O Diluvio
Universal
*Os chatos da companhia
das águas
Antunes
Ferreira
As melhores iscas com
elas que já comi na minha vida são as do Damasceno Vitoriano (raio de nome de
cabo-verdiano nado e criado na Cidade Velha da ilha de Santiago e baptizado na igreja da Nossa Senhora do Rosário,
construída em 1495, a mais antiga igreja colonial do mundo. E se forem acompanhadas por um Manipango
tinto da ilha do Fogo não sei se vos diga, não sei se vos cante. É que se trata
de um néctar de mastigar para apreciar e resolver-se numa sesta a preceito
depois de rapado o tacho das iscas e terminado o repasto com um grogue à
maneira.
Por vezes o Damasceno, o Mesquita angolano (que
já citei nestes arrazoados), o Bentes moçambicano e o Noé Mascarenhas damanense
juntávamo-nos no Sabores de Goa para apreciar uns picantes e à baila
falarmos de pingas. Como já tive oportunidade de explicar três anos ou pouco
mais afastaram-me desse excelente convívio. Mas, há quinze dias sentámo-nos de
volta. E, podem crer, o dr. Vitoriano (o gajo é ginecologista) trouxe uma
garrafa caseira de Manipango.
Conversa puxa conversa, tal como as cerejas e o Mesquita atacou risonho
o Noé: “Se o teu xará bíblico ao sair da arca se tivesse agarrado uma
carraspana deste tinto seriam necessários todos os filhos para o acordar e
assim poder chegar aos 950 anos… O assunto bem interessante mexia comigo – e
muito, pois como julgo que muito bem sabem entre os múltiplos temas culturais
que tento abarcar (não sou uma Wikipédia, longe disso) a História e as suas
milhentas estórias que são o seu “recheio” – o assunto, dizia, levou-me a
comunicar ao grupo eu próprio me iria atirar de cabeça ao Noé, ao Diluvio, ao
Velho Testamento e em apêndice ao falecido cantor Roberto Leal, um autodidata
de nome que fez a ponte a cantar entre Portugal onde nascera e o Brasil para onde
emigrara com doze anos, pai, mãe e mais oito irmãos.
O mérito a quem o merece. Nunca
se tendo afirmado intelectual, Roberto Carlos
Roberto Leal, nome artístico de António Joaquim Fernandes, foi um cantor, compositor e ator português radicado no Brasil. Era considerado embaixador da cultura
portuguesa no país irmão. Ao longo da
carreira de mais de 45 anos, ganhou trinta discos de ouro, além de cinco de platina e quinhentos troféus – e de acordo com diferentes fontes as suas vendas
totais somam 15 milhões ou até 25 milhões de dólares
Chamo para aqui o seu nome devido a uma canção popularíssima de
sua autoria e por ele interpretada (o que sempre acontecia nas suas actuações),
canção essa que é mais um vira em que ele homenageia o vinho verde:
Ai! verdinho,
meu verdinho
Já saíste da videira (bis)
Escorrega
devagarinho
Apaga-me esta fogueira (bis)
Que importa o
verde ser verde
Se nos faz cantar na rua
Ai! verdinho,
meu verdinho
Não há cor igual à tua (bis)
Ai! verdinho,
meu verdinho
Ouve bem o que te digo (bis)
Não há pedras
no caminho
Quando tu andas comigo
Que importa o
verde ser verde
Se nos faz cantar na rua
Ai! verdinho,
meu verdinho
Não há cor igual à tua (bis)
Ai! verdinho,
meu verdinho
Só tu és o meu amor (bis)
Só o verde
bem verdinho
Vai à mesa do senhor (bis)
Que importa o
verde ser verde
Se nos faz cantar na rua
Ai! verdinho,
meu verdinho
Não há cor igual à tua (bis)
Ai! verdinho,
meu verdinho
Esquecer-te não há maneira (bis)
Tu prá mim és
pão e vinho
E cor da minha bandeira
Que importa o
verde ser verde
Se nos faz cantar na rua
Ai! verdinho,
meu verdinho
Não há cor igual à tua (bis)!!!”
