2018-06-28



É DIFÍCIL VIVER COM UM IRMÃO MONGOLÓIDE 6
Um vândalo
mentiroso

e traiçoeiro


 


Antunes Ferreira
Completados os doze anos e com tantas “novidades” pela frente já andava a meter os pés pelas mãos ou quiçá as mãos pelos pés… pois deixara passar coisas e acontecimentos muito importantes ocorridos neste ano de 1961. A seu tempo me ocuparei dos eventos políticos, mas primeiro que tudo queria abordar mais um facto tristíssimo protagonizado pelo meu pai.

Numa sexta-feira pela tarde a mãe recebeu um telefonema dos sogros a convidar-nos bem com à tia Elsa, tio Jaime e Jaiminho e naturalmente o tio Miguel para irmos passar com eles o domingo na quinta que tinham em Colares, com o almoço e o lanche incluídos, seria um dia para descomprimir da agitação diária de Lisboa da lufa-lufa entre as casas, os empregos e as escolas e as voltas. Mais a mais com o trânsito a ficar cada vez mais complicado, valiam os sinaleiros nas suas peanhas às listas vermelhas e brancas mas alguns já quase não chegavam para as encomendas.
 
Uma Chevrolet já velhota... mas dentro do prazo de validade

E lá fomos, o tio Jaime tinha uma station Chevrolet, já de certa idade, 1953 mas dentro do prazo de validade…, cabíamos todos, a viagem foi um encanto, atenção meninos não abram as janelas, entra o pó e pode algum cair e não briguem nem façam essa barulheira a mãe e tia iam tentando conversar nos bancos de trás com o Jaiminho que adormecera  estendido no banco perfeitamente ausente dos solavancos causados pela estrada, o tio Jaime que conduzia falava de política com o tio Miguel e eu ia atrás no “galinheiro” com a Leonor, uma amiga dela que fora “cooptada”, a Mena e o Frederico. Foi uma galhofa em que ele também participou embora estivesse muito admirado vendo a paisagem a correr, pressa, pressa, pressa. 
 
O peru não caiu bem ao mano
Passou-se um domingo estupendo, na cavaqueira e nos comes e bebes e fizeram-se umas belas sestas. Nós os mais pequenos fartámo-nos de brincar e o Frederico integrou-se com facilidade o jardim-escola vinha dando-lhe uma mobilidade bastante boa e aumentara-lhe a sociabilidade. De resto tudo nele eram novidades, os frutos nas árvores, os animais da capoeira – e havia muitos, os perus tinham-no assustado, olhava-os de soslaio… - mas os pintainhos eram os que mais lhe despertavam o interesse.


Os homens tinham-se reunido numa mesa que ali havia por baixo duma nespereira e continuavam a discutir abertamente coisas que eu não entendia, mas que me parecia ser da política. Do que ia ouvindo uma coisa apanhava, eram contra o Salazar e o Estado Novo. Falavam também de Angola e coisa estranha o nome do meu pai vinha-lhe associado. Porém e dado que não conseguia acompanhá-los nas suas discussões, dedicava-me principalmente a seguir o Frederico que estava felicíssimo. As senhoras tinham iniciado um torneio de canasta acompanhado de outro de corta-na-casaca…

Pelas seis horas, depois do lanche regressámos a casa passando primeiro pela da Mena com muitos agradecimentos, beijinhos e apertos de mão e por proposta da minha mãe foi decidido que jantaríamos em nossa casa. Mas não sabíamos para o que estávamos guardados. Fui eu quem meteu a chave à porta e quando a abri em vez de entrar dei um passo atrás tal o espectáculo que se me deparou ou melhor nos deparou. Era uma balbúrdia com papéis espalhados pelo chão, cadeiras viradas, móveis desaparecidos. Tínhamos sido assaltados. E de que maneira!

