É DIFICIL VIVER COM UM IRMÃO MONGOLÓIDE (4)
Fica a saber-se
o grande amor
do padre Jaime
Antunes Ferreira
Tudo o
que te vou dizer e a conversa que disso resultar vai ficar entre nós, tens de o
compreender meu querido Armando, e por isso vou já explicar o porquê desta
minha afirmação pedindo-te que este seja um segredo que fique entre nós, ainda
que a tua mãe, o padre Jaime, o prior Tomás e pouco mais pessoas estejam ao par
do assunto. E perante o cenho carregado que eu exibia – mau, as coisas
estavam cada vez mais embrulhadas e eu metido nelas sem ter culpa nenhuma – a
tia continuou.
A vida é bela
mas também é mesmo madrasta e é preciso saber viver com ela se não formos
capazes de o fazer é uma desgraça e é por isso que sendo tão novo tens desde já
ser forte, muito forte. Quem namora com o padre Jaime sou eu e vamos casar. Fiquei
atónito de boca aberta qual túnel do Rossio, que mais me iria acontecer? Era
impossível. Mas, tia, os padres não podem
casar-se – aventei como que a medo mas ciente do que dizia pois aprendera-o
na catequese, aliás com a minha catequista a Geninha e sob o controle
justamente do… padre Jaime.
Armando são
três as principais religiões que têm Cristo como Salvador, a Católica, a
Ortodoxa e a Protestante. Só a Católica é que prescreve o celibato dos
sacerdotes; nas outras os ministros de Deus podem casar e casam. No entanto em
Roma, na sede da Igreja Católica os padres podem requerer deixar o sacerdócio e
ao fim de um processo longo e difícil o Vaticano pode autorizá-los a deixar os
votos e assim contrair o sacramento do matrimónio. O processo do padre Jaime já
está em vias de conclusão.
Os olhos da tia Elsa brilhavam-lhe espelhando a esperança viva e a
alegria que lhe iam na alma e eu sentia-me contente e satisfeito com a boa
nova. O Cardeal Cerejeira, grande amigo
do Salazar desde jovem em Coimbra, tentou pôr os maiores entraves no caso, mas
o padre Jaime tem uns amigos no Vaticano que conheceu quando fez o mestrado em
Teologia na Universidade que ali existe e que foram removendo os obstáculos
colocados pelo Patriarca.
Eu sabia que do lado da família da minha mãe o pessoal sempre fora
da oposição desde que o dr. António de Oliveira Salazar assumira o ministério
das Finanças e depois a presidência do Conselho de Ministros instituindo a
Censura e transformando a PVDE, a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado em
PIDE, a Polícia de Intervenção e Defesa do Estado. O falecido avô Jacinto
estivera preso no Aljube sob a alegação de ser comunista, o que por acaso não
era, mas se o fosse também não lhe cairiam os parentes na lama.
Mas lá em casa não se podia falar em política porque o meu pai era
fanático pelo Estado Novo e adjunto-militar a Terceira Região da Legião
Portuguesa, o Chefe das Milícias e, dizia-se Inspector da PIDE e por reinava o regime
do bico calado pois dizia a mamão que até as paredes tinham ouvidos e nunca se
sabia se havia bufos. Entretanto a tia concluía: E quem tem defendido o processo é o padre Marcelo Montini, jesuíta
especialista em Direito Canónico e assistente
do Prof. Angelo Macazoni, a maior autoridade no ramo. E vou confessar-te mais um
segredo: o casamento vai ser muito em breve pois eu estou grávida.
Não pude conter-me, pulei do sofá e abracei-me a ela. Que
felicidade! Oxalá fosse eu o padrinho, embora fosse tão novo; mas só o pensei,
nada disse… A tia prometeu-me então que mais tarde me contaria toda a sua
estória com os maiores pormenores e ficámos por ali, não sem me dizer que
apenas sabiam que estava grávida de dois meses naturalmente ela e o pai, o
pároco e a minha mãe e a partir de então eu. Depois dessa cena e como dia
estava descoberto, era véspera das marchas que pela primeira vez a RTP
RTP transmitia pela primeira vez em directo as marchas |
ia transmitir em directo e das sardinhas em Alfama, decidi dar um passeio como o Frederico no carrinho dele. Avisei-a e fui até ao Jardim da Estrela – nós morávamos na rua de Buenos Aires – e ali fiquei apanhando o sol e lendo o “Mosquito” que acabara de comprar.
