Um passeio
por Lisboa
Antunes Ferreira
Valdemar tinha
a mania de substituir o V pelo W e assim ficava Waldemar. Diziam os colegas no
Banco onde ele trabalhava que devia ser por distinção e saía uma galhofa de se
rebolar pelo chão. Mas, cuidado, o chefe da secção era mau como as cobras (no
serviço, porque em casa é que era a mulher quem mandava e ele ficava um
cordeirinho parecido, salvo seja, com aqueles em que os pastores estavam no
presépio) V/Waldemar era um fã d’BOLA porque se dizia que era a Bíblia… Com
esses e ´tramas, no fundo do coração era das papoilas saltitantes: era do
Benfica.
Afinava
com os lampiões que considerava
sacana de, sabe-se lá se a origem dos Leões e aos amigos contara que os
sportinguista já não viam o padeiro há catorze anos, E quando rasgou a mala
sina há catorze anos, era treinador o Inácio que até dedicara o triunfo ao Pai
que estava no Céu (coisa em que não cria o Inferno. Era ateu…). Havia quem disse-se
que o melhor do Mundo; No antigamente dizia-se: quem não é do Benfica não é bom
pai de família! E se há um benfiquista
que vinha do campo bêbado quem as “pagava” era a mulher que levava uma carga de
porrada! Hoje as cisas não bem assim, Há muitas mulheres que assistem ao jogo
nas bancadas dos estádios. Na Catedral
há uma porrada delas.
Já
quanto às mulheres jogarem futebol W/Vicente não gostava. Dizia que o futebol
era para homens de barba rija. E muitas delas eram fufas. Alem do mais até eram
“árbitras”. Vejam lá! Quem jogava não devia aceitar ser julgado por uma “árbitra”!
Quem conversava era no restaurante do Benfica que tinha mais lugares de
restauração, onde os benfiquistas davam trela uns aos outros. Pois ser
benfiquista é ser Deus! Afirmava ele que era um exagero, nem tanto amar nem
tanto à brava…Tinham-lhe dito que a antiga sede era no Jardim do Regedor onde
iam sócios à brava e quase todos os dias. W/Valdemar ouvia-os recordar velhas
lembranças e teria gostado de fazer parte deles.
Bom, deixe-se o Sport Lisboa e Benfica por muito
pesar. Volte-se então ao nosso herói, quase nunca usava os apelidos. O chefe e
os funcionários usavam o que vinha no Cartão de Cidadão: Valdemar (os gajos da
Loja do Cidadão deitavam às urtigas o W) Martins da Silva Marques. Todos (ou
quase todos) os utentes das diversas Lojas dos Cidadãos diziam que elas eram
muito boas pois tinham uma virtude: nelas as pessoas tratavam de muitos
documentos sem de deslocar às Conservatórias, à Polícia Judiciária (Essa agora,
será que os inspectores nos vão prender? onde nos engavetam? Cama aí, o
edifício onde está instalada agora a Pê Jota era antigamente o local onde se ia
tirar o Bilhete de Identidade) Porra! Tanta conversa para dar o Cartão de
Cidadão…
Adiante
que se faz tarde. A secção onde o W/Valdemar trabalhava pertencia ao Ministério
da Saúde. Aliás vá-se “tratar da saúde” ou seja vais levar umas taponas c’até
ficas feito num oito! Hahaha. Obviamente
dirigiu-se ao Ministério (que fica na rua João Crisóstomo) pedindo para chamar
uma ambulância porque logo de manhã o tio Jacinto partira uma perna. Chamaram rapidamente
o inem. Chegada a ambulância o W/Valdemar seguiu mais sossegado, telefonou ao
chefe para o informar que estava acamado. Era uma mentira porém todos o dizem…
A merda era que alguém da secção o visse passeando. Que se lixe…
E
por passear deu um passeio aos Restauradores. Descendo a Avenida da Liberdade o
nosso amigo ia assobiando; estava um tempo tão porreiro que até sentou-num
quiosque para tomar uma Água das Pedras. Traçou as pernas e pediu se tinham
jornais. O empregado dissera-lhe não tinha mas um pouco mais adiante havia uma
banca onde ele podia comprar jornais, revistas e problemas de palavras cruzadas
e todos portugueses e estrangeiros. W/Valdemar comprou o “Diário de Notícias”
que já o seu pai afeiçoara-se ao jornal e ele seguira-lhe as pisadas.
Como
estava livre e pensava que era um bom rapaz foi-se ao Terreiro do Paço, que
pensava ele com os seus botões que estava mais lindo com os novos arranjos a
dar pró Tejo. Assim chegado à magnífica praça que ele considerava a melhor dentre
muitas do Mundo; não que as conhecesse pessoalmente, mas tinha visto nas
televisões. A lendária praça de Veneza, chamada praça de São Marcos até lhe
ficava atrás. “Arrumadas” as congeminações, foi sentar-se a um dos restaurantes
que dizia ele tinham vindo a embelezá-la, Desta feita pediu um café
descafeinado e ficou-se por ali embalado na água do Tejo…
Sacana
dum cão sem treta nem açamo alçou a perna e mijou nas calças. Filho da puta, o
dono (ou seria cão de rua?) devia ensinar-lhe que devia fazer xixi numa caixa
de madeira que deveria ter em casa. Ora bolas fora um belo passeio e terminara
assim..
ESTA MERDA SAIO EM DUPLICADO MAS COMO NÃO CONSIGO APAGA-LA FICA MESMO ASSIM,O QUE É UMA GRANDE PORRA!!!!
ResponderEliminarGostei deste passeio por Lisboa, narrado tão ao seu jeito...
ResponderEliminarUm grande beijo.
Querida Gracinhamiga II
ResponderEliminarMuito obrigado, Tu és uma Senhora que faz poemas muito bons dizer que gostaste deste passeio por Lisboa para mim é um orgulho.
Qjs do teu amigo
Henrique, o Leãozão
O SLB é mesmo uma grande instituição. Pena é o assunto dos emails, que não foi abordado nesta crónica...
ResponderEliminarBom fim de semana, caro amigo.
Abraço.
Caro Jaimamigo
ResponderEliminarO SLB é mesmo uma grande instituição??????????????????!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Não me faças :-)))))))))))))))))))))))))))))))))
Abç
Henrique. o Leãozão
Ahahaha! Os cães lá sabem...
ResponderEliminarAbç