessoa, mas tudo bem.
    Deu-se bem o Olímpio e, como dos fracos não reza a história, que sejam todos felizes: homos, eteros e assim-assim. :)

    Fiquei imensamente feliz por ti Amigão. A bipolar largou-te da mão e os tremeliques também irão.
    Com muita amizade te mando um forte abraço e dá por mim um beijinho à tua Raquel.
    Saúde, toda a que houver no Mundo!

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    1. Minha queridíssima Janitamiga
      É calino começar uma frase com chavão parvo: «Não tenho palavras...» Pronto. Ponto. Se não fosse um "inzajêro🤢🤢🤢🤢😆😆😆".teria de dizer que concordo em (quase) tudo com o teu comentário: a) Não me expressei bem quanto à bipolar - também tenho algumas confusões como a que apontas; mas, talvez não seja a doença, mas sim, a velhice... b) À nossa famelga (nestas três últimas semana) juntou-se o casal que vive no Canadá, mais preciso, em Monreal, Chateauguay,, ela a Isabel (Belinha) irmã caçula da Raquel, ele Raul Palhau, meu akañado (que por vezes comenta aqui) e é um "gajo porreiraço".

      Melhor: A Belinha é perita na cozinha goesa (embora tivesse saído de lá para Portugal com 6 anos, só aos 25 anos emigrou para o Canadá) mas como ia escrevendo "perita...goesa... trouxe um kake (bolo feito com farinha de grão misturada com gengibre em pó, açúcar e recheado com frutas cristalizadas cortadas em cubos de cinco decímetros mais ou menos, passas de uvas, corintos e sultanas) que é o bolo de Natal em Goa. Os nosso akañados (gozo que o Raul Palhau e eu utilizamos na nossa correspondência em lugar de cunhados...)..almoçaram connosco dois domingos manjar que desapareceu num ápice. No segundo também veio a Drª Manuela Marques, também ela é moçambicana da cidade da Beira e amiga quase irmão do casal em férias de dois meses. O guito para pagar os bilhetes das viagens pois teem vem das reformas - boa a do Raul, fracota a da Belinha e duma herança duma tia-avó do Raul ela e ele filos únicos.

      Bom, já tergiversei quanto baste, volto então ao kake. A Belinha virá amanhã (aqui em casa e já comprados os ingrediente) cozinhar "dois" kakes - um para ficar para o Natal e o outro, maior, para se ir comendo em fatias tão finas a fim de que dure o maior tempo possível!

      Enfim, como acima dizia vivo em felicidade apenas com um senão (além das tremuras): a Raquel a mandar-me energicamente para eu me endireitar, poi tenho a (péssima) tendência de andar curvado... Enfim, lá vou aguentando...
      Beijos & queijos (de Ovelha Amanteigado)
      Henrique




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  6. Uma história de amor que só não é banal porque é extremamente bem contada.
    Exagero meu, porque a homossexualidade devia ser uma coisa banal. Mas está quase... ainda que a pena de morte exista nalguns países em pleno século XXI.
    Excelente, gostei de ler.
    Boa semana, caro amigo Henrique.
    E continuação das melhoras.
    Um abraço.

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  7. Caríssimo Jaimamigo
    Agradeço-te emocionado. Para completar a minha resposta só com um exagero: estou contigo a 200%...
    Abração (comovido por tr voltar a ver...)
    Henrique

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