Um senhor de idade que vinha trazendo pela trela um cão Cocker
Spaniel preto parou junto a nós e ficou mirando o Frederico com ar preocupado e
comentou pobre criança, tadinha…
Palavra que não gostei, o meu irmãozinho era um ser humano talvez diferente mas
não merecia um tal comentário. Por isso perguntei ao velhote Coitadinho porquê? O homem ficou à
rasca, não foi capaz de me responder, meteu a viola no saco e deu à sola
puxando o cão que nem ladrara muito menos se pronunciara.
Na verdade o que acontecera ia repetir-se vezes sem fim. As
pessoas não percebem que nos comentários desajustados que fazem perante um
portador da síndrome de Down, para além da ignorância e da estupidez há também
muita maldade que ferem quem acompanha o deficiente e quando este começa a
compreender o que dizem a seu respeito apunhalam-no no sítio onde mais lhe dói
seja no coração seja na alma.
O que mais me danava quando mais tarde regressava a casa
empurrando o carrinho do meu irmão era o sorriso feliz que lhe bailava nos
lábios sem se dar conta, felizmente, do que o rodeava e do que o envolveria daí
para o futuro que eu antevia e receava. Não merecia o Frederico na sua
inocência estar um Mundo doido e mau ainda que também fosse bom até mesmo
óptimo e decente. Mas as mais das vezes o negativo predominava e ele tinha tido
a infelicidade de ter nascido com a trissomia 21.
No ensino técnico |
Mal tínhamos chegado a casa fui buscar à biblioteca
a Enciclopédia Médica Abreviada Salus que tia Elsa para ler mais informações
sobre a malfadada doença. E li que “não existe cura para a síndrome de
Down. A educação e cuidados adequados aumentam a qualidade de vida da pessoa. Algumas
crianças com síndrome de Down frequentam escolas comuns, enquanto outras
requerem ensino especializado, como o técnico. Algumas
concluem o ensino secundário e outras frequentam o ensino superior.”
Durante a idade adulta, muitas pessoas com a
condição executam trabalhos remunerados, embora
seja frequente que necessitem de um ambiente de trabalho protegido. Em
muitos casos, as pessoas com síndrome de Down necessitam de apoio financeiro e
em questões legais. Em países desenvolvidos e com cuidados apropriados, a
esperança média de vida com a condição é de 50 a 60 anos.”
Iria a
partir de então colecionar todos os elementos sobre a doença e para isso pedi à
tia Elsa bem como ao tio Miguel, que creio que já disse era irmão do meu pai e
médico pediatra para mos fornecer ao que ambos assentiriam tinha a certeza.
(Continua?)
*********
Estou a cogitar sobre se devo continuar a publicar esta saga É
DIFÍCIL VIVER COM UM IRMÃO MONGÓLICO. Isto porque o primeiro
episódio teve uma boa aceitação (52 comentários e correspondentes respostas), o
segundo ficou-se pelos 20 e o terceiro ainda menos, 18…
O apelo para uma boa polémica só teve uma resposta. A da Nonamamiga.
Perante os factos indesmentíveis verei o que farei por considerar
melhor.
Qjs & abçs
Henrique, o
Leãozão
Já te contei que frequentei um Colégio de Jesuítas durante cinco anos?
ResponderEliminarNesses cinco anos assisti a muitas situações de padres que abandonavam o sacerdócio porque se apaixonavam, casavam, constituíam família.
Já aqui em Macau fui colega de serviço de dois na mesma situação.
Gosto de gente assim, que assume o que é.
Não gosto nada dos hipócritas e das beatas que andaram anos embrulhados (quem é não sabia???) sem nunca assumirem nada e ainda a darem lições de moral a terceiros.
A moral que eles próprios nunca tiveram.
Aquele abraço para ti, beijos para a Raquel e continua a contar-nos, como só tu sabes, as tuas memórias.
Meu caro Coimbramigo
EliminarNão sabia mas pelas tuas posições a cair para o nim pintadas de laranja (sabias que eu não sou de meias tintas...) já tinha percebido que por aí havia mãozinha do padre Inácio...