Este tema das águas numa altura como esta em que as inundações por todo o país dão cabo das pessoas e dos bens relembrar o Dilúvio Universal parece-me ter todo o cabimento. Porém tenho de deixar aqui um alerta: ninguém pense que me julgo uma panaceia para os gravosos danos causados pelos caudais de águas que não foram atempadamente previstos. Talvez os que mandavam em tempos idos na Companhia das Águas fujam com o rabo à seringa…
Não quer o escriba acocorado alinhavar a narrativa sobre
um dilúvio encontrada no Génesis da Biblia Hebraica, Deus decide inundar a terra
por causa da profundidade do estado pecaminoso da
humanidade. O justo (aquele que segue as diretrizes divinas) Noé recebe instruções para
construir uma arca. Quando a arca é concluída, Noé chama a sua família e
representantes de todos os animais da Terra para embarcar.
Pode
fazer-se uma ideia das filas monstruosas que se formaram. Os textos bíblicos
não possuem quaisquer traços de reportagem, segundo a minha adolescente
opinião. São apenas relatos factuais como dados lançados num livro de
escrituração comercial. Não é que eu tivesse visto ou escrito algum, mas seguia
o que me contavam quem sabia mais a dormir do que outro acordado.
Continuo
a pesquisar pois as coisas vão-se tornando cada dia mais interessantes, No
momento em que escolhera enveredar pelo caminho que tomara não previra o
desenvolvimento que estava a surgir a cada momento. Quando o dilúvio destrutivo
começa, toda a vida do lado de fora da arca perece. Após as águas baixarem, todos
aqueles a bordo desembarcam e têm a promessa de Deus de que Ele nunca vai punir a Terra
com um novo dilúvio. E deu o arco-íris como
sinal desta promessa.
Embora não lograsse encontrar muitas fontes fiáveis a cerca de dois terços da
minha investigação deparei-me com um nome que originou uma busca mais
pormenorizada, o arcebispo James Ussher (*). Segundo ele, aparentemente, Noé nasceu em 2 948 a.C. e
morreu com 950 anos (?????) em 1 998 a.C.. Os seus três
filhos mais conhecidos eram SEM, Cam ou Cã
e Jafé. A mulher de Noé (Génesis 6:18; 7:7, 13; 8:16, 18), segundo a tradição judaica não bíblica, chamava-se
Noéma (Na'amah - cheia de beleza) e era cananita.
***********
(*)
No livro dos Jubileus, o seu nome é conhecido por Enzara e seria só James
Ussher ou simplesmente Usher (Dublin, 4 de Janeiro de 1582 - 21 de Março de 1656) e foi um Arcebispo de Armagh. Baseando-se na Bíblia, escreveu o livro “The Annals of the World” em 1658. Nele, Ussher fez uma
cronologia da vida na Terra baseada em estudos bíblicos e de outras fontes, de
tal maneira que concluiu que a criação do Mundo ocorreu no dia 23 de Outubro do ano 4004 antes de Cristo (a. C.) pelo calendário Juliano. Na época, a afirmação foi amplamente
aceite.
A cronologia de Ussher representou um
feito considerável de erudição: exigiu grande profundidade de aprendizagem do
que era então conhecido da história antiga, incluindo a ascensão dos persas,
gregos e romanos, bem como conhecimento da Bíblia, línguas bíblicas,
astronomia, calendários antigos e cronologia. O relato de Ussher de eventos
históricos para os quais ele tinha várias fontes além da Bíblia geralmente está
de acordo com as fontes modernas - por exemplo, ele situou a morte de Alexandre,
o Grande em 323 a.C. e a
de Júlio César em 44 a.C.
A
última coordenada não bíblica de Ussher foi o rei babilónico Nabucodonosor e,
além desse ponto, ele teve que confiar em outras considerações. Confrontado com
textos inconsistentes da Tora, cada um com um número diferente de anos entre o Dilúvio e a Criação Ussher escolheu a versão Massorética, que afirma uma história
ininterrupta de transcrição cuidadosa que remonta a séculos - mas sua escolha
foi confirmada para ele, porque colocava a Criação exactamente quatro mil anos
antes do ano 4 a.C., a data geralmente aceita para o nascimento de Jesus. Além
disso, ele calculou que o templo de Salomão deve ter sido concluído no ano 3000
desde a criação, de modo que houve exatamente mil anos do templo a Jesus, que
se pensava ser o 'cumprimento' do Templo.
*************
Retorno
agora à famosa arca construída pelo Noé posteriormente conhecido pelo seu amor
ao sumo das uvas devidamente “preparado”. A quantidade de animais (sem marcação
ou reserva) que nela iam entrando era a prova da expressão mais que muitos ficava
muito além da realidade. As quezílias deviam ser permanentes bicos-de-obra e
ainda por cima não havia ao que me constava bilheteiras ou muito menos agências
de vendas oficiais.