Surgiu da cozinha a Miquelina, a nossa cozinheira, que já viera da casa dos meus avós maternos uns prantos de fazer doer a alma, fomos sim e o comandante dos assaltantes foi o senho capitão!.. Estávamos todos siderados. Podia lá ser? Podia. E depois de nos sentarmos mais ou menos nas cadeiras desconjuntadas e nos sofás manchados ela contou que o relógio de pêndulo que havia na sala de estar (e que á lá não estava) tinha acabado de bater o meio-dia e alguém metera a chave à porta. Como eu estava sozinha, a Senhora tinha dado o domingo à Odete, apanhei um cagaço e pé-ante-pé vim ver quem era que assim procedia. E era o Senhor Capitão com um sargento e cinco soldados todos fardados.

Ele disse-me para estar sossegada que não era nada comigo, apenas vinha buscar as coisas dele, todas, pois ia partir mobilizado para Angola a defender a Pátria e não queria que elas fossem parar – as senhoras e os senhores desculpem, mas foi assim que ele disse com voz de trovão – a paneleiros ou a despadrados ou a putéfias e rosnou mais umas coisas que eu não entendi. E então começaram a quais furões a meter-se por toda a casa e foram levando para dois camiões militares muito grandes tudo o que o senhor Capitão considerava que lhe pertencia desde roupa até ao cofre e ao relógio de pêndulo, do piano ao frigorífico, ao televisor e até a antena que foram tirar ao telhado.
 
O que mais me meteu maior dó...
Por último e o que me meteu maior dó foi ter levado as duas caixas dos soldadinhos de chumbo que tinha comprado para o menino Frederico enquanto comentava que o rapaz não vai brincar com eles porque nem sequer vai compreender o que são e para que servem; vão ser usados por que, o saiba fazer. E lá foram de alada deixando a casa neste lindo estado. Por mais anos que Deus me dê de vida nunca me esquecerei deste desmando. A mãe e a tia Isabel bem tentaram consolar a pobre Miquelina que se foi acalmando deixando que os soluços se fossem espaçando.

Assassinados pela UPA


Foi o tio Miguel quem decidiu telefonar aos pais para lhes perguntar se a ideia do domingo fora sugestão do irmão. Fora. Com o pretexto de que a minha mãe continuava muito abalada e mais ficara quando ouvira o que se passar no norte de Angola, um morticínio selvagem levado a cabo contra brancos pretos do sul e mulatos por hordas de assassinos impiedosos da UPA chefiada desde o antigo Congo Belga por um homem sinistro chamado Holden Roberto. E mais anda quando vira na televisão o senhor Presidente do Conselho, Professor Doutor António de Oliveira Salazar afirmar Para Angola rapidamente e em força!

O que ele queria era ver-nos fora de casa para perpetrar os seus negros desígnios – disse amargamente o tio Miguel. Um vândalo mentiroso! E ainda por cima traiçoeiro! Nunca mais volto a falar com tal pulha, a partir de hoje deixa de ser meu irmão!  


(Continua)


42 comentários:

  1. E cá estou eu, atrasada, mas vim :-)
    Estou a acompanhar a história, riquíssima em peripécias :-)

    Boa noite, tudo de bom

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    1. Minha querida Nonamamiga

      Tu nunca vens atrasada apenas um pouco menos veloz...
      Ainda bem que assim é e muito obrigado. Invoco todos os deuses e mais alguns adjuntos para que não me falte o suor e o... desodorizante senão esta cagada não vai chegar a lado nenhum...

      Muitos qjs deste teu amigo e admirador
      Henrique, o Leãozão

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  2. HenriquAmigo.
    A máquina rodante do tio Jaime é do que nasci.
    Nossa, que família complicada.

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    1. Meu casto Confradamigo

      O tio Jaime é um gajo bué fixe e o resto são tretas.

      Esta família tem-me dado um trabalhão para poder ser um trapalhão...:-)

      Bjs e um abração transoceânicos do casal Ferreira

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  3. Peripécias umas atrás de outras ... bem reais que proporcionam um agradável momento de leitura!!!
    bj

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    1. Minha querida Gracinhamiga III

      Muitíssimo obrigadérrimo.