Não tenho nada que ver com a questão do casamento dos padres católicos, questão que não me diz respeito felizmente mas lembro-me sempre que um feitor da minha tia-avó Dona Etelvina, Senhora de posses do Vale de Santana, homem experimentado de muitos saberes ouvi-o dizer uma frase que para mim ficou-me no ouvido, na memória e na ponta da pena de pato com que fui vacinado:
Um padre é um homem que usa um fato que tem a braguilha até ao pescoço. Melhor? Só o Cristiano Ronaldo.
De qualquer jeito e no que concerne a este teu comentário estou 98,9% de acordo contigo; os outros 1,1% reportam-se ao início da minha resposta :-)))))))
Triqjs e um abração deste teu amigo que continua a admirar-te o calendário macaense e pergunta: Com tantos feriados qual é o dia em que a malta por aí trabalha?
Henrique, o Leãozão
Tão bom te ler e saber mais da tua vida...Contas como sempre muito bem! abração,chica
ResponderEliminarMinha querida Rejane/Chiquitamiga
EliminarAgradeço-te as gentis palavras que como sempre me envias mas repito e sublinho a estória é pura ficção, felizmente não tem nada a ver com a minha vida, apenas aproveito o que se passou e passa à minha volta e tento imaginar o que se virá a passar. Por isso há quem me chame o "Pitoniso do Lumiar":-)))))
Muitos qjs deste teu amigo alfacinha que tal como tu também adora crianças
Henrique, o Leãozão
Comentei os anteriores, mas não sabia que já tinha saído este. Uma vez mais não recebi comunicação no email e como sabe o link não faz atualizações. Tal como eu imaginei e comentei anteriormente era a tia e não a mãe que namorava o padre.
ResponderEliminarAqui onde moro, nos anos 70 o padre Fernando abandonou o sacerdócio para se casar.
Comentar casos de síndrome de Down, disse-lhe logo no primeiro episódio que não poderia fazer pois não conheço nenhum caso, e não falo se uma coisa que não conheço.
Gosto da sua escrita e gostaria de continuar a ler esta história.
Um abraço e bom fim de semana
Minha querida Elvirinhamiga
EliminarAinda não desisti de encontrar quem possa solucionar o chatérrimo problema do link. Está cá agora o casal Palhau, meu cunhado, a Isabel/Belinha é irmã da Raquel e o Raul comenta por vezes aqui. Vivem no Quebec e quando voltarem no fim deste mês vão levar a questão para um sobrinho nosso que é um grande especialista em software para ver se o consegue resolver. Já comecei uma novena ao Santo Padre Cruz e pus uma vela no formato de computas junto à estátua do Doutor Sousa Martins, pelo sim, pelo não... :-)))
Muito obrigado pelo teu comentário que vindo de ti, amiga e autor que muito admiro incentiva-me sempre a tentar fazer melhor.
Muitos qjs do
Henrique, o Leãozão
Duas narrativas tão atuais numa escrita de que sabe , Henrique
ResponderEliminarBeijo
Minha querida Manuelamiga
EliminarViva! Há quanto tampo não vinhas até aqui!?!?!? Hoje vieste e estou muito feliz e por isso agradeço-te bem como ás lindas palavras que me diriges. Volta depressa.
Muitos qjs deste teu amigo
Henrique, o Leãozão
Henrique também conheci um padre em Angola que se casou e foi bem feliz nessa sua opção!
ResponderEliminarViver com uma pessoa que tem Síndrome de Down pode não ser fácil mas como há quem o faz é possível por isso ... eu passarei sempre que puder para ler as suas histórias de vida!
Há blogs que eu não consigo abrir no meu tele de modo que só quando venho ao PC é que o faço!
Que seja um belo de um fim-de-semana!!!
Minha querida Gracinhamiga III
EliminarCreio que é a mesma pessoa que também conheci em Angola. O Mundo é realmente muito pequeno.
De tudo o que tenho visto, lido, estudado e sobretudo sentido no contacto com pessoas vítimas de Síndrome de Down tenho a certeza de que há muita gente que sabe lidar com elas e a palavra chave para que isso aconteça com toda a naturalidade é AMOR.