Portanto, Noé, ainda sóbrio, ia controlando os pares que depois das águas
desaparecerem (quando Deus retirasse a rolha da ciclópica banheira em que Ele transformara
a Terra) pudessem – e devessem fodi…, digo, fornicar para repovoar o orbe
terráqueo, quando num sobressalto medonho mandou parar o desfile. Pasmo geral.
Coisa simples e explicável: era um casal de carunchos que se aprestava para
entrar; a mamutica embarcação nem um piu daria com aqueles insectos roedores a bordo…
O adeus de Fernando Santos
Antunes Ferreira
Não é de hoje que os que ainda resistem ou andam distraídos
me leem sabem que não aprecio o engenheiro eletrotécnico Fernando Manuel da
Costa Santos, ex-seleccionador/treinador nacional da equipa de futebol das sete
quinas. Não é que ponha em causa a sua competência profissional; é. sim, pela
atitude que habitualmente assume no banco: aparentemente resignado com o que se
está a passar no relvado e só em raros momentos mostrar alguma exaltação.
Depois existe um factor eu alta aos olhos mesmo a um treinador d
sofá como é o meu caso, mante do futebol mas do qual, julgando perceber – ou mesmo
saber – “umas coisas” (a minha praia, como agora se diz, foram o râguebi e a
natação de competição que pratiquei) do futebol sou dos que descobriram que
Fernando Santos é padrinho. Como assim?
Para mim, é sim, senhores, há afilhados, isto é jogadores que têm
sempre lugar no time mesmo que não estejam no seu melhor nas equipas onde
estão; dispenso-me de dar exemplos tão flagrantes eles são. Reconheço, no
entanto, que teve e tem a coragem de ao longo do seu também longo mandato lançou
muitos jovens o que é meritório e represente um saldo positivo. Mas, para mim,
não basta. De uma coisa, porém, não pode ser apontado: não é corrupto!
O dinheiro não tem sabor nem cheiro. Mas sabe muito
bem. Disse alguém que não conhecia ninguém que tivesse chegado a milionário a
trabalhar. Estava errado, pelo menos por defeito. Estou abordando o tema futebolístico.
Olhe-se então para o mundo do futebol
mais atentamente para o Qatar onde no domingo termina o Mundial 2022.
Como foi lá ‘parar a maior?
E logo surge o nome d Joseph Blatter, o
ex-presidente da Federação Internacional e Futebol (FIFA) com o qual os
dirigentes ditatoriais do emirado acertaram a realização do maior evento futebolístico
mundial no país para lavar a cara internacionalmente ao regime – e conseguiram-no.
Nos dias que correm que dizer do comportamento ainda em relação com o Qatar da
grega Eva Kali uma das vice-presidentes do Parlamento Europeu, agora em prisão
preventiva?
Por essas e por outras a saída de Fernando Santos
deve ser registada seriamente e com a devida nota, mas ressalvando que ela nada
tem que ver com dinheiros ilegalmente metido na sua(s) conta(s) bancária(s). Porém, já depois de escrito este texto descobri duas coisas que me apresso agora mesmo a acrescenar. O acordo estabelecido com a Federação Portuguesa de Futebol incluiu o pagamento a Santos a quantia de SETE MILHÕES DE EUROS pela antecipação do final do contato de trabalho que ia até 2024. Tudo bem, é a lei.. Mas e aí é que tenho sérias reservas também foram perdoadas ao ex-trabalhador TODAS AS DÍVIDAS FISCAIS que ee tinha!!!! Essa agora? Então um "funcionário público" vive tranquilo com dívidas ao Estado? "No comments" - diria o "velho" Jimmy Hagan. Daí que transcreva a breve publicada pela revista senal “Visão”:
«Adeus,
Mister! Depois de uma derrota nos quartos de final do Mundial2022, e
dois jogos em que deixou Ronaldo no banco, Fernanando Santos deixou o comando técnico da selecção portuguesa. Foram oito
anos à frente da equipa das ‘quinas’, com sucessos e alguns amargos de boca.
“Além dos títulos conquistados, Fernando Santos tornou-se o selecionador com
mais jogos e mais vitórias. Foi uma honra ter podido contar com um treinador e
uma pessoa como Fernando Santos na liderança da seleção nacional”, refere a
Federação Portuguesa de Futebol em comunicado. Em 109 jogos, Fernando Santos
conseguiu 67 vitórias, 23 empates e 19 derrotas. Agora, começam a surgir nomes
alternativos. Quem será o senhor que se segue? José Mourinho está na
linha da frente dos favoritos.»