      Muitos qjs do teu amigo e admirador
      Henrique, o Leãozão

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  4. Caro HenriquAmigo

    Só a tua maneira cativante de escrever me faria ler esta história, de fio a pavio! Coisas de guerra e atrocidades, ocorridas no Ultramar, deixam-me de rastos.

    Que coisa!! Há para aí uns termos que me são estranhos, mas esta palavra, então,:- “cooptada”, é que não faço ideia do que quiseste dizer em relação a essa amiga da Leonor.

    Se a coisa continua, cá virei continuar a leitura.

    Um forte abraço e beijinhos para a Raquel.

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    1. Minha querida Janitamiga

      Óptimo! De leitoras (e leitores) como tu vivem os escrevinhadores pois são elas e eles que alimentam os egos deles - pelo menos o meu... :-)

      De quando em vez dá-me nas ventas, oops, na veneta utilizar termos menos... utilizados. Se fores ao Dicionário de Sinónimos poderás encontrar para Cooptar: Admitir numa instituição, unir, agregar, associar, juntar, congregar, admitir, incorporar e/ou integrar

      A guerra colonial foi um dos momentos mais negros da nossa História. Mas não se pode branqueá-la. Há que a assumir e para aqueles que por desgraça, imposição ou convicção, lá andaram não podem deitá-la na cesta do lixo das estórias. Foi o meu caso. Por isso não me calarei.

      Claro que esta coisa vai continuando a passo de caracoli... pois sou mêo alentejano

      Bjs e qjs do muito amigo casal Ferreira

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  5. Olá, Henrique
    Quer-me parecer que o assalto à casa da mãe do Frederico nada tem a ver com a guerra de Angola, mas apenas serviu de pretexto para que o "senhor capitão" levasse o que lhe pertencia e talvez mais alguma coisa de bónus...
    Os acontecimentos de Angola (e Moçambique) foram -são! - alguns, de muito triste memória.
    Eu estive lá (nos dois "actuais" países) precisamente no início do dito terrorismo, e houve momentos muito complicados.
    Foram, para muita gente, de grande sofrimento.
    O Frederico parece continuar a progredir, tomando contacto com o mundo e a Natureza, o que só lhe pode ser útil.

    Continuarei a acompanhar com todo o interesse.

    Bom Fim-de-semana
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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    1. Minha querida Mariazitamiga

      A descolonização foi - e continua a ser - tema de muitas palavras, ditas e escritas e por isso de inúmeros debates e confrontações e mesmo de extremos que chegaram bastantes vezes a vias de facto. E ainda não passou o tempo suficiente - no meu modesto entender - para assentar o enorme pó levantado, uma verdadeira tempestade de areia mas também e infelizmente de muitíssimo sangue.

      Dito isto, tenho de repetir o que atrás escrevi, ou seja que, infelizmente e bem contra vontade andei de camuflado e G3 na mata em Angola o que só me veio confirmar que não tinha nascido para herói pois tive muito medo e em diversas vezes.

      No entanto ela, a descolonização, era inevitável. Não se podia trazer a Liberdade para Portugal e não o fazer nas colónias. Esse foi o grande dilema do MFA mas que foi ultrapassado. Com muitas dores? Qual é o parto que não é acompanhado pela dor?

      Eu nunca pari [juro mesmo que não... :-)))] mas assisti a dois ou três na mata e até participei num - sem saber ler nem escrever em tal matéria, mas mãe e filho ficaram bem como se diz na notícia... - e se aquilo que vi,ouvi e senti não eram dores vou ali e já venho.

      Para mim o GRANDE CULPADO da descolonização que foi possível fazer foi um tal António Oliveira Salazar que ficou parado no tempo e não soube entender os ventos da História. Morreu - mas matou muita e muita gente! E já chega.