Muito obrigado e também para ti a continuação de um bfds
Muitos qjs deste teu amigo
Henrique, o Leãozão
Gosto imenso das tuas narrativas pois sempre misturas outras coisas já passadas e vividas com o que estás a contar. Estou a gostar imenso. Acho que deves continuar a escrever esta "saga", que nos revela tanta coisa importante…
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Minha querida Gracinhamiga II
EliminarSei que a Raquel não vai ter ciúmes por isso vou-te chamar mais uma vez ó minha Musa Inspiradora. Depois do que me dizes não sei que faça, se volto com a palavra atrás, se sigo em frente ou ainda se fujo para a Patagónia ou para o deserto do Namibe meditar em frente de uma Welwitschia mirabilis....
Bom, Já remeditei e nem preciso de trimeditar: vou continuar. Alea jacta est.
Muitos qjs deste teu amigo e admiradoríssimo
Henrique, o Leãozão
Sobre este problema do síndrome de Down li um livro fantástico "O Meu Irmão" de Afonso Reis Cabral.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Meu caro Franciscamigo
EliminarVou comprar; muito obrigado.
Um abração deste teu amigo
Henrique, o Leãozão
A-T-E-N-Ç-Ã-O
EliminarMEU CARO FRANCISCAMIGO
PEÇO-TE O FAVOR DE ME ENVIARES POR E-MAIL PARA O MEU O TEU PORQUE O QUE TENHO DEVE ESTAR ERRADO POIS TODOS OS QUE TE ENVIO VÊM DEVOLVIDOS. OBRIGADO
UM ABRAÇÂO
Henrique, o Leãozão
Boa noite Henriqueamigo,
ResponderEliminarfiquei contente por ler que a Raquel regressou a casa, e que está muito melhor :) a saúde é uma grande aliada para que a nossa vida seja bem vivida e que possamos desfrutar dela ! Assim desejo continuação de muitas felicidades a vocês os dois !
abraço e votos de bom fim de semana
Angela
Minha querida Angelamiga
EliminarTambém fiquei muito contente com o regresso da minha cara metade; mas por outro lado - toda a moeda tem o seu reverso... - perdi a "independência de que frui durante os dias em que ela esteve hospitalizada... :-))))
Claro que estou a brincar mas mesmo assim ainda bem que a minha patroa não visita aqui a Travessa senão era o Deus-me-livre...
Muitos qjs do teu amigo e admirador
Henrique, o Leãozão
Oh, HenriquAmigo, desculpa lá a minha ausência deste teu espaço onde tanto se aprende, mas acontece que sem a actualização do teu blogue, nos nossos espaços, torna-se difícil saber quando tens nova publicação.
ResponderEliminarNão fazia ideia que esta interessante história já ia no quarto capítulo.
Quanto à tua observação final, creio que nem deverias colocar isso em dúvida. Claro que podes e deves continuar a escrever, seja sobre este tema ou qualquer outro que te aprouver. Se escrever é um prazer, porque motivo a falta de alguns comentários te iria impedir de o fazer?
Um abraço enorme e beijinhos para a Raquel.
(desejo que ela se encontre recuperada)
Minha querida Janitamiga
EliminarAntes do mais agradeço-te o desejo que fazes das melhoras da Raquel. Como podes ver da resposta à Ângela as coisas vão entrando na normalidade, devagarinho porque agora tem de ser assim. Mas faço-te uma confidência nos mesmos termos de salvação de qualquer eventual actuação menos cordata por parte da senhora em causa e em casa: Vaso ruim não quebra...
Pois como disse à nossa querida amiga Graça Pires vou continuar voltando mais uma vez com a palavra atrás. A estória ainda como o povo diz nem saiu do adro ou seja tem pano para mangas de um batalhão talvez mesmo de um regimento.
A merda da actualização do blogue nunca mais se resolve. Mas lê sff a informação que dou acima.
Finalmente e como muito bem sabes para mim escrever é um prazer quase orgiástico. Não vivo para escrever mas escrevo porque vivo. Igualmente isso acontece com a leitura mas esta é mais introvertida. Escrever também é para mim mas é principalmente para os outros.
Estes, os que me lêem têm o direito de gostar ou de não gostar daquilo que lhes ofereço. Por isso aprecio os comentários que são o eco do que pensam os leitores. É só.