Sinceramente não acredito que Mourinho
aceite tal incumbência. Primeiro porque já disse que só o faria lá para o final
da sua carreira (salvo erro ou omissão d minh parte); segundo porque não viria
meter-se num ninho de víboras – pois o que não falta por cá são serpentes
venenosas…
Eu também fiquei sem um pio com tanta erudição bíblica e diluviana!
ResponderEliminarPor mim afogava esses carunchos roedores!
Abraço
Querida Rosinhamiga
EliminarPerco horas com uma cudados investigação! E a vista já me vai faltando, a oftalmologista, D.ª Alcina Granate ameaçou-me com terríveis consequências se isto continuar assim: vou tentar portanto que a Wikipédia aumente o tamanho do corpo da letra que utiliza😜😜😜😜😜
Beijos & queijos
Henrique
Longe e interessante esta tua palestra sobre o DILÚVIO.
ResponderEliminarAqui 🇩🇪 7 graus negativos sem chuva.
Caríssima Terezinhamiga
EliminarSem querer ser desmancha-prazeres peço-te o subido favor de subir à resposta acima keuká não sou enciclopédico muito menos penso como o meu tio e padrinho Armando Antunes que dizia: "Roça, roça, que o Jean Jacques também Rousseau"...
Küsse & Käse
Henrique
Forçakanhado
ResponderEliminarAkanhadopalhauamigo (???)
EliminarSe faço muita força cago-me nos boxeres...
Abreijos e muita neve monterealista (ou será monterealense?) para toda a cáfilal Palhauense exc,uindo as netas máslindas do Canadá&arredores
Henrique cheio de chuva e frio
Cito o Eddie Izzard - "Impossível dois animais de cada espécie. Como é que eu sei? Tentem. Os predadores papavam os outros todos".
ResponderEliminarAbração
Preclaro Doutor Coimbramigo (e esta, hein?)
ResponderEliminarSegundo o meu falecido Amigo jornalista e intelectual Orlando Neves no seu livro "Dicionário de Frases Feitas" (que teve a gentileza de me oferecer com dedicatória) "casamento à porta do talho" significa mancebia; ora não me consta que na Arca houvesse talho ou magarefe, muito menos regabofe, o Eddie tinh razão mas o Camões também cantava «Melhor é experimentá-lo que julgá-lo,
Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo.»
擁抱 Abração
恩里克 Henrique
Please read my post
ResponderEliminarDear Friend Caro/a Rehana/oa,migo/a
EliminarJá lá estive, gostei e deixei comentário. Voltarei. Quero manter contacto.
Hug. Abração
Henrique
O Fernando não teve a ajuda dos santos [jogadores] com um Cristiano Ronaldo envelhecido até fomos mais longe do que eu pensava.
ResponderEliminarNem o Jesus fez milagres no Benfica.
Desta vez o Benfica vai ganhar o campeonato nacional com sangue alemão.
Quanto ao Mourinho — que na minha opinião está no fim da sua carreira — vai aceitar treinar a seleção das Quinas … e também não vai fazer milagres.
EliminarQuerida Terezinhamiga
Ora aqui está uma opinião que tem de ser lida com o maior cuidado senão um cidadão (como é o meu caso) inopinadamente estampa-se ao comprido no afã de dar uma resposta consentânea. Isto até parece a informação que o intérprete deu a Mouzinho de Albuquerque quando este se aprestava para capturar o imperador dos Vátuas, Gungunhana.
A cena – aliás filmada numa fita dos “gloriosos anos cinquenta” do cinema luso “Chaimite” – descrevo-a sucintamente, de tantas vezes que vi a fita. A caminho da sanzala capital do régulo, Mouzinho encontra um parente (primo?) dele, um tal Mambaza, a quem por meio do tal intérprete pergunta se sabe onde está o Gungunhana.
O homem começa a falar e fá-lo sem ser interrompido por mais de uns quinze minutos com a câmara em plongée sobre ele que se cala. E o Mouzinho pergunta ao intérprete: “O que é que ele disse?” E este: “Por enquanto, meu comandante, o homem só falou, não disse nada…”
Estamos por conseguinte assim. Nem Santos, nem Mourinho. Começa também a falar-se em Leonardo Jardim e em Paulo Sousa. É tempo de atirar nomes para o ar a ver quem cai… Lá diz o nosso preclaro povo: “À primeira cai qualquer, à segunda só quem quer…”
Quanto ao Benfica germanizado acabo de o ver empatar em Moreira de Cónegos e assim dizer adeus à Taça da Liga (que aqui para nós não vale meio cêntimo furado – antes era meio tostão – aber es ist die erste deutsche niederlage...)