      O Frederico esta a aprender a ser Homem o que acontece a toda a gente - menos a quem aprende a ser Mulher... :-))))

      Muitos qjs deste teu amigo ex-fadista
      Henrique, o Leãozão

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  6. Bom o senhor capitão de senhor não tinha nada. Que bom que o Frederico está a evoluir no colégio e a tomar contacto com a natureza e gosta dos animais.
    Quanto à guerra do Ultramar, veio a propósito para integrar a história nacional, na época da sua história.
    Um abraço

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    1. Minha querida Elvirinhamiga

      Nestas coisas da invenção é sempre possível sair o tiro pela culatra e mais ainda quando se trata de militares. Mas para a nossa estória o que me parece realmente importante é o crescimento do Frederico. Passo a passo como hoje dizem os intervenientes no futebol. E a propósito oxalá amanhã os nossos se safem.

      A guerra colonial: já disse o que achei por bem dizer na resposta anterior.

      Muitos qjs deste teu amigo e admirador
      Henrique, o Leãozão

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  7. Mi querida Annamiga

    Odio a la gente que dice mal de otras personas porque no es capaz de hacer lo que estas hacen. Por eso, repito, estoy contigo.

    En el blog hay un TRADUCTOR aquí.

    Un millón de qjs de tu amigo luso
    Henrique, o Lãozão

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  8. Estou gostando muito de te acompanhar nessa série,pois como sempre, escreves com teu jeito parecendo estares aqui ao lado... abração,chica

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    1. Minha querida Rejanamiga/Chiquitamiga

      Tento que seja assim e fico muito contente que isso resulte.

      Muitos qjs deste teu amigo alfacinha
      Henrique, o Leãozão

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  9. Dramas familiares que arrepiam pela sua perversidade.

    Ficção ou realidade?

    Estou gostando muito, Henriquamigo 😘

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    1. Minha querida Teresinhamiga

      Cada vez que recomeço a escrever nem sei por onde entrar apenas tento ligar-me ao que deixei entender no último texto. infelizmente há muitas famílias assim. A sociedade é feita pelos homens e de homens com as suas virtudes e os seus defeitos. Não como esconder quer umas quer os outros.

      É pura ficção mas inspirada na realidade. Muito obrigado.

      E como vais passando durante a tua estadia cá pelo burgo? Muitas diferenças? E a tua intervenção? Tudo bem? Tenho a certeza de que foi um êxito.

      Muitos qjs do teu amigo e admirador
      Henrique, o Leãozão

      E logo como vai ser? Força Portugal!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  10. Amigo Henrique, passo para desejar ao amigo uma ótima semana e uma vitória de Portugal X Uruguai.
    Uma boa semana
    Grande abraço,
    Pedro

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    1. Meu caro Pedramigo

      Muito obrigado pela visita e pelo desejo - mas não vou ver o jogo porque tenho medo que me dê uma "coisa" por mor do nervoso "miudinho"...

      Uma boa semana também para ti e um abração deste teu amigo também luso
      Henrique, o Leãozão

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  11. Olá, Henrique, li de cabo a rabo, mas confesso que para sair um comentário à altura, voltarei para reler essa história meio macabra. A fotinho das cabeças assassinados pela UPA me deixou meio mal... rsss
    Beijo, Henrique, um bom fim de semana!

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    1. Minha querida Taisamiga

      A estória vai saindo ao correr da pena, digo das teclas e tem tamanhas oscilações e derivas que eu próprio que julgo - mas nem tenho a certeza... - ser o autor dela sei onde ela vai dar. Eu avisei que a foto não era coisa boa.

      Muitos qjs deste teu amigo também luso
      Henrique, o Leãozão

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  12. É bem forte e impressionante aquela "cena" da UPA apesar de ser real.
    Estou a gostar desta saga e dos seus textos.
    Um abraço e bom fim-de-semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    Livros-Autografados

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    1. Meu caro Franciscamigo

      Por isso eu fiz o aviso prévio. Mas eu próprio ainda vi caveiras e outros restos...