Muitos bjs e qjs do casal Ferreira muito teu amigo
Pareceu-me sentir-te duvidoso e inseguro sobre a continuação do Post. É minha humilde convicção que deves escrever o que sentes e não o que esperas que os demais possam sentir.
ResponderEliminarEscrever para "vender", Amigo, creio (mesmo) que já passaste por essa fase da vida.
Se escreves para receber Comentários favoráveis e divertidos, terás de mudar tudo na vida.
Não esperes tal, meu Caro e estimado Antunes Ferreira.
As maiores saudações e o meu abraço
SOL
Meu caro Solamigo
EliminarJá um dia to disse que gosto da frontalidade e da franqueza com que me comentas. Compreendo-te perfeitamente e por isso peço-te que leias a resposta que acima dou à nossa amiga Janita. De qualquer maneira muito obrigado e um abração deste teu amigo e admirador
Henrique, o Leãozão
Cheguei
ResponderEliminar... e espero que seja para continuar, vou ler a 2ª parte, depois a 3ª e depois volto para comentar
até já
Minha querida Gabrielamiga
EliminarOk chefa (???????)
Muitos qjs do casal Ferreira que é muito teu amigo
Espero que vá continuar
ResponderEliminarum beijinho e uma boa semana
Gábi
Minha querida Gabrielamiga
EliminarVou sim senhora e muito obrigado
+ bjs e qjs
My ear dono jono friend
ResponderEliminarWelcome.
Big huh
Henrique, o Leãozão
Essa é a reacção de muita gente perante os deficientes, FerreirAmigo - achá-los coitadinhos.
ResponderEliminarNunca lhes passou pela cabeça que possam ser extraordinários e felizes?
Nem depois de verem Hawking??
aquele abraço para ti, beijos para a Raquel, boa semana
Meu caro Coimbramigo
EliminarO Mundo em que vivemos podia ser excelente - mas infelizmente não é. Há quem o não queira fazer, bem pelo contrário, dar cabo dele. E já estivemos mais longe disso. A insensibilidade com que muito boa gente aborda o problema dos deficientes é um exemplo - mau - a ser erradicado. Mas, quando?
o exemplo do malogrado Stephen Hawking devia ser olhado com respeito e sobretudo admiração. Mas quantos génios há como ele?
Desculpa trazer à baila um caso de loucura criminosa que vai decorrendo no nosso país o do BdC um ditador de pacotilha que está a empurrar uma Instituição mais do centenária para o abismo. E não digo mais nada, pois são crápulas como este que dão cabo do nosso Mundo e naturalmente dos deficientes que o habitam.
Gostava que me respondesses AQUI sobre a tragédia do SCP. Fico à espera.
Triqjs e um abração deste teu amigo e admirador
Henrique, o Leãozão
Caro Henrique
ResponderEliminarAgora a "estória", vai ficando a cada capitulo, mais interessante, devido a ser-lhe acrescentada mais factores de intriga. Sendo sendo de ficção, continua a ser bem didáctica, sobretudo para as mais novas ainda novas classes etárias, os adolescentes. No fundo está aqui a sair matéria interessante, para livro.
Voto pela continuidade da história, que abarca matérias interessantes e que estão sempre a aparecer a nossos olhos.
Abraço de amizade e consideração.
Meu caro Danielamigo
EliminarO teu comentário dá-me um enorme alento para prosseguir pois parece que estás a gostar da estória. O enredo não se esgota num só tempo, vai acompanhar o crescimento do Frederico e bem assim e obviamente o do seu "tutor" Armando.
Quando escrevo estórias com mais fôlego nunca sei onde vou meter mais sub-estórias, mais ramos da mesma árvore que comecei a plantar. Os árabes têm um ditado que nós adoptámos: Um homem para viver a sua vida tem fazer um filho, de plantar uma árvore e escrever um livro. Eu já cumpri a minha parte..., mas vou continuar - até ao forno crematório... :-)))
Um abração deste teu amigo
Henrique, o Leãozão
Fica feito também o convite para comentar a minha resposta aqui na Travessa...
Bom dia, Henrique
ResponderEliminarNão tinha lido nada desta história e por esse motivo estive a ler os episódios todos.
Como, atempadamente, te comuniquei, o link do teu blog, que tenho ma minha sidebar, não actualiza, e assim fico sem saber quando postaste...