Küsse & Käse
Henrique
ResponderEliminarGente boamiga
O meu amigo Zeca Juárez exímio tocador de bandoneón, nado e criado em Buenos Aires telefonou-me há pouco mais de uma hora. Eufórico quase não o entendia.
“¡Hola muchacho!
¿Has visto?
¡Somos campeones del mundo! ¡Messi no tiene rival! ¡Es una locura total por aquí! ¡Es lo más importante que nos pasa! Bueno, ¿cómo va el fútbol allí? ¿Ya tienes un nuevo selector? ¿Y qué está pasando con Cristiano Ronaldo? ¿Realmente se va a jubilar? ¡Ahora me voy a tomar un trago! Te llamaré más tarde... si estoy despierto...”
Assisti à final do Mundial 2022 no restaurante “Sabores de Goa” durante o tradicional almoço natalício, com uma sala cheia (talvez mais de quarenta pessoas) e com o ruido correspondente. Mesmo com tais condições pude (pudemos) presenciar uma partida de loucos com alternância do marcador imprópria para cardíacos.
A imagem do presidente francês Emmanuel Macron (que assistiu no estádio ao embate do seu país com a Argentina) em mangas de camisa, dá bem a ideia do que foi a emoção vivida ao longo dos 90 + 3+5 minutos iniciais+35 de prolongamento até aos penaltis, uma lotaria cujo prémio saiu (com justiça tenho de o dizer) à melhor equipa no relvado – a Argentina.
Penso – e por isso o escrevo – que este título é um pouco como a pescada: antes de o ser já o era. Talvez. De qualquer maneira passados trinta e oito anos o título de campeão do Mundo do futebol passa da “mão de Deus” de Diego Maradona para o “pé de ouro” de Leonel Messi. De quem não gosto – mas que é indubitavelmente o melhor futebolista do Mundo!
E no final do fim-de-semana (depois de saber que a Argentina ganhou o Mundial) uma boa semana e um beijinho
ResponderEliminarQuerida Gabiamiga
EliminarRetribuo e espero que agora sem a "obrigação" de seguir o Mundial - o que me tem ocupado talvez mais do que devia - volte a percorrer e a cumentar (com o) os blogues da gente boamiga...
beijos & queijos
Henrique
Obrigada por uma partilha com abordagens bem interessantes!
ResponderEliminarFeliz Natal e ... aquele parque que viu no meu blog fica em Espanha perto de Vigo!!!
Bom Natal
Gracinhamiga
EliminarÉ um facto: burro velho não aprende linguagem. O meu caso neste particular é duplamente penoso. Primeiro porque nunca visitei o parque sendo ele bonito como mostras; segundo porque nem sequer sabia que ficava na Galiza. O que quer dizer que finalmente aprendi contigo qualquer coisa interessante. Por isso muito obrigado.
Beijos & queijos já natalícios
Henrique
Sinceramente goste deste seu jeito de brincar com os acontecimentos, sejam eles de que espécie forem. É um gosto lê-lo. Peço desculpa por não vir aqui muitas vezes mas falta-me tempo.
ResponderEliminarUm Natal cheio de Amor e conforto. Um ano de 2023 com muita saúde e paz.
Um beijo.
Minha querida Gracinhamiga
EliminarVenhas as vezes que vieres para mim é sempre uma felicidade, Não há outra maneira de o dizer: é a pura verdade e como dizia o sôr Alfredo, o marido da senhora Ângela, a porteira do prédio em que cresci “quem diz a verdade não mente!”
Este ano foi mais um no rol dos que poso catalogar como “do meu descontentamento” durante nove duros meses, com a bipolar mais a pandemia; mas eis que carrego (sem que o fazia) no interruptor e clic estou safo. Deito fora o (des) e eis-me de novo a sentir-me – quase – novo!
Então pergunto-me: que me trará 2023? A questão coloca-se sempre ante os próximos 365 dias, mas nem a pitonisa de Delfos a solucionaria a contento. Para mim (e penso que para todos os de boa vontade) o principal é que haja saúde, E, obviamente, paz, democracia e Liberdade. E, já me esquecia, Escrita.