      Muito obrigado e um abração deste teu amigo
      Henrique, o Leãozão

      POR FAVOR MANDA-ME O TEU IMEILE

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  13. Te agradezco tu aportacion en el blog.
    Besos

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    1. Mi querida Annamiga

      Soy yo que agradezco tu visita y comentário aquí.

      Un millón de qjs de tu amigo portuga
      Henrique, o Leãozão

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  14. Caro Henrique
    As vidas separadas de gente prepotente, sem princípios, por vezes dá mau resultado. A história, enquadrada na Guerra Colonial, destaca o comportamento de um militar que bem devia dar exemplo de bom comportamento. Porém a farda parece é dar o poder de passar por cima de toda a folha.
    Mas acontece que a ficção, nem o será tanto. Pode-se encontrar exemplos disso, pelo que a história, além de seguir interessante, deve ser lida com interesse, porque é feita de experiência vivida por certo.
    Grande abraço

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    1. Meu caro Danielamigo

      Eu estive cinco anos na tropa como oficial miliciano (por causa da política) o que foi muito tempo mas também foi uma grande escola de vida. Ter a responsabilidade de mandar homens para a vida ou para a morte é muitíssimo complicado. E, ainda por cima sendo contra a guerra na qual estava a participar.

      Mas, mesmo assim, não enjeito esses anos que me ajudaram a crescer como homem, a criar amizades, a passar bons momentos, mas também a sofrer péssimos. Resta dizer e não quero alongar-me que na mata me morreu um soldado nos braços!!!...

      Esta estória é pura ficção, ainda que, como já disse, possa ter relação com alguma realidade. Mas as personagens, os factos e os locais são por mim criados. Alguns porém são reais, sobretudo denominações de locais.

      Um abração deste teu amigo
      Henrique, o Leãozão

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  15. Estou chegando
    agora para
    conhece seu blog.
    Ja seguindo aguardo sua
    visita no meu canto
    de poesia.
    E que
    o mês de julho nos seja
    favorável.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  16. Minha querida Reflexosamiga

    Totalmente de acordo e por isso vou já visitar-te e deixar comentário, goste ou não goste...

    Muitos qjs deste teu novo amigo que espera começar aqui uma bela Amizade
    Henrique, o Leãozão

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  17. Bom dia, o poder militar ou outro, normalmente resulta em não poder, só tem poder quando nasce naturalmente.
    Boa semana,
    AG

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    1. Meu caro Antóniamigo

      O poder é uma "coisa" complicada. Costuma dizer-se que alguém viu passar-lhe ao lado o cavalo do poder. Nada mais errado porque tal quer dizer que o desgraçado que assim é classificado é tão mau (ou era...) que nem conseguiu "agarrar" o poder.

      As mais das vezes o poder acaba mal tal como aconteceu a um tal Júlio César: "Et tu Brute? ou seja a primeira facada nas costas do paternal imperador.

      Mas, não acredito que o poder não nasce com as pessoas, por isso não sou monárquico. O poder Nasce sim naturalmente? Em democracia por vezes e sublinho por vezes isso acontece porque as urnas e os votos que nelas são depositados nessas mesmas vezes são muito mentirosos, fraudulentos ou... distraídos. Ou até ignorantes.
      Já basta de poder. As hierarquias militares? Isso são outros quinhentos mal réis... Voltarei ao assunto. Voltaremos?

      Um abração do teu amigo e admirador
      Henrique, o Leãozão

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  18. Bom dia, Henrique
    Como já comentei... resta-me agradecer as tuas gentis palavras na minha "CASA".
    Gostei particularmente dessa do "português de lei" ... rsrsrsrsss
    Sempre foi uma preocupação minha - escrever correctamente - pois acho a língua portuguesa linda (para além de riquíssima) e por isso procuro respeitá-la e não a maltratar...
    Que tenha dias muito felizes - e sem problemas de saúde, o que, na nossa idade, é muito importante.