Infelizmente a vida moderna deixa-nos pouco tempo livre, não nos permitindo (pelo menos a mim) andar constantemente a verificar em TODOS os blogs que visitamos se há nova postagem. Precisavas resolver esse problema...
Pois bem, de tudo o que li, acho que a história está muito bem construída e estruturada, e "tem pernas para andar". Portanto, a minha opinião é de que lhe deves dar continuidade.
O facto de o baixo número de comentários te fazer hesitar... não me parece muito válido. Por experiência própria (que poderias comprovar...) há postagens minhas que têm 70 comentários (sem respostas - eu não respondo no meu blog), como foi o caso da minha postagem de Maio, por exemplo, e há outras que têm apenas 33, como a de 1 de Junho. Portanto, isso é muito variável e, em meu entender, não deve levar-nos a atitudes radicais. De resto, e para finalizar este já longo "testamento", ultimamente os comentários têm diminuído muito, muitos blogs estão inactivos, porque muitos bloguistas (em português; em brasileiro são blogueiros...) debandaram a caminho do Facebook, diminuindo drasticamente o tráfego na blogosfera.
Portanto... vai em frente e deixa-te de fitas!
Só por curiosidade - o meu primeiro livro versa precisamente um caso de amor entre um padre e uma paroquiana (não é o tema principal, mas bastante relevante para a construção da história) - mas com um final muito diferente do da tia Elsa...
Quando publicares de novo se puderes avisa... ok?
Feliz Terça-feira e uma boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Minha querida Mariazitamiga
EliminarEis aqui um belíssimo comentário ao qual no entanto j´respondi no que concerne aos outros comentários. Cada um é como cada qual e os dedos de uma mão sendo cinco são todos desiguais.
A caminho dos 77 anos reconheço que sou um tanto sensível, possivelmente até demasiado. Mas a forma que os meus pais utilizaram para me fabricar na altura era de barro e partiu-se... Não é agora que vou mudar.
Face às respostas diversas (para não dizer muitas) das muitas Amigas e muitos Amigos que me incitaram a voltar com a palavra atrás - alguns chegaram ao ponto de me chamar "chantagista" - já disse que vou continuar.
E como não há maneira de resolver o problema do sacana do link tenho avisado a malta por imeile. Por isso já te pedi o teu e reforço aqui o pedido.
Muitos qjs do teu amigo e admirador
Henrique, o Leãozão
Quando era jovem (palavra que já fui...) cantei o fado, e parece que mais ou menos bem. O Carlos Ramos até quis levar-me para a sua "Toca", o meu santo Pai não se opôs mas a minha mãe disse que eu estudava em Direito, não ia em cantigas. Interpretava dois fados com sentimento: o "Não venhas tarde" do Carlos Ramos com quem cantei ao desafio e "A casa da Mariquinhas" tendo-me dito o "velho" Alfredo que eu dava para aquilo...
HenriquAmigo.
ResponderEliminarMinha sobrinha primogênita foi casado com um padre, que faleceu no ano de 2016.
O matrimônio ocorreu em 1999.
Ele era muito culto e foi coordenador do programa de Mestrado e Doutorado do curso de Ciência da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, também trabalhava na Editora Loyola como tradutor
Minha sobrinha é psicóloga.
O nobilíssimo escritor lusitano Eça de Queirós (1845-1900) trouxe à baila a hipocrisia do clero no livro O crime do Padre Anaro.
Como tu dizes, também fui católico, mas curei-me...
Saudações incrédulas.
Meu Casto Confradamigo
ResponderEliminarHá padres e padres, e tem de se reconhecer que a maioria deles encarna o sacerdócio com elevação, energia, fé, solidariedade, disponibilidade e desejo de servir. A cultura para muitos é imprescindível; já para outros... Se acreditar em Deus só Ele sabe e claro... o dito cujo cura.
Já Zola tinha escrito "O Crime do Padre Mauret" que alguns disseram que Eça terá plagiado. Nada mais falso, o enredo é absolutamente outro, versando embora o mesmo tema o amor carnal de um sacerdote. Com o que não concordo absolutamente pois debaixo de uma batina há sempre um Homem completo
Bjs e abração do casal Ferreira