Beijos & queijos e o melhor Natal possível
Henrique, o teu admirador incondicional
Hola amigo, te deseo una bella Navidad y prospero año Nuevo, con alegría y amor.
ResponderEliminarAbrazo
¡Hola Nochamiga!
EliminarEstoy muy feliz de recibirte y tener tu comentario aquí en mi blog. Espero que vuelvas más seguido que yo volveré al tuyo siempre que pueda.
Te deseo la mejor Navidad posible y si no nos hablamos, que el nuevo año traiga más felicidad que este viejo que se acaba.
Abrazo
Henrique
Abrir no Google Tradutor•
Feedback
Ainda com o jogaço de domingo em que a equipe sul-americana com toda garra ganhou dos europeus _ ( já era hora), só tenho que estar feliz, Henrique.
ResponderEliminarGosto de assistir o Mundial não tanto pelo futebol mas pelos países e sua torcida que é envolvente e sempre ruidosa.
Gosto também do Roberto Leal com sua dança alegre que todo brasileiro conhece.
Feliz Natal e 2023 com saúde e harmonia.
Abraços
EliminarOlá querida Lisamiga
Que sul americanismo enternecedor o teu; ganharam os homens da Pampa porque era melhores; os gauleses apesar da sua característica arrogância e chauvinismo levaram para Paris uma mão cheia de… nada. Mas têm um jogador que – se não me engano decido arriscar – em muito pouco tempo será melhor do que o Cristiano Ronaldo ou o Messi. Chama-se ele Kylian Mbappé!
Mas em época festivaleira o meu desejo é outro: Boas Festas para ti e para os teus com muita saúde que é o mais importante da vida.
Beijos & queijos com sabor a fritos de Natal
Henrique
Olá, amigo Henrique, achei ótimo essa sua postagem, digna de um grande jornalista. E por falar em futebol, acho que o técnico da Seleção Portuguesa
ResponderEliminarnão devia ter deixado o Ronaldo no banco na última partida da Copa.
Passando para deixar, também, meus votos de um Feliz Natal e que o Ano de 2023 venha com paz, com saúde e com esperança para você e sua família.
Que tenhamos um mundo melhor.
BOAS FESTAS,
Grande abraço meu caro amigo!
Caríssimo Pedramigo
EliminarAgradecimentos são – em termos “futeboleiros trocas de galhardetes antes de se iniciarem os desafios”… Mesmo assim, fico feliz com as tuas palavras, incham-me o ego como diria o nosso Eça. Pelo que tenho seguido com o interesse próprio de amante do “chuto na canela” a polémica que vai correndo nos nossos dois países (até nisso somos parentes…) sobre quem vão ser os novos responsáveis pelos times nacionais está ao rubro.
Mais uma preocupação a juntar a tantas outras mais graves – muitíssimo mais – que 2023 terá por mal dos seus – e principalmente – pecados. Oxalá não me engane: será pior do que este moribundo caquético com os pés já na cova aguardando apenas a primeira pazada de torrões.
Mesmo assim, o melhor Natal possível para os Luso de Carvalho
Beijos e abração
Henrique
Deixar o Rui Patrício sempre no banco foi a sua maior asneira!
ResponderEliminarQuerida Rositamiga
EliminarFoi sim senhora! E não houve sete milhões nem, muito menos, poerdão das dívidas fiscais que o limpe!
O melhor Natal possível
Beijos & queijos
Henrique
Mourinho no lo aconsejo.
ResponderEliminarSe cree por encima de Dios.
Su soberbia es insoportable.
Buenas fiestas.
Hola Toramigo!
EliminarNo lo creo.
No viene Mourinho, al menos de momento.
Esto significa que la telenovela continuará. ¿Hasta cuando?
Felices fiestas y un fuerte abrazo.
Henrique
Não abordo a arca de Noé, porque daria pano para mangas...
ResponderEliminarQuanto a Fernando Santos neste momento de alívio , pelo menos para mim, da sua saída, até já tenho pena dele por causa do comportamento de Cristiano Ronaldo (CR).
CR e família insultam os portugueses e acusam-nos de ingratidão e eu pergunto como se chama a atitude dele para com o antigo seleccionador, que construiu um grupo ao seu serviço e o convocou para o Mundial numa época mais do que problemática e só o colocou no banco sem deixar passar mais uma diatribe porque não teve essa hipótese, pura e simplesmente.