    Votos de uma boa semana.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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    1. Minha querida Mariazitamiga

      Deixa pra lá, não tens nada que agradecer, se não tivesse gostado "desagradecia"... poizé, a nossa Língua vem sendo assassinada quotidianamente - e ainda por cima assinada as mais das vezes - e defendê-la é obrigação de todos nós que a usamos. E deveria sê-lo dos que dela abusam. Mas...

      O mesmo te desejo. Felicidade e saúde um binómio essencial e inultrapassável.

      Muitos qjs do teu amigo e admirador do ex e quase fadista
      Henrique, o Leãozão

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  19. Tempos difíceis da nossa história que vais contando à mistura com o que se passava na família. Gosto sempre de te ler.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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    1. Minha querida Gracinhamiga II

      Muito e muito obrigado. Que posso dizer mais? Muito e muito obrigado. :-)

      Muitos qjs deste teu amigo e grão dmirador
      Henrique, o Leãozão

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  20. Um texto que gostei muito de ler. Um desenrolar de um drama familiar. Vou acompanhar seu blog pra ler com mais calma cada postagem quando for possível... Ler rapidamente aquilo que o autor levou dias para pensar é um desrespeito. É certo que os pensamentos, por vezes, surgem rapidamente, como num relâmpago. Eu volto.
    Gostei conhecer seu blog.
    Deixo um abraço e uma boa semana.

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    1. Minha querida Smareisamiga

      Muito obrigado pela tua primeira visita aqui e pelo comentário que a acompanha. As palavras são como as cerejas vêm umas atrás das outras e assim formam frases e dão sentido às ideias.

      Para dizer a verdade não me custa muito encadear os vocábulos, respeitado sempre a morfologia a sintaxe e a semântica ou seja respeitando o nosso Português, respeitado sempre Bernardo Soares: Minha pátria é a língua portuguesa.

      Até uma próxima ocasião que espero seja breve recebe muitos qjs deste teu novo amigo e admirador
      Henrique, o Leãozão

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  21. Querido afilhado.
    Continuas em forma, as tuas descrições, excelentes e instigantes, cativam a atenção.
    Foi uma leitura agradável, tanto mais que conheço de perto os fatos históricos mencionados.
    Lamento ainda não conhecer Colares…

    Desculpa a minha ausência, mas estive em período e recesso, involuntariamente afastada dos blogues, devido a problemas particulares, facto que muito lamento.

    Este Verão chega o não chega?
    Abraços e beijinhos para ti e tua simpática Raquel.
    Porta-te com juízo, querido amigo.
    ~~~

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    1. Minha querida madrinha

      Estou feliz por verte por cá e só lamento que a tua ausência se tenha devido a problemas particulares. Mas espero e desejo que já estejam ultrapassados.

      Colares é linda não fora ela nos arrabaldes de Sintra. Merece a pena uma visita só para admirar a paisagem. Na orla do Atlântico tem testemunhos da pré-história: o monumento megalítico da praia das Maçãs, a anta de Adrenunes e o tolo do Monge. É no município que fica o cabo da Roca. E muitas coisas mais...

      Vai lá que vais gostar.

      Muitos bjs e qjs do casal Ferreira

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  22. Desculpa alguns lapsos, mas estou de PC novo com teclas menos sensíveis… (e outros enguiços aborrecidíssimos… ) Njs

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    1. Minha querida madrinhamiga

      Não tens nada que pedir desculpa...

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  23. Maltamiga

    Antes de responder aos últios comentários, o que farei - penso - amanhã, deixo aqui uma

    INFORMAÇÃO
    ´
    É já depois de amanhã, sexta-feira, 6, que sai mais um texto (o n.º) 7 da saga É DIFÍCIL VIVER COM UM IRMÃO MONGOLÓIDE; desta feita o episódio t o título UM CHEFE DE ESQUADRA À RASCA… E podem crer que está mesmo…

    Entretanto podem continuar a comentar este episódio. Obrigado
    Do vosso amigo
    Henrique, o Leãozão

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