Desejo alegres festividades, um Natal com paz e amor e um óptimo 2023!
Abraço com estima
Querida Sãozitamiga
EliminarContinuas sem papas na língua embora não esteja totalmente de acordo contigo. E porquê?
O processo «Mundial 2022 – Qatar” teve (e tem e terá) muito que se lhe diga. A nível internacional com a conhecida corrupção aninhada confortavelmente no seio dele mas também – e de que maneira – a nível nacional.
Desde logo os nomes dos seleccionados levaram às velhas tricas lusitanas e vieram à tona nomes dos “afilhados” do engenheiro/seleccionador/treinador. A cada cabeça sua sentença diz o aforismo popular; e contando com a diáspora cabeças são coisa para uns catorze milhões. É obra…
Armada a “armada lusa” no meio duma esperança quiçá inusitada saiu-se o CR7 com uma sentença incrível: ele arrumava as chuteiras se Portugal fosse o novo Campeão do Mundo. Presunção e água benta cada um toma a que quer.
Cristiano foi o melhor do Mundo, o maior Embaixador do nosso país pelo estrangeiro, ajudou muita gente, fez-se a si próprio, subiu pulso na vida, ganhou (e continua a ganhar) milhões, fez-se um empresário brilhante.
Mas, dizem os pilotos dos aviões que “tudo o que sobe desce, ninguém (dos homens) fica no ar”. Ronaldo não está a aceitar bem que os anos vão passando e tem de se adaptar a isso. Gosto muito dele, mas não lhe tolero atitudes de “prima donna” que, aliás, só o desprestigiam.
Beijos & queijos e coscorões q.b.
Henrique
Se me permites, assino por baixo!
EliminarGrande abraço e bom resto de ano .)
Querido amigo Henrique, a Copa terminou, estamos fora e que aprendam com as derrotas! Mas pra frente, amigo!
ResponderEliminarQuando do jogo final, em que a Argentina saiu-se campeã, digo-te que umas 'lagriminhas' rolaram por aqui! Que garra, que emocionante disputa!
Bem, mas tudo acabou e a vida seguirá, e sempre virei aqui e para ler seus ótimos textos, com um humor refinado.
Um Feliz Natal pra você junto a sua Raquel, filhos e netos e um Novo Ano com muita paz, saúde e alegria para todos!
Um mundo melhor é o meu sonho.
Beijo, querido amigo.
Minha querida Taisamiga
EliminarAfinal a final foi o jogo de futebol mais emocionante e quiçá o melhor a que assisti em toda a minha vida. Curiosamente não torcia por nenhuma das duas equipas, mas o ritmo, a alternância, o empenho, a vontade, foram tamanhas que dei por mim a vaticinar a vitória albicelestre. E não foi por terem um cara (como vocês dizem,,,) chamado Leonel Messi – de quem não gosto, mas que reconheço como o actual melhor futebolista do Mundo, embora haja quem me encha as medidas, um tal Kylian Mbappé – mas porque foram na verdade melhores – ponto.
Os teus votos e desejos para o Natal e o novo ano que já se desloca para a grelha da partida são iguaizinhos aos meus…
Beijos & queijos & muita saúde e paz
Henrique
Pensei que a arca de Noé teria sido uma das ideias do douto presidente da Câmara de Lisboa. Pelo menos para a utilizar nos túneis, que se entopem de folhas do outono mal a chuva chega. E não adianta limpar, porque vêm logo mais e mais. O remédio é trocar as árvores por outras que não deixem cair a folha.
ResponderEliminarEu, no lugar do Fernando Santos, já tinha fugido há anos. Não foi por acaso que o Rafa fez um manguito, não só por causa dele mas também do Ronaldo, que até tinha um PS (personal trainer) vestido com roupa da Federação (paga por nós, contribuintes). Mas quase todos os outros estão fartos dele (talvez o Pepe não esteja...).
Não vai ser fácil arranjar outro selecionador, porque vai ficar na História por não convocar o Ronaldo (e ninguém vai aturar os e as ronaldetes...).
Caro amigo, este teu post é uma crónica de luxo. Gostei de ler, como sempre. Com a idade não perdes o talento.
Um FELIZ NATAL para ti e para a tua família.
Um grande abraço.
Meu caro Jaimamigo
ResponderEliminar… e eu a julgar que tinha gasto toda a moedas nas máquinas de distribuir bebidas quentes, frias e assim-assim e vens tu lembrar-me que há outro Moedas, um garboso presidente da CML a quem já conheci tantos que davam para encher uma máquina de distribuir bolos, chocolates, sandes diversas, pastilhas elásticas outras frialdades, o primeiro dos quais que eu conheci foi um senhor Salvação Barreto.
Em 1958 tinha eu sete aninhos o dito senhor foi à minha escola Mouzinho da Silveira presidir à entrega dos diplomas dos melhores alunos da quarta classe do ano anterior. Fê-lo – explicaram-mo depois, pois na altura a única coisa que entendi foi ter bebido uma gasosa oferecida como prémio de presença e comido uma bola-de-Berlim – porque era primo da Directora Senhora Dona Clélia Marques (e segundo as más línguas depravadas e acintosas seu parceiro eventual no leito.
Explicado tão minuciosamente quanto me foi possível vamos ao cerne da questão Santos/Cristiano. Um lindo par de jarras futebolisticamente falando. Que têm vindo a dar pano para mangas, numa terra em que mandar bocas é um dos desportos mais concorridos, disputados e discutidos.
Pois agora tenho a sensação de que é necessário, pelo menos, meter travões nesta bagunça (adoro este termo brasileiro…) senão corremos o risco de o continuar pelo 2023 e pelo 2024 e pelo 2025 com qualquer que seja o bem amado responsável pela equipa das quinas.
Pronto, ponto.
O melhor Natal possível para ti meu caro Jaimamigoe para os teus
Henrique
Henrique, meu caro, a parte futebolística eu deixo de lado, pois não é minha melhor inspiração. Confesso que a final desta copa foi uma das melhores partidas que assisti na vida, mas, mesmo assim, ainda não me empolgo a ponto de tecer comentários ou manter assunto sobre tal.
ResponderEliminarJá quanto ao início de sua postagem, é outra história. Seu humor, que vai do fino e sutil ao aguçado e cortante, permeia todo o período. É interessante pois além de nos divertir, você da uma aula tanto de história quanto de gastronomia. Ri ao pensar em Noé e sua carraspana ao olhar pela proa que as águas baixavam e, principalmente, seus filhos puxando-o de um lado para outro.
E digo... o arco-íris não foi dado em sinal de que outro dilúvio não mais aconteceria. Temos aqui, em terras tupiniquins, chuvas torrentes uma atrás da outra. O estado do Espírito Santo, vizinho do Rio de Janeiro e Minas Gerais, vive tempos terríveis com chuva de todos os lados. Só falta chover de baixo para cima. E em cada dia, um arco-íris aparece.
Talvez Deus até tenha deixado o arco-íris como um sinal de alento no pós dilúvio, mas é pena que o homem nada tenha entendido, e deturpou tudo com sua ânsia de poder e ganância. Que pena!
Abraços, Henrique. E que Roberto Leal continue embalando suas crônicas.
Marcio
Caríssimo Márciamigo
EliminarGrato pelas tuas amáveis considerações aí em Curitiba – onde nunca estive, apesar de conhecer bem uma boa parte do Brasil, mas o vosso país é tão grande… - que me deixam um pouco orgulhoso. Mas a vida é feita de mudança e como cantava um dos maiores nomes da música de vanguarda portuguesa, infelizmente já falecido, José Mário Branco “Mas se tudo o mundo é composto de mudança, troquemo-lhe as voltas que ainda o dia é uma criança.”
Seria tempo de pôr um ponto final na trampa Santos/Ronaldo mas o pessoal gosta de chafurdar na lama e coscuvilhar metendo-se na vida dos outros. Porque quando se trata da sua aqui-del-rei, ninguém me vai aos cornos, eu é que sei da água com que me lavo (quando o faço…) e não se metam comigo.
Gostei especialmente dessa ideia de chover de baixo para cima! Sem querer plagiar-te vou aproveitá-la num escrito que faça num dia destes. Porque escrever coisas bonitas disse-me um jornalista brasileiro muito conceituado de seu nome Anúplio da Costa Filho «escrever tem 10% de inspiração e 90% de transpiração».
Partindo do principio de que há Deus, Ele deve ter uma palete, uns tubos de cores variegadas e pincéis de múltiplos tamanhos e feitios de pelos dos mias diversos animais para poder pintar tantos arco-íris por tantos locais; isto digo eu que sou um herege profissional…
Bom, mas neste momento desejo-te o melhor Natal possível, mesmo sem neve ainda que enlatada para ti e para os teus
Abração
Henrique cheio